Clínica & Espaço de Intervenção Psyché

Clínica & Espaço de Intervenção Psyché Página com objetivo de divulgar Clínica & Espaço de Intervenção Psyché. Atividades suspensas.

08/12/2021

consultório de psicologia clínica inaugurado em 2014 com atividades suspensas em 2015, devido a novos projetos na esfera pública. maiores detalhes sobre o espaço Psyché com a psicóloga Débora Cristina Rocha da Costa, fundadora.

Sempre bom dialogar com os colegas da Psiquiatria sobre as Estruturas de Personalidade, no que tange à Psicopatologia, a...
06/04/2015

Sempre bom dialogar com os colegas da Psiquiatria sobre as Estruturas de Personalidade, no que tange à Psicopatologia, ainda temos muito a desenvolver!
http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=180

Quando os traços são definitivos, inflexíveis e inadaptadas podem constituir um Transtorno de Personalidade. | Personalidade |

Neste mês comemoro dez anos de vida profissional. No dia 17 de dezembro de 2004 realizamos nossa colação de grau como a ...
15/12/2014

Neste mês comemoro dez anos de vida profissional. No dia 17 de dezembro de 2004 realizamos nossa colação de grau como a IV Turma de Psicologia da UFSM - Profª. Drª. Dorian Monica Arpini.
Felizmente, neste ano conseguimos realizar um encontro para celebrar este momento! Sou muito feliz e realizada por fazer parte desta turma e por ter os colegas e amigos que tenho, pois, cada um de nós construiu sua trajetória com muita dedicação, ética e amor à profissão e, principalmente, ao ser humano. Congratulations for us!

Resenha comentada sobre as pré-Condições Socioculturais para a emergência da Psicologia Científica (séc. XIX):Por: Débor...
24/10/2014

Resenha comentada sobre as pré-Condições Socioculturais para a emergência da Psicologia Científica (séc. XIX):

Por: Débora Cristina Rocha da Costa - Psicóloga CRP 07/13640

Ψ Conforme Figueiredo (1991) as condições necessárias para o conhecimento da psicologia (além da crença na Ciência) são:
- experiência da subjetividade privatizada: acesso individual e íntimo à parte das experiências – como o pensamento, as decisões e os sentimentos privados, através da singularidade existencial;
- experiência da crise desta subjetividade.
Ψ Esta experiência subjetiva ocorre com freqüência em períodos de crise social, quando se produz novas formas de vida a partir do questionamento de padrões culturais vigentes.
Ψ As artes e a literatura revelam homens mais solitários e indecisos nestes períodos de conflitos entre as tradições e a emergência do novo. Assim, quando ocorrem novas possibilidades de ser e existir o homem se vê obrigado a recorrer com mais freqüência ao seu “foro íntimo” (sentimentos, valores morais, etc).
Ψ “Surge um espaço para a experiência da subjetividade privatizada: quem sou eu, como sinto, o que desejo, o que considero justo e adequado?” (FIGUEIREDO: 1991, 16).
Ψ E, então, a tomada de decisão e responsabilização pela subjetividade.
Ψ Como conseqüências encontramos: a reflexão moral e o sentido da tragédia.
Ψ Alguns exemplos através da Arte:
- Poesia Lírica: sentimentos e desejos do poeta que expressam suas particularidades e nem sempre coincidem com as expectativas sociais sobre este. Como a revelação de amores proibidos. Dica: Francês Jean Nicolas Arthur Rimbaud (1854 – 1891).
- Artes Plásticas: surge a expressão individualizada do artista e muitas vezes suas obras podem ser reconhecidas pelas características peculiares de forma ou por traços que revelam sua identidade ou história de vida. Dica: “O sonho da razão produz monstros” – Francisco de Goya (pintor nascido em Bordéus na França, em 15 de abril de 1828 - viveu e Madrid na Espanha).
- Religião: surgimento de novos sistemas religiosos ou variantes dos antigos, heresias e atribuições à consciência e às intenções mais do que aos próprios atos e obras. Dica: Filme “A outra” (Diretor: Justin Chadwick – 2008) que conta a ruptura do Rei Henrique VIII com a Igreja Católica por desfazer o seu casamento.

Referências Bibliográficas:
FIGUEIREDO, L. C. Psicologia, uma introdução. São Paulo: Educ, 1991.

Parabéns aos Médicos pelo seu dia! Que sigam honrando a profissão e salvando vidas todos os dias! Que seus conhecimentos...
18/10/2014

Parabéns aos Médicos pelo seu dia! Que sigam honrando a profissão e salvando vidas todos os dias! Que seus conhecimentos continuem a evoluir e aliviar as dores, doenças, tragédias! Que sigam, nobres, o ofício de cuidar!

Imagem: A Lição de Anatomia do Dr. Tulp - Rembrandt (1632)

DA REPRESSÃO PULSIONAL À AUTOREGULAÇÃO: O MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO DE FREUD À NORBERT ELIAS.Para Norbert Elias há uma es...
17/10/2014

DA REPRESSÃO PULSIONAL À AUTOREGULAÇÃO: O MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO DE FREUD À NORBERT ELIAS.

Para Norbert Elias há uma estrita relação entre psicogênese e sociogênese e seu estudo não pode ser dissociado (ELIAS, 1939, vol 1: p. 14-15). Neste sentido, o presente texto pretende desenvolver o argumento do interdito social na leitura da Psicanálise, através da relação entre o processo civilizatório e a repressão pulsional. O argumento da Psicanálise se aproxima da obra de Lévis-Strauss “Estruturas elementares do parentesco”, na qual a proibição do incesto consiste na interdição mínima que garante a diferença entre cultura e natureza. Aqui se propõe, brevemente, uma revisão a partir da perspectiva de Norbert Elias .
A expressão “Complexo de Édipo” foi utilizada por Freud pela primeira vez em 1910, embora a tragédia grega já tenha sido mencionada desde 1897, não houve em sua obra a sistematização sobre esses estudos. Freud atribui o caráter universal à vivência do Complexo de Édipo – cujo resultado, pode variar, nas diferentes culturas (LAPLANCHE & PONTALIS, 2001). Em “Totem e Tabu”, considera o momento original da humanidade a partir do assassinato do pai primitivo da horda primeva – este pai passa a ser totêmico. Laplanche & Pontalis (2001) apontam que esta perspectiva é discutível do ponto de vista histórico, porém, sua validade está no ponto de vista mítico pelo qual se torna compreensível a exigência ao humano de ser um “rebento de Édipo” (2001, p. 80).

“A sua eficácia vem do fato de fazer intervir uma instância interditória (proibição do incesto) que barra o acesso à satisfação naturalmente procurada e que liga inseparavelmente o desejo à lei (ponto que J. Lacan acentuou).” (LAPLANCHE & PONTALIS, 2001, p. 80).

Elias (1939) propõe o estudo das cortes dos séculos XVII e XVIII , sua sociologia é considerada processual e o próprio autor considera que as transformações no antigo regime eram muito lentas na evolução para a modernidade, se comparadas às deste período, propriamente ditas. Para Elias (1939), há uma estrita ligação entre o modo de existência natural e social e entre o social e o individual. Neste sentido, Elias (1939, p. 91) aponta que após o período medieval há uma tendência crescente à observação do comportamento alheio acompanhado por uma coação ao “bom comportamento”. Para o autor, há um registro realizado na ordem do natural e outro na ordem cultural ou histórica.
No texto “O mal-estar na Civilização” (FREUD, 1930) não há diferenciação entre Cultura e civilização. Neste sentido, civilização está como conceito que rege as relações do homem tanto com a natureza (em seu controle) quanto para as relações humanas. As exigências do progresso colocam o homem diante do laço social. Desta forma, o autor propõe a discussão sobre o mal estar existente diante dos apelos da pulsão (sexual ou agressiva) e as restrições impostas pelo processo civilizatório. Para tal, o autor discute, inicialmente, a partir da concepção de “sentimento oceânico” o funcionamento do ego e seu papel diante da autopreservação humana. Freud compara a necessidade religiosa humana à necessidade do bebê que precisa de um pai e portanto, a compara com o desamparo infantil.
No terceiro capítulo, Freud propõe três fontes principais de sofrimento humano: “o poder superior da natureza, a fragilidade de nossos próprios corpos e a inadequação das regras que procuram ajustar os relacionamentos mútuos dos seres humanos na família, no Estado e na sociedade” (FREUD: 1930, 93). Neste sentido, as pessoas buscam métodos de satisfação e busca da felicidade. Freud cita que alguns dos principais métodos são o uso de dr**as, o trabalho, as fantasias, a construção delirante da realidade, o amor e a enfermidade neurótica (sintomas como satisfações substitutivas para aqueles desejos que não se realizaram) e a sublimação (que seria a forma mais saudável e produtiva de se lidar defensivamente com a felicidade). Pois, é a sublimação que garante o desenvolvimento cultural e, portanto, seria condição para funções psíquicas superiores.
A angústia, a agressividade e a culpa são três pontos fundamentais para a compreensão da ambivalência presente na relação com a civilização. Pois, a máxima religiosa “amar o próximo como a ti mesmo” envolve muitas renúncias à sua satisfação pulsional. Descreve a existência da pulsão de morte como tendência conservadora e impulsão à repetição – portanto, um entrave à civilização.
Na perspectiva da Segunda Tópica Freudiana da concepção aparelho psíquico – a saber: Id, Ego, Superego – quando a agressividade não pode ser expressada ela acaba sendo introjetada no próprio ego e uma parcela deste se volta contra – o superego. É através deste, do Superego, que se instaura o processo de culpa motor para o processo civilizatório na perspectiva freudiana. Ao final do livro, Freud questiona a possibilidade do desenvolvimento cultural conseguir “(...) dominar e a perturbação de sua vida comunal causada pelo instinto humano de agressão e autodestruição” (FREUD, 1930, p. 147).
Elias (1939) propõe o estudo da esfera individual (psicológica) como resultado de um processo civilizador social atuante historicamente. Assim, o processo civilizatório seria regulado ou mediado pelos âmbitos individual (psicogênese) e social (sociogênese). No processo evolutivo de uma sociedade a tendência converge, neste sentido, para uma convivência a partir da observação dos comportamentos alheios através de tecnologias de controle social. Para o autor, o aumento da interdependência entre as pessoas influencia o processo civilizatório, pois, este pode ser compreendido como uma transformação no controle das paixões e da conduta (BRANDÃO, 2001, p. 98).

Referências Bibliográficas:

BRANDÃO, C. F. A teoria dos processos de civilização e o controle das emoções. In: Revista Conexões. Vol. 6. 2001.
ELIAS, N. (1939) O processo civilizador. Vol I: uma história dos costumes. Trad. Ruy Jungmann. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994.
_______. O processo civilizador. Vol. II: Formação do Estado e Civilização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994.
FREUD, S. (1897). Carta 71. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
_______. (1930) O mal estar na civilização. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
LAPLANCHE & PONTALIS. Vocabulário da Psicanálise. Trad. Pedro Tamen. 4ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
SÓFOCLES (496 a. C. – 406 a. C.). Édipo Rei. Trad. J. B. de Mello Souza. Fonte Digital: Clássicos Jackson, vol. XXII, 2005.
AR**HA, M. L. A. Filosofia da Educação. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2006.

Imagem: Salvador Dalí's paint.

11/10/2014
Informações sobre a Psicoterapia:Ψ O contrato: Faz-se importante que, previamente ao contrato de Psicoterapia, tenha-se ...
10/10/2014

Informações sobre a Psicoterapia:

Ψ O contrato:
Faz-se importante que, previamente ao contrato de Psicoterapia, tenha-se realizado um período de avaliação, que é chamado de Psicodiagnóstico ou Entrevistas Iniciais. Nesta etapa, anterior à Psicoterapia, se verifica: qual será a indicação terapêutica; quais são as questões (queixas) a serem tratadas, em um primeiro momento; qual a direção do tratamento; qual a demanda – desejo inconsciente – do paciente.
Ocorre em um primeiro momento da Psicoterapia e, assim, situa inicialmente a configuração do setting terapêutico.
Estabelece: os honorários, o tempo de duração, o método de trabalho, a combinação sobre as sessões em que haja ausência, o horário de atendimento, a freqüência das sessões.
O contrato deve ser sempre firmado diretamente com o cliente e este deve estar de acordo.
No caso da Psicoterapia Infantil, ou com pacientes que necessitem de um responsável, o contrato deverá ser firmado tanto com o cliente quanto com pais ou responsáveis, sempre deixando claro quem é o cliente e prestando as orientações necessárias.

Ψ A relação entre psicoterapeuta e cliente.
É considerada por muitos autores da Psicanálise e de outras correntes teóricas (que também intervém através das relações interpessoais) como o motor da Psicoterapia.
Foi nomeada por Freud como Relação Transferencial e pressupõe que um indivíduo ao se deparar com outra pessoa transfere (de modo inconsciente), todos os seus modos cristalizados de agir, ou seja, o indivíduo age utilizando os modos de agir que aprendeu ao longo da sua vida, de modo defensivo. Desta forma, a Transferência é considerada como a maior Resistência à Psicoterapia e, ao mesmo tempo, o seu motor. Resistência ao novo, que seria o objetivo da análise: promover novas formas de agir, deslocando formas estereotipadas de ser e agir no mundo.

Ψ Direção do Tratamento.
Em termos de Psicoterapia um dos assuntos mais delicados refere-se à alta, ou ao fim da análise, pois este estaria baseado na concepção conceitual de cura utilizada pelo psicoterapeuta.
As Psicoterapias Breves ou Focais funcionam de modo diferente de uma Análise ou Psicoterapia de Longa Duração.
A Direção do Tratamento consiste em Promover a AUTONOMIA do sujeito.

Ψ O papel do Psicoterapeuta.
Promover ao sujeito novas possibilidades de se perceber, de questionar comportamentos baseados em modelos estereotipados e aprendidos que não condizem mais com as suas vivencias.
Proporcionar ao seu cliente a habilidade em perceber e diferenciar as situações e agir com certa plasticidade perante si, os outros e as suas experiências no mundo.

Foto: Espaço Office Psyché

Resenha do texto:KEHL, Maria Rita. Em defesa da família tentacular. In: GROENINGA, G. C. & PEREIRA, R. C. Direito de Fam...
05/10/2014

Resenha do texto:
KEHL, Maria Rita. Em defesa da família tentacular. In: GROENINGA, G. C. & PEREIRA, R. C. Direito de Família e Psicanálise: rumo a uma nova epistemologia. Rio de Janeiro: Imago, 2003.

Por:
Débora Cristina Rocha da Costa
Psicóloga – CRP 07/13640

O presente texto de Maria Rita Kehl traz uma reflexão a respeito da idealização de um modelo de família, que se percebe através da escuta clínica. A autora refere, inicialmente, que uma das queixas muito freqüente no consultório está relacionada ao lamento por não se ter uma família dita “normal”, ou ainda, neste sentido, por não se ter uma verdadeira família.
A verdade é que no contexto contemporâneo a família que se forma está orientada em uma lógica diferenciada daquela dos padrões éticos e estéticos vivenciados pela sociedade burguesa do início do século XIX a meados do século XX no Ocidente, e apresenta, portanto, uma outra configuração.
O que se percebe é que prevalece um discurso institucional aberto estimulado e veiculado por entidades consagradas socialmente como a imprensa, a escola, e os profissionais da área da educação, e até mesmo da área psi, que condiciona os atuais problemas sociais à “desestruturação” da família.
Mas de que família se fala quando se fala em família normal, estruturada, verdadeira, tradicional? Pai, mãe e filho (s)? Casamento monogâmico e documentado? Hierarquia e patriarcalismo? Não seria este modelo justamente o que permitiu a Freud, em sua época, realizar uma leitura da neurose? A que custo (psíquico, sexual, emocional) este modelo se sustentou na modernidade? Não seria este modelo um ideal de amparo do pai? Mas de quê amparo se fala, então? De um amparo à continência do desejo, já que este modelo traz também uma certa impossibilidade de escolha?
Neste último século, não se pode negar o deslocamento do lado das mulheres – inserção no mercado de trabalho, descoberta e o uso do anticoncepcional – e as conseqüências das múltiplas possibilidades de escolha que isto traz. Deste modo, um modelo em que o pátrio poder rege e centraliza a ordem das coisas não faz mais sentido, embora ainda seja idealizado. Porém, ainda assim, se paga um preço por esta liberdade de escolha: a desinstitucionalização da família como laços sólidos e duradouros e a dívida por não estabelecermos os laços da mesma forma que as gerações passadas estabeleceram.
O que rege as relações nos tempos atuais são as leis dos afetos e impulsos se***is, padrões não tão confiáveis e duradouros. Bem-estar, prazer, satisfação imediata são as leis de mercado que perpassam o dia-a-dia do sujeito contemporâneo.
Maria Rita Kehl denomina FAMÍLIA TENTACULAR a um novo tipo de família, que não é mais extensa, como a pré-moderna e que aos poucos vai perdendo a característica nuclear da família patriarcal e burguesa. Família que tem como característica a inversão da dominação masculina e que exige uma nova conceitualização, pois são ditas como co-parentais, recompostas, biparentais, homoparentais, etc.
Família tentacular: irmãos não co-sangüíneos convivem com padrastos, madrastas das novas uniões de seus pais e estabelecem vínculos profundos com pessoas que não fazem parte do “(...) núcleo original de suas vidas” (KEHL, 2003: 169). São árvores genealógicas hiper-ramificadas. A base erótica e, portanto, instável, de sustentação dos casais já não mais é escondida. Os filhos não são mais o objetivo único da união conjugal e quando o casal rompe os laços, eles se tornam a prova viva das apostas no amor que um dia os pais idealizaram. Surge, então, a função fraterna, na qual os irmãos parecem ser os laços mais duradouros, os vínculos mais confiáveis em relação ao que se poderia esperar dos adultos. Função esta complementar a função paterna na constituição do sujeito.
A família e a crise ética contemporânea: Seriam os novos arranjos familiares os responsáveis pela crise ética que ocorre na sociedade contemporânea? Percebe-se que há uma contradição, quando justamente, os grupos responsáveis pela contestação à família dos anos 60, hoje são justamente aqueles que reivindicam um retorno a esta família nuclear: pares homosse***is, por exemplo, lutam pela institucionalização de sua união, pela adoção de filhos. Para Maria Rita, a família nuclear, hoje, está sendo mais valorizada do que nunca, pois traz para os sujeitos a possibilidade de abrigo ao desamparo que assola os sujeitos contemporâneos.
Como proposta de solução para a questão anteriormente exposta, Maria Rita coloca que, independentemente do arranjo familiar (pai, mãe, madrasta, padrasto, dois pais, duas, mães, etc.), o sujeito irá se subjetivar edipicamente, desde que alguém se encarregue da função paterna e dos cuidados inerentes a função materna. De modo geral, são estas as condições que configuram as possibilidades de uma criação baseada na lei do incesto, e que permite ao sujeito se tornar parte da comunidade humana, um ser de linguagem, de desejo e barrado.
Neste sentido, do privado para o público, a assunção do papel de pai ou mãe, não depende de quem o exerce (se são pais separados, mães solteiras, pais homosse***is, madrastas ou padrastos), mas, sim, de que a pessoa que o exerce esteja implicada e responsabilizada em sua função. Para tanto, o fundamento se baseia no desejo de maternidade ou no desejo de paternidade. O abandono que as crianças sofrem é, acima de tudo, um abandono moral, decorrente de um adulto ou mesmo adolescente, que não banca sua diferença de geração diante delas.

Fotos: Família Terapêutica - Espaço de Atendimento Psicológico Infantil.

04/10/2014

Endereço

Santa Maria, RS
97050-420

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