Brenda Alberto Endocrino

Brenda Alberto Endocrino Médica Endocrinologista Trabalho como médica endocrinolgista.

Sou formada pela UFSM - RS, fiz residência médica em clínica médica e endocrinologia (HCPA - RS), membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo).

Amanhã é dia de maratona em Santa Maria e a cidade, nesses últimos dias, respira corrida! Mesmo sem estar na largada des...
18/10/2025

Amanhã é dia de maratona em Santa Maria e a cidade, nesses últimos dias, respira corrida!

Mesmo sem estar na largada desta vez, eu me emociono só de pensar no que esse dia representa.

Porque maratona não é só sobre correr.
É sobre recomeçar, superar dores, acreditar de novo.
É vencer o medo de não conseguir, o cansaço, o desânimo, a voz que diz “pra que tentar?”.

E quem f**a nas calçadas, aplaudindo e torcendo, também faz parte da corrida.

Que a cidade abrace a prova! É lindo ver um povo que incentiva uns aos outros!

Não gosta de correr? Que tal acompanhar lindas histórias de superação correndo pelas ruas da cidade.

Que sejamos esse lugar onde a gente corre, sonha e acredita junto.

Eu estarei aqui, na torcida, admirando cada história que cruza essa linha de chegada.

Boa prova, Santa Maria!

Sabe quando a comida parece ocupar um espaço gigante na sua mente?Como se houvesse uma rádio ligada o tempo todo — e a e...
15/10/2025

Sabe quando a comida parece ocupar um espaço gigante na sua mente?

Como se houvesse uma rádio ligada o tempo todo — e a estação fosse “pensar em comer”?

Isso é o que chamamos de food noise.

Não é fome.

É um barulho mental, uma conversa interna que não se cala:
“Será que tem algo doce ali?”
“Vou só pegar um pedacinho…”
“Depois eu compenso na janta.”

É como ter um aplicativo rodando em segundo plano, drenando sua bateria mental — mesmo quando você acha que não está pensando em comida.

E esse ruído constante não é falta de força de vontade.

É uma das formas mais cruéis como a obesidade atua no cérebro: alterando sinais de fome, prazer e recompensa.

A boa notícia?
Hoje entendemos melhor esse mecanismo.
E alguns tratamentos modernos, como os análogos de GLP-1, ajudam a baixar o volume desse barulho, permitindo que a pessoa volte a escutar seus próprios sinais:
“Agora sim, estou com fome.”
“Já comi o suficiente.”

Silenciar o food noise não é sobre comer menos.
É sobre ter paz dentro da cabeça.

E você — sente esse barulho da comida por aí?

O futuro do tratamento da obesidade está mudando de forma — mas não de propósito.Nos próximos anos, além das “canetas” p...
13/10/2025

O futuro do tratamento da obesidade está mudando de forma — mas não de propósito.

Nos próximos anos, além das “canetas” para obesidade, teremos mais análogos do GLP-1 em forma de comprimidos!

Os estudos OASIS-4 e ATTAIN-1 mostraram que o semaglutida oral 25 mg e o orforglipron podem oferecer resultados de perda de peso e controle metabólico muito semelhantes aos das versões injetáveis.

E isso signif**a mais liberdade, menos barreiras e um passo enorme rumo à personalização do cuidado.

Quando mais opções tivermos, mais pessoas se beneficiarão!

Já temos atualmente Rybelsus para diabetes que também ajuda no emagrecimento, mas se espera especialmente com o Orforglipron uma signif**ativa redução do custo do tratamento! Então aguardo ansiosamente sua aprovação e chegada ao Brasil.

Me conta: você usaria a versão oral se já estivesse disponível?

Espalhe essa boa nova por aí! 😉

Sério, eu odeio essa frase.. Ela parece conselho… mas carrega preconceito, viu!Na verdade, ela revela é uma coisa só: qu...
12/10/2025

Sério, eu odeio essa frase.. Ela parece conselho… mas carrega preconceito, viu!

Na verdade, ela revela é uma coisa só: que muita gente ainda não entende que obesidade é uma doença crônica — e não uma “fase”.

Ninguém diz: “quando parar o remédio, a pressão vai subir de novo, pra que usar então?”

Mas dizem isso sobre obesidade.

Tratar obesidade não é “fazer dieta até caber na roupa”. É cuidar de um desequilíbrio biológico complexo, que precisa de acompanhamento contínuo. Reduzir riscos que às vezes você que tem obesidade nem imagina.

E esse medo de “engordar tudo de novo” faz muita gente nem começar a tratar.

Por vergonha, por culpa, por achar que vai fracassar.

Mas a verdade é que o fracasso não está em precisar continuar o tratamento. O fracasso é achar que dá pra enfrentar uma doença crônica com força de vontade apenas.

O fracasso é f**ar no mesmo lugar.

Tratar obesidade é como tratar hipertensão, diabetes, ansiedade: com ciência, cuidado e continuidade.

Quando você entende isso, o medo de “engordar tudo de novo” vira consciência de cuidar para sempre.

O objetivo não é “nunca mais precisar de nada”.
É viver bem, sem medo e sem culpa, com o que for necessário pra isso.

E você, já ouviu essa frase?

“Você tem um rosto bonito… já pensou em emagrecer?”Quantas vezes uma frase assim foi dita “com boa intenção” — e deixou ...
07/10/2025

“Você tem um rosto bonito… já pensou em emagrecer?”
Quantas vezes uma frase assim foi dita “com boa intenção” — e deixou uma ferida?

Porque o que parece elogio, na verdade, reforça um padrão cruel: o de que só é bonito quem cabe num molde.

Mas corpos não foram feitos pra caber. Foram feitos pra viver, sentir, existir.

E quando alguém comenta sobre o corpo do outro, sem ser convidado, reabre dores que talvez nunca tenham cicatrizado.

A gente nunca sabe o que a pessoa está enfrentando, o quanto lutou pra estar ali, o quanto está tentando se gostar de novo.

Então, se quiser elogiar alguém, elogie o brilho, a coragem, o riso, o olhar.

Bonito mesmo é o RESPEITO! 💛

Já ouviu essa frase alguma vez?

Conta aqui nos comentários — vamos falar sobre isso.

Você sabe como é vestir manequim 50? Eu sei.Durante muito tempo, entrar numa loja era um pesadelo pra mim. Não era sobre...
06/10/2025

Você sabe como é vestir manequim 50? Eu sei.

Durante muito tempo, entrar numa loja era um pesadelo pra mim. Não era sobre gostar de um vestido, era sobre rezar pra servir.

Provar roupa era uma batalha silenciosa — contra o espelho, contra a sensação de não pertencer.

Eu não experimentava estilos. Eu experimentava tamanhos. Era o que tinha e em lojas especiais. E quando conseguia, saía delas com uma sacola na mão e tristeza.

Quem nunca passou por isso talvez não entenda. Mas quem viveu sabe: a dor de não poder se expressar através da roupa é uma ferida que f**a.

Hoje, vestir o que eu quero — e não apenas o que cabe — é uma das maiores vitórias da minha jornada.

Porque hoje existe um tratamento médico para obesidade que é capaz de fazer algo inimaginável há anos atrás: os pacientes que usam esses medicamentos reduzem em média 20 cm no tamanho da cintura!

Isso equivale a sair do manequim 50 para o 40. Tem ideia do quanto isso muda na vida de uma mulher?

Não é sobre vaidade. É sobre liberdade. Sobre olhar pro espelho e, finalmente, se reconhecer.

E você, já passou por isso também? Acredita que isso hoje é possível? Sem milagre, só ciência. Me conta nos comentários, eu vou adorar saber como você se sente.

Um evento cheio de reflexões, aprendizados e trocas que me lembraram por que amo tanto o que faço.O Mounjaro representa ...
05/10/2025

Um evento cheio de reflexões, aprendizados e trocas que me lembraram por que amo tanto o que faço.

O Mounjaro representa mais do que um novo medicamento — ele simboliza uma nova era no tratamento da obesidade.

Uma era em que ciência, empatia e resultados caminham juntos.

Existem desafios, e eu os conheço bem. Mas pra quem trabalha há mais de 20 anos com obesidade, e luta como pessoa contra essa doença, viver o que vivemos atualmente no campo da obesidade é um sonho!

Muita gente ainda acredita que o medicamento antiobesidade “faz o trabalho sozinho”.Mas a verdade é: ele não muda ningué...
29/09/2025

Muita gente ainda acredita que o medicamento antiobesidade “faz o trabalho sozinho”.
Mas a verdade é: ele não muda ninguém!
O que ele faz é dar tempo e condições para a pessoa mudar.

Nesse espaço de respiro, a pessoa consegue criar novos hábitos, se reconectar com o corpo, aprender a cuidar da alimentação e se movimentar mais.

É aí que mora a verdadeira transformação.
Porque quando o remédio é interrompido, o corpo pode sim voltar a ganhar peso — e é nessa hora que aparece o preconceito:
“Viu? Se parar, engorda tudo de novo!”

Mas… o mesmo acontece em qualquer doença crônica:

Se parar o tratamento da pressão, a pressão sobe.

Se parar o tratamento da tireoide, o hormônio desregula.

Se parar o tratamento da obesidade, o peso pode voltar.

A diferença está em enxergar o tratamento como parte de um processo maior.

A diferença é que o medicamento é criticado por não funcionar depois que você para de usar.

O remédio abre caminho para que a pessoa consiga conquistar mudanças reais e sustentáveis, que ela vai realizar!

O medicamento não transforma ninguém sozinho.
Mas pode ser a chance de quem sofre com obesidade finalmente se transformar.

Recebi essa pergunta de uma paciente e achei ótima para responder aqui. O Contrave é um dos medicamentos aprovados para ...
26/09/2025

Recebi essa pergunta de uma paciente e achei ótima para responder aqui. O Contrave é um dos medicamentos aprovados para o tratamento da obesidade. Ele combina duas substâncias (naltrexona + bupropiona) que atuam no sistema nervoso central, ajudando a reduzir a compulsão alimentar e a melhorar o controle sobre a ingestão.

Indicações:

Pessoas com obesidade ou sobrepeso associado a doenças como diabetes, hipertensão ou colesterol alto.

Quem apresenta comer compulsivo, vontade incontrolável de beliscar ou dificuldade em lidar com a ansiedade que leva à comida.

Limitações:

Não é indicado para todos. Pessoas com histórico de convulsões, transtorno alimentar grave, uso de opioides ou certas condições psiquiátricas não podem usar.

Pode ter efeitos colaterais como náuseas, insônia, dor de cabeça, ansiedade.

O efeito no peso costuma ser mais modesto em comparação com os análogos do GLP-1 (as famosas canetas).

Maiores ganhos:

Para pacientes com compulsão e dificuldade de controle alimentar, pode ser um divisor de águas.

Ajuda a focar no comportamento, permitindo que a pessoa coloque em prática dieta e exercício com menos sofrimento.

É uma opção oral, o que muitas vezes agrada quem não quer (ou não pode) usar injetáveis.

Resumindo: não falo tanto sobre ele porque cada medicamento tem seu espaço e público-alvo. O Contrave não é para todos, mas para o paciente certo pode fazer uma diferença enorme. ( eu tenho paciente que emagreceu mais com ele do que o Mounjaro 😱)

👉 Sempre converse com seu médico: o mais importante é individualizar o tratamento.

Foi exatamente essa frase que uma paciente minha ouviu de outra médica quando contou que usava medicamentos antiobesidad...
23/09/2025

Foi exatamente essa frase que uma paciente minha ouviu de outra médica quando contou que usava medicamentos antiobesidade.

Como sei que esse pensamento é bem comum por aí, resolvi hoje te trazer dicas práticas para responder quando alguém desmerece seu tratamento (já salva pra não esquecer 😉):

Seja firme e simples: você não precisa justif**ar cada detalhe, basta dizer: “Estou em tratamento médico. Obesidade é doença e eu mereço cuidar da minha saúde.”

Não entre em discussão: quem não entende ou estuda obesidade muitas vezes repete preconceitos. Gaste sua energia no que importa: você.

Lembre-se: tomar um medicamento prescrito não é sinal de fraqueza, é sinal de coragem. Você está certa sim! O mundo, e alguns profissionais de saúde, é que ainda estão cheios de preconceitos contra a pessoa com obesidade!

Tenha uma frase de bolso: algo rápido como “É meu tratamento, assim como alguém toma remédio para pressão ou diabetes.”

Recado final:
A obesidade não se resolve só com força de vontade. Dizer “é só comer menos” é tão cruel quanto dizer a um paciente com asma que basta respirar melhor.

Me conta: você já ouviu essa frase ou algo parecido? Como respondeu?

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