Psicóloga Gabriela Quartiero

Psicóloga Gabriela Quartiero CRP: 07/26849
Espaço para compartilhar leituras, conhecimentos e devaneios! Atendimentos somente on

Por que o aumento da passagem de ônibus afeta a saúde mental das pessoas? Aqui em Santa Maria, no dia 04/04/22, foi decr...
08/04/2022

Por que o aumento da passagem de ônibus afeta a saúde mental das pessoas?

Aqui em Santa Maria, no dia 04/04/22, foi decretado o aumento da passagem de ônibus para 5,00. Por si só, um número tão alto já nos salta os olhos e, além disso, é um valor exorbitante para uma cidade do porte de Santa Maria. Mas tudo isso nos instiga a pensar, qual é o impacto que esse aumento causa na vida das pessoas que utilizam o transporte público?

Uma pessoa que usa o transporte para ida e volta em um dia gasta: DEZ reais.
A pessoa trabalhadora paga para trabalhar. A estudante paga para estudar. E onde, dentro desse combo todo, elas ganham?

Poderíamos pensar que haverá melhora na qualidade do serviço para quem usa transporte público. Que haverá ampliação dos horários de ônibus, maior acessibilidade, aumento de empregos, entre tantas coisas boas que poderiam surpreender. Infelizmente, o descaso já tomou uma proporção tão grande, que isso nem é utilizado como argumento para justif**ar o valor. Até porque: Eles precisam justif**ar o aumento do valor da passagem?

São as pessoas que necessitam utilizar esse transporte diariamente que são afetadas. Que precisam escolher, especif**amente, um dia da semana que possam desprender 10,00 para resolver todos os problemas pendentes em outra região da cidade.

E quem pega dois ônibus para chegar até o local desejado? Como f**a?
Ou então, se formos pensar em bem estar, quanto vai custar, o ir e voltar, para uma família ter a oportunidade de um dia de lazer?

A junção de tudo isso repercute na saúde mental das pessoas. Mexe diretamente na renda, no sustento, no lazer, na qualidade de vida. Influencia também em algumas decisões a serem tomadas quando as pessoas precisam se deslocar dentro da cidade.

Essa preocupação com a renda gera diversos tipos de ansiedades. Nosso olhar precisa estar atento a todos os espectros e precisamos analisar o aumento da passagem de ônibus por várias perspectivas, tendo cautela e cuidado.

Por isso, f**a a pergunta: Quanto vale a passagem de ônibus?

- Lecas do brejo santamariense! -Fortaleça a pesquisa sobre lesbianidade. Para participar da pesquisa mande um email par...
09/12/2021

- Lecas do brejo santamariense! -

Fortaleça a pesquisa sobre lesbianidade. Para participar da pesquisa mande um email para gabrielaquartiero@gmail.com ou então envie uma mensagem para o instagram .psico

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A pesquisa faz parte do projeto de mestrado Lesbianidades e representações sociais: conversações sobre Direitos Se***is e Reprodutivos e é desenvolvido na Pós-Graduação em Psicologia da UFSM - Financiado pela Capes.
Esse projeto está ancorado no projeto "guarda-chuva": Politics of Reproduction in the Cyberworld: Studies on Contraceptive Technologies, (In)fertility, and Social Representations of Masculinities/Femininities - financiado pelo CNPq e Fapergs.

Qualquer dúvida entre em contato por email:

- Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Clínica Social: vidas.psico@gmail.com
- Mestranda: gabriela.quartiero@acad.ufsm.br

orientadora:
Profª Drª Adriane Roso

Hoje, eu e  participamos do II Fórum Sociedade Crítica: vida insubmissa, pensamento transgressor. Apresentamos nosso tra...
06/10/2021

Hoje, eu e participamos do II Fórum Sociedade Crítica: vida insubmissa, pensamento transgressor. Apresentamos nosso trabalho "As mulheres lé***cas no movimento LGBTI+" no GT - Movimentos sociais e lutas por (re)conhecimento.

As sexualidades são comumente trazidas de forma binária. Ou você é homem ou você é mulher; ou você é homossexual (lé***c...
23/09/2021

As sexualidades são comumente trazidas de forma binária. Ou você é homem ou você é mulher; ou você é homossexual (lé***ca ou gay) ou heterossexual. Entretanto, precisamos romper com essa dicotomia, pois é nesse caminho que surgem os questionamentos em relação à bi*****alidade. Questionamentos que vêm das pessoas que estão descobrindo sua sexualidade e, os mais perigosos, os questionamentos bifóbicos da sociedade‼️

A clássica bifobia que é resultado da binariedade: Você tem que escolher, ou gosta de homem ou de mulher, não pode f**ar em cima do muro. Como se houvesse a "escolha" para as pessoas bissexuais. A bi*****alidade não é uma opção sexual, ela é uma orientação sexual.

Não é só uma fase, não somos indecisas/os, somos bissexuais e queremos ser reconhecidas/os enquanto bissexuais. Levantar a bandeira da visibilidade bi é um ato político, um ato de coragem, visto que muitas pessoas falam: "só somos bissexuais para não encarar o preconceito da homossexualidade", o que, de fato, não é verdade.

São diversos os estigmas criados em torno da nossa orientação sexual. Somos fetichizadas/os, tidas/os como pervertidas/os e ainda sofremos preconceito dentro da própria comunidade de lé***cas e g**s, principalmente por considerarem a hipótese de que somos as/os portadoras/es de DSTs e ISTs.

Me incluo no texto pois sou bi*****al, e a bifobia perpassa minha existência e vivência.

Mais uma vez para reforçar: é preciso coragem para se assumir bi*****al. E nos orgulhamos da nossa sexualidade, por isso queremos visibilidade! 💗💜💙
*****al 🌈 *****al *****al *****alidade

Circulando há alguns dias, a postagem da  (link nos comentários), me fez refletir muito. Parece que é óbvio pensar que a...
16/09/2021

Circulando há alguns dias, a postagem da (link nos comentários), me fez refletir muito. Parece que é óbvio pensar que a nossa estrutura social adoece, porque isso é jogado na nossa cara diariamente, mas, ao mesmo tempo, nas campanhas de prevenção ao suícidio, o que mais é trazido é "a depressão não ter cara e classe social".

É a partir disso que quero começar a reflexão. Sim, depressão não tem cara nem classe social. Porém precisamos analisar o contexto social em que estamos inseridas/os. Vivemos em uma sociedade capitalista que é estruturalmente patriarcal, machista, sexista, xenófoba, LGBTfóbica, ra***ta, entre tantos outros preconceitos que existem. Uma sociedade que cultiva o ódio. E, atualmente, a realidade política no Brasil está criando situações e promovendo um cenário que força as pessoas a terem que resistir para poder sobreviver; são nesses casos que ouvimos uma frase muito clássica e difundida: “Não podemos parar pra pensar nisso, tenho só que fazer”. 🧐

É essa realidade que adoece. Não ser proporcionada uma educação plural, empregos, um sistema de saúde gratuito que seja de qualidade, moradias e espaços de lazer - isso desestabiliza a vida das pessoas. Além da pandemia e do desemprego, estamos em meio a uma votação da reforma trabalhista, que retira alguns direitos fundamentais para as/os trabalhoras/es, ou seja, a situação se resume em: se você quer ter um emprego, você terá que se submeter a qualquer coisa. Há alguns dias, o presidente do Brasil falou que é “idiota” quem quer falar em comprar feijão e não fuzil. Como manter uma saúde mental estável com tudo isso acontecendo? 🤯

A fome mata. O desemprego e as duras realidades de trabalhadoras/es adoecem. A negligência com a saúde pública propicia o desespero. Ter uma casa seria o básico.
O mais cruel é que a sociedade romantiza os sacrifícios que as pessoas necessitam fazer para sobreviver e, se elas sobrevivem à miséria, são consideradas guerreiras. Precisamos refletir sobre isso e ver que essas situações influenciam na saúde mental de toda uma parcela da população.

Setembro amarelo é o mês voltado para campanhas de prevenção ao suicídio. Sabemos que falar sobre suicídio é um tabu mui...
13/09/2021

Setembro amarelo é o mês voltado para campanhas de prevenção ao suicídio. Sabemos que falar sobre suicídio é um tabu muito grande, até porque, às vezes, a estigmatização de pessoas com tendência suicida é maior do que o próprio acolhimento. Entretanto, é nesse mês que as pessoas se sentem mais a vontade em diálogos sobre a temática suicídio.

Por ainda ser uma das principais causas de morte no mundo, a sensibilidade com o tema é diversa e merece atenção de toda a sociedade. Desde a notif**ação de casos à publicização de matérias e conversas entre nossa rede, é preciso discutir a prevenção do suicídio com seriedade e responsabilidade social.

As pessoas em sofrimento apresentam diferentes formas de pedir ajuda, não se pode ignorar os sinais de adoecimento. Nestes momentos, é necessário ter empatia e acolher. Modos de ajuda como a ampliação das redes de apoio, não somente de familiares ou amigas/os, mas de todas as pessoas que fazem parte do círculo social e a escuta de um/a profissional são cruciais para a prevenção ao suicído.
Precisamos nos abrir a dialogar mais sobre o suicído e todas as angústias que permeiam as pessoas. 🌻

Dessa forma, conseguimos nos enxergar melhor enquanto indivíduos que compartilham de traumas e dores que, muitas vezes, compõem fatores estruturais em nossas comunidades.

As escolas são instituições onde ainda se encontra muita hostilidade com as crianças e adolescentes LGBTI+, e as violênc...
24/07/2021

As escolas são instituições onde ainda se encontra muita hostilidade com as crianças e adolescentes LGBTI+, e as violências acontecem de diversas formas. Muitas vezes, as/os educandas/os não sabem como agir frente a tais situações, tampouco a escola tem um preparo adequado para o acolhimento dessas pessoas.

O bullying e a LGBTfobia velada fazem com que o índice de evasão de pessoas LGBTI+ seja grande. Pela falta de educação sexual e de exposições que conversem sobre a temática da sexualidade, muitas/os estudantes não compreendem a exclusão nem o porquê são diferentes da norma da sociedade. Nesse sentido, o diálogo sobre a diversidade sexual torna-se primordial para pensarmos em uma educação que seja democrática, igualitária e plural.

É para refletir e aprofundarmos as ideias sobre estes assuntos, que conversaremos com o professor, pesquisador e militante LGBTI+, Benhur Pinós. Para além dos muros da universidade e do ambiente acadêmico, Benhur encara o desafio de trabalhar com a diversidade sexual nas escolas.

Convidamos todas e todos para acompanhar nossa conversa, compartilhar esse chamado a quem possa interessar e interagir conosco durante o espaço. Esperamos vocês na quinta-feira (29), às 19h, ao vivo pela minha página do Instagram - .gabrielaquartiero!
Até lá 🌈😊
🌈

A Psicologia precisa se posicionar! Todos os dias recebemos na clínica pessoas adoecidas pela pandemia. Diversos são os ...
20/06/2021

A Psicologia precisa se posicionar! 

Todos os dias recebemos na clínica pessoas adoecidas pela pandemia. Diversos são os motivos que acarretam sofrimento, por exemplo, a culpa por não dar conta de adaptar toda uma nova rotina, crises de ansiedade e pânico, baixa autoestima, depressão e, principalmente, o processo de luto. 

A saúde mental de todas/os brasileiras/os está fragilizada e negligenciada pelo governo que deveria estar dando subsídios para enfrentarmos esse momento pandêmico. Não estão cuidando da nossa saúde e da nossa segurança como deveriam, além de não valorizarem a vacina e a ciência. Eles estão fomentando uma crise social.

Agora vem a pergunta: E nós psicólogas/os, vamos f**ar assistindo a demanda clínica aumentar, notar que há um motivo que liga essas pessoas e, mesmo assim, f**ar sem nos posicionar? 

Criou-se um imaginário social que psicólogas/os não devem se expor, que teríamos que ser discretas/os e apresentar pouco nossa vida pessoal/social, só que isso já se tornou um discurso defasado. Uma das coisas que aprendi é que, não há neutralidade quando falamos em ética, sempre temos um olhar crítico a tudo e isso está intrínseco em nós. 

“Uma consciência crítica se dá conta de que a ética perpassa todas nossas ações e que é impossível sermos “neutros”. E mais: que a ética, como a justiça, é sempre uma relação e se constrói a partir do discurso, da ação comunitária.” (Guareschi, 2005)

Enquanto mulher, bi*****al, psicóloga e pesquisadora junto minha voz a do povo. Não podemos nos calar. 

Manifestação 19/06/21
Foto 1:
Foto 2: - O estandarte é em homenagem a minha amiga Verônica, vítima de transfobia, foi assassinada no dia 12/12/19.

Ainda vivenciando o mês em que celebramos e lutamos pelos direitos das mulheres, vim compartilhar com vocês algumas refe...
25/03/2021

Ainda vivenciando o mês em que celebramos e lutamos pelos direitos das mulheres, vim compartilhar com vocês algumas referências de mulheres que fazem parte do cenário cultural e artístico. Não é a primeira vez que trago essa reflexão por aqui, mas nunca é demais reiterar a importância de acessarmos conteúdos elaborados por mulheres. 💕

Seja pela abrangência de narrativas, seja pelo apoio em si ao trabalho de outras mulheres, ainda somos marginalizadas em muitas áreas do conhecimento e do próprio mercado. Então, preparei uma listinha para compartilhar com vocês:

Escritoras: Jarrid Arraes e Carol Bensinmon.

Compositoras e cantoras: Bia Ferreira e Doralyce (que inclusive formam um casalzão), Flora Matos, Aíla, Lívia Cruz, Banda Mulamba.

Roteiristas: Juliana Vicente e Anna Muylaert

Atrizes: Camila Pitanga, Taís Araújo, Bruna Linzmeyer, Letícia Sabatella, Leandra Leal, Fernanda Montenegro

Mulheres brasileiras com iniciativas e obras lindas, reconhecidas e super originais. Vamos dar aquela renovada nas peças que nos servem de entretenimento? 😉

Pra quem curtiu a ideia, deixo a sugestão de compartilhem aqui outras mulheres e outras produções também conhecidas por vocês 😍. Quanto maior a corrente, maior nosso alcance e fortalecimento. Juntas vamos melhor! ❤
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Chega mais um dia 8/03, e seguimos gritando por mais direitos, reconhecimento e justiça social. O dia da mulher ainda é ...
08/03/2021

Chega mais um dia 8/03, e seguimos gritando por mais direitos, reconhecimento e justiça social. O dia da mulher ainda é celebrado, muitas vezes, por flores e frases que embelezam o cuidado e a atenção "naturalizados" às mulheres, mães e companheiras. Essas mensagens nos delegam a espaços historicamente construídos, em que somos lembradas a quais lugares o patriarcado quer nos impor.

As vozes de milhões se somam a minha mensagem deste dia: não permitiremos mais sermos silenciadas. Nossas raízes nos fortalecem e criam frutos cada vez mais fortes, que florescem em busca de uma verdadeira mudança em nossa sociedade. 💪💜

Lutamos e acreditamos por transformações que não permitam mais o feminicídio, que não deixem pastores e parlamentares decidirem sobre nossos corpos, que não oprimam as mulheres negras, nem as transsexuais, nenhuma de nós.

Reconhecemos cada avanço da luta feminista, mas seguimos em coro por também sabermos que todas as conquistas vêm de nossos movimentos e ações. Hoje, amanhã e sempre: vamos cantar até o fim, mulheres do fim do mundo.
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Boa tarde! Gostaria de compartilhar com vocês a música que estou escutando agora. 🎶Triste, Louca ou Má? Diariamente, nós...
25/02/2021

Boa tarde! Gostaria de compartilhar com vocês a música que estou escutando agora. 🎶

Triste, Louca ou Má?

Diariamente, nós mulheres, temos que repetir pra nós mesmas que somos fortes, que temos capacidade de escolher, que podemos ser independentes sem o aval de outras pessoas, que não precisamos nos enquadrar nas normas que a sociedade impõe e, principalmente, não sentir culpa por isso. Alguns homens não entendem o que é passar por isso, mas, nós mulheres, acordamos todos os dias com o machismo tentando silenciar a nossa subjetividade.

Então para começar essa tarde:
Mulheres nunca se esqueçam da força que vocês tem. Não podemos admitir que outras pessoas nos definam!!!🌻🌼

“Triste, louca ou má
Será qualif**ada
Ela quem recusar
Seguir receita tal
A receita cultural
Do marido, da família
Cuida, cuida da rotina
Só mesmo, rejeita
Bem conhecida receita
Quem não sem dores
Aceita que tudo deve mudar

Que um homem não te define
Sua casa não te define
Sua carne não te define
Você é seu próprio lar

Ela desatinou, desatou nós
Vai viver só

Eu não me vejo na palavra
Fêmea, alvo de caça
Conformada vítima
Prefiro queimar o mapa
Traçar de novo a estrada
Ver cores nas cinzas

E a vida reinventar”

Música: Triste, Louca ou Má.
Arte: Querida Vitrola

O abuso psicológico dentro do BBB está escrachado. Muitas vezes, as pessoas entendem a palavra violência como se fosse s...
10/02/2021

O abuso psicológico dentro do BBB está escrachado. Muitas vezes, as pessoas entendem a palavra violência como se fosse só o ato físico, mas existe a violência psicológica também. Essa violência acontece de forma mais velada, é tendenciosa e quando nota, a pessoa já não sabe o que faz parte do real ou o que é reflexo do abuso sofrido.

Ele é silencioso, sorrateiro, vem aos poucos e de uma forma muito sutil. Começa com um elogio, depois é identif**ado os pontos vulneráveis da pessoa, manipulada em determinadas situações, até chegar em um momento em que a relação aniquila a subjetividade da outra pessoa.

Manipuladora é a maior característica de uma pessoa abusiva. Ela consegue ter poder sobre as ações dos outros. A pessoa que sofre o abuso psicológico começa a duvidar das suas percepções, já não sabe distinguir se é “coisa da cabeça dela” ou se é verdade, pois a todo momento seus sentimentos são minimizados. Essas ações geram confusão na sua memória, acreditando que pode estar criando situações que não aconteceram.

A autoestima desmorona. Como sentir bem-estar quando se nota que já está pedindo desculpas por coisas que nem sabe o porquê? E, principalmente, quando já se vê enquanto uma pessoa não querida? A manipulação faz a pessoa acreditar que ela não é uma pessoa autêntica, é incapaz, dependente e que se agir sozinha, fracassará.

Essa última parte de ser dependente e precisar de aval para tomar atitudes é o maior perigo. É nesse momento que ocorre o apagamento da subjetividade. É uma privação da liberdade, da autonomia. É o momento em que a pessoa já aceita o isolamento, a exclusão e acredita que aquilo é para o bem dela, não fortalecendo mais sua rede de apoio, se afasta de amigas/os porque foi plantada a ideia de que é para amenizar possíveis sofrimentos.

Está se tornando uma edição do BBB pesada. A violência psicológica está presente. Falta empatia, falta comunicação e falta compreensão das pessoas que estão assistindo o abuso acontecer. Não podemos ser coniventes, se tu nota algo estranho em um relacionamento (seja, namorada/o, familia, amiga/o) seeeempre questione.

Eu ainda acho pertinente outros posts que falam exclusivamente de como pessoas abusivas agem e outro de quais são as consequências para as pessoas que sofreram o abuso. É muita coisa, gente! Bora marcar um dia e fazer essa roda de conversa via meet.

Porque a bi*****alidade é sempre tão questionada? Na última festa, os participantes Lucas e Gilberto se beijaram. Primei...
09/02/2021

Porque a bi*****alidade é sempre tão questionada?
Na última festa, os participantes Lucas e Gilberto se beijaram. Primeiro beijo entre dois homens de todas as edições do Big Brother Brasil. O que era pra ser um motivo de felicidade, acabou se tornando um momento opressor. Minutos após o beijo, as/os outras/os integrantes já começaram os questionamentos.
Gilberto é gay assumido, mas Lucas ninguém sabia que é bi*****al. Não demorou muito para apontarem o dedo para ele. Em nenhum momento as outras pessoas levantaram a hipótese de que os beijos que ocorreram entre Fiuk e Thais ou Karol Conká e Arcrebiano poderia ser jogo, mas quando foi entre dois homens, se sentiram no direito. Porque é difícil acreditar que uma pessoa é bi*****al?

A bi*****alidade sempre é invalidada. As pessoas bissexuais, diariamente, precisam justif**ar a sua existência. Porém, no mesmo momento em que precisam justif**ar que não são pessoas confusas, a confusão psicológica também acontece até porque sua subjetividade é totalmente aniquilada.

Tanto pessoas heterossexuais como pessoas lé***cas e g**s, apontam o dedo, não aceitam que a bi*****alidade existe. Afinal, é possível se relacionar com pessoas do mesmo e de outros gêneros?

O Lucas se assumiu bi*****al em rede nacional. Olhando estatísticas de violência contra pessoas LGBT no Brasil e o desgoverno em que vivemos, quem iria querer se “aproveitar da pauta”? Foi muito violento. Lucas ao se assumir, se deparou com muita hostilidade, pediu ajuda, pediu conselhos, pediu atenção e, mais uma vez, vem a confusão psicológica gerada pela bifobia. Se não sou aceito por pessoas LGBT e nem por pessoas heterossexuais, por quem vou ser aceito?

Enquanto mulher bi*****al, ver toda aquela situação me tocou muito. Doeu, doeu muito. Foi pesada a forma como ignoraram ele, ignoraram a existência dele. E acredito que pode ser feita uma analogia, dentro da casa o questionaram porque achavam que poderia fazer “parte do jogo”, mas aqui fora nos questionam se nossa bi*****alidade é pra tirar proveito de determinadas situações.
Sempre me pergunto que proveito uma pessoa pode tirar por se assumir bi*****al, pois de todos os lados nossa sexualidade e existência são invisibilizadas.

Esse post é um desabafo, a bifobia mata. Vou reproduzir uma frase que li em um texto, não sei se eram bem essas palavras, mas: "para o BBB o Lucas desistiu, mas na vida real pessoas morrem.".

*****alidade *****al

Tenho certeza de que se não estivéssemos em meio a uma pandemia, já teríamos organizado rodas de conversa sobre o Big Br...
05/02/2021

Tenho certeza de que se não estivéssemos em meio a uma pandemia, já teríamos organizado rodas de conversa sobre o Big Brother Brasil. Estou numa angústia por compartilhar e refletir sobre as inúmeras situações que estão acontecendo dentro da casa. Essa edição está extrapolando o limite do tolerável, ativando diversos gatilhos nas/os espectadoras/es, e não falo só de mim, digo isso pois vejo na clínica as demandas que estão sendo trazidas.

A intenção do programa é entretenimento. As pessoas de outras edições, na primeira semana estão se conhecendo, é a semana da diversão, de conhecer as/os outros participantes. Entretanto, não é isso a que estamos assistindo. O que estamos vendo é um show de abuso psicológico.

Em determinados momentos, não há mais pudor na hora de humilhar. O “falar na cara” foi atribuído como sinceridade, mas o que nos deparamos é com um abuso psicológico “na cara”.

Outras situações como: xenofobia, bullying, exclusão, humilhação, abuso sexual, abuso psicológico e silenciamento estão acontecendo como se fosse algo normal e tudo isso está sendo naturalizado.

Eu estou convidando todas/os a refletir sobre isso. Até, quem estiver a fim e topar, podemos fazer uma roda de conversa online sobre isso, uma live, mas não podemos deixar isso passar sem conversa. Nos próximos dias, pretendo abordar um pouco de cada assunto. O Instagram limita os caracteres, por isso vou fazer um post sobre cada assunto que acredito ser importante de debater.

**A intenção não é falar bem ou mal de integrantes, mas levantar questionamentos sobre práticas que estão ocorrendo na casa e sendo transmitidas.

A categoria é: ORGULHO TRANS!🏳️‍⚧️O Dia da Visibilidade Trans, 29 de janeiro, simboliza a resistência ativa de diversas ...
29/01/2021

A categoria é: ORGULHO TRANS!🏳️‍⚧️

O Dia da Visibilidade Trans, 29 de janeiro, simboliza a resistência ativa de diversas lutas da população transgênera, tr****ti, tr*******al e não-binária. A origem dessa homenagem oficial no calendário brasileiro é do ano de 2004 e, de lá pra cá, reconhecemos importantes avanços na esfera social que trabalham para garantir a cidadania de todas as pessoas que não se identif**am com a cisgeneridade.

Hoje esse espaço não será para expor as cicatrizes, mas sim para desfilar ações, projetos e personalidades trans que afrontam a nossa sociedade exigindo respeito. Na última década, acompanhamos a criação de diversas iniciativas* fundamentais para a existência digna de todas essas pessoas. Além de práticas transversais e integrativas, enxergar pessoas trans que são referências artísticas, acadêmicas e políticas reforça a própria democracia e o nosso desejo de ver a pluralidade de gênero em TODOS os espaços. ✊🏼

Laerte, Linn da Quebrada, Linda Brasil, Liniker, Tiffany Abreu, Rogéria, Cláudia Celeste, Jacqueline de Jesus, Erica Malunguinho, Luma de Andrade, Thammy Miranda, Sam Porto, Tarso Brant, Rosa Luz...graças às deusas essa lista não para por aqui e, por motivos de limites de caracteres, vou deixar as reticências guiarem a curiosidade de vocês. 👀

Neste dia tão simbólico e representativo, desejo que as homenagens se transformem, cada vez mais, em ferramentas de difusão das atividades criadas pela população trans. O processo de desconstrução do estigma pode ser longo, e é por isso que nós - pessoas cisgêneras - precisamos nos posicionar nessa luta pela visibilidade. Existem muitos conteúdos e produções realizadas por pessoas trans (e também para pessoas trans).

Que todo esse brilho se espalhe por nossos círculos de afetividade online e offline, pois quando sabemos que os corpos e vozes de pessoas trans estão ocupando lugares com responsabilidade e projetos verdadeiramente transformadores, a esperança reacende. ✨

*https://www.justif**ando.com/2020/09/04/compilamos-dezenas-de-iniciativas-incriveis-feitas-para-pessoas-transgenero/
* 🏳️‍⚧️ o link também está disponível na Bio🏳️‍⚧️

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25/01/2021

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・・・
Visibilidade trans: a importância da Psicologia no processo de transição.

Através da troca de experiências, em conjunto com o e .sx3, nos propomos debater o papel da Psicologia no processo de transição de pessoas transexuais e tr****tis, tal como discutir sobre os atravessamentos éticos e políticos nesse processo.

Uma das potências do processo terapêutico é auxiliar o sujeito a se conhecer e compreender mais profundamente e acessar sua real identidade. Nesse sentido, apoiamos a luta de pessoas trans e tr****tis por visibilidade e garantia de direitos, posicionando-nos a favor da afirmação e reconstrução de um campo técnico e científico em prol do reconhecimento das múltiplas identidades e da dignidade humana.

➡️ Essa é uma roda de conversa organizada por psicólogas/o, com o apoio do Coletivo Voe.

Data: 29/01
Horário: 19h

➡️ Para participar do evento, via google meet, basta preencher o formulário abaixo para receber o link. https://bit.ly/3nB8ufO

Tivemos avanços na política e podemos provar! 🌈As eleições de 2020 mostram números expressivos de candidaturas trans, o ...
20/01/2021

Tivemos avanços na política e podemos provar! 🌈

As eleições de 2020 mostram números expressivos de candidaturas trans, o número de pessoas trans eleitas foi 4 vezes maior que em 2016. Ter esse resultado renova as energias; nos aquece ver avanços importantíssimos na representação política e, principalmente, entender que isso signif**a um recado fundamental para combater o ultraconservadorismo que temos enfrentado no país.

Graças a anos de muitas lutas, os tempos estão mudando e as questões de representatividade escancaram o que grande parte da população cisgênera ainda não quer enxergar: vidas trans existem e se levantam, cada vez mais, contra as opressões.

Qual conservador imaginaria que teríamos uma movimentação tão grande de pessoas trans na política? Em 2018, já estávamos comemorando com 52 candidaturas, e agora em 2020 foi de arrepiar ver 294 candidaturas*. Sim, meu bem, sendo 30 trans ELEITAS! Uma conquista muito importante, e o mais gratif**ante é poder destacar que 7 dessas mulheres trans eleitas foram AS MAIS VOTADAS em suas cidades:

Linda Brasil (Aracaju/SE)
Dandara (Patrocínio Paulista/SP)
Tieta Melo (São Joaquim da Barra/SP)
Lorim de Valéria (Pontal/SP)
Duda Salabert (Belo Horizonte/MG)
Titia Chiba (Pompeu/MG)
Paullete Blue (Bom Repouso/MG)

A disputa por espaços se faz necessária para que possam ser vistas e atendidas as demandas políticas de uma população que é marginalizada desde sua infância. Além disso, ocupar espaços de poder é essencial para mostrar a transfobia estrutural existente.

A resistência e a luta do movimento trans são uma engrenagem fundamental para nossas inspirações diárias. F**a o convite para as pessoas que são cis, como eu, a continuar conhecendo e divulgando projetos que possibilitam mais direitos e acessos da população trans em todos os âmbitos de nossa sociedade. Não podemos pensar que isso é uma tarefa só das pessoas trans, nós também temos que entender nossos privilégios e fazer a nossa parte.

- Em Santa Maria, não tivemos trans eleitas, mas contamos com 4 mulheres trans sendo assessoras parlamentares de vereador/as!

*Levantamento realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais- .oficial

Gostaria de sugerir essa série maravilhosa que, majoritariamente, as personagens são mulheres trans e negras. Pose é uma...
13/01/2021

Gostaria de sugerir essa série maravilhosa que, majoritariamente, as personagens são mulheres trans e negras. Pose é uma série fantástica e mostra a resistência nua e crua da realidade LGBT+.

Ela se passa na década de 80 e 90, em Nova Iorque. Em um primeiro momento, o que chama a atenção de quem assiste são os bailes que haviam na época, locais que cultuavam o luxo e também onde podiam desfrutar da sua sexualidade. Lá exibiam suas roupas extravagantes, realizavam desfiles e apresentações.

Entretanto, sabemos que a vida real das pessoas LGBT não é glamour. A série mostra o período da eclosão da AIDS e todos medos e angústias que permeavam a vida, principalmente, de mulheres trans e homens g**s. O que mais me tocou foi enxergar as incertezas do que realmente é a AIDS, as dúvidas sobre as medicações, a falta de conhecimento médico em relação ao vírus e a morte gradativa das pessoas. E é notável na série que falar sobre a AIDS era um tabu, o assunto foi introduzido discretamente, sem citar o nome. Dá a entender que se não falassem, a AIDS não existiria, seria menos dolorido viver com ela.

Outro tema foi a união em “casas”. As pessoas eram colocadas para fora de suas casas por serem trans ou pela orientação sexual. Ao se encontrarem em situação de vulnerabilidade social, se uniam em “casas”. A série mostra mulheres trans que acolhiam e cuidavam dessas pessoas que estavam em situação de desamparo. Ela era chamada de mãe e as pessoas que moravam junto eram suas/es filhas/os, de fato uma estrutura familiar e se fortalecia vínculos pelo afetivo. Todas consideravam como sua casa, onde se sentiam à vontade para viver quem eram, além de terem comida e um local seguro para morar.

O que mais me marca são os sentimentos de família, de pertencimento e de união. É emocionante ver o apoio que compartilhavam mesmo na dor.

“O sangue não constitui a família. Esses são parentes. Família são aqueles com quem você compartilha as coisas boas e ruins. E ainda amam uns aos outros no final. São aqueles que você escolhe.” Hector Xtravaganza

* Billy Porter, ator da série, entrou para a história como o 1° homem assumidamente gay ao receber o Emmy de melhor ator em série de drama.

Endereço

Santa Maria, RS
97020-620

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