01/06/2025
Segundo a neurociência do desenvolvimento, as tarefas escolares feitas em casa devem ser entregues da forma como a criança as realizou, com seus acertos e erros.
Esses erros fazem parte natural do processo de aprendizagem e são essenciais para que o professor compreenda quais habilidades já foram consolidadas e quais ainda precisam de atenção.
Quando pais ou cuidadores corrigem ou refazem as tarefas antes de enviá-las para a escola, acabam camuflando dificuldades importantes — e isso impede que o professor intervenha de maneira eficaz e no tempo certo.
O papel da família é fundamental, mas precisa ser bem compreendido.
Pais e cuidadores devem oferecer suporte: garantir um ambiente tranquilo, ajudar na organização do tempo, incentivar a autonomia e, quando necessário, fazer perguntas que estimulem o raciocínio da criança.
O que não devem fazer é assumir a tarefa como se fosse deles, entregando um produto final perfeito que não reflete o processo real da criança.
A tarefa precisa mostrar como ela está pensando, mesmo com erros — e esses erros, quando bem interpretados, são oportunidades valiosas de ensino.
A neurociência mostra que o cérebro infantil se desenvolve por meio de desafios, esforço cognitivo e experiências significativas.
Quando a criança tenta resolver sozinha, comete erros e recebe um bom feedback, as conexões neurais se fortalecem.
Além disso, esse processo favorece o desenvolvimento de funções executivas importantes, como atenção, planejamento, controle inibitório, memória de trabalho e autorregulação emocional.
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