
11/02/2025
O equilíbrio entre maternidade e autocuidado é um desafio constante, especialmente no período pós-parto. Como psicóloga e mãe, tenho refletido muito sobre como, na tentativa de atender às necessidades de um bebê tão dependente, muitas vezes deixamos de ouvir as nossas próprias. A maternidade nos ensina a sermos profundamente empáticas, mas essa empatia também precisa ser direcionada a nós mesmas.
No campo profissional, observo como a culpa pode ser uma presença constante nas falas de muitas mulheres. Parece que estamos sempre “em dívida”: quando cuidamos de nós, sentimos que estamos deixando algo do bebê de lado; quando nos dedicamos ao bebê, nos sentimos negligenciadas. É importante reconhecer que o autocuidado não é egoísmo, mas sim uma forma de garantir a nossa presença saudável, física e emocional, para aqueles que amamos.
Pessoalmente, aprendi que pequenos gestos podem ser grandes aliados. Um banho tranquilo, uma caminhada com a Laila, uma música que toca fundo na alma, ou até alguns minutos de silêncio são momentos que me ajudam a recarregar e voltar a mim mesma.
Por fim, acredito que o equilíbrio não é algo fixo, mas um movimento dinâmico, onde ouvimos o que cada momento da maternidade e da vida nos pede. E, acima de tudo, é sobre sermos gentis conosco, acolhendo nossas imperfeições e limites.
Como você tem cuidado de si mesma ultimamente?