
24/10/2021
Curar feridas, cuidar das cicatrizes. Esse é um dos trabalhos mais difíceis e ao mesmo tempo mais compensadores do trabalho que escolhi exercer.
Quando vi essas ilustrações, lembrei de uma das coisas que costumo falar para tais pacientes, que as feridas da alma precisam ser limpas primeiro, iguais as feridas da pele, e esse processo é muito doloroso.
Requer persistência, coragem e confiança em quem está ali naquele processo contigo.
A cicatriz não some, ela faz e fará parte da sua história, mas cicatrizada ela deixa de doer, sangrar e de te lembrar toda hora sobre o fato que a trouxe ali.
Após a cicatrização vem a etapa de resignificação, onde o olhar para o passado passa a ter um diferente aspecto e o olhar para o futuro é ampliado, valorizado e desejado.
Aplacar dores é um processo, não um passe de mágica.
Um abraço,
Priscilla Brandeker