Livia Cecchetto Psicóloga

Livia Cecchetto Psicóloga Psicóloga CRP 06/90856/Psicanálise
Atendimento Online / Presencial
Supervisora clínica
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Não assumir a culpa é, muitas vezes, uma estratégia psíquica para evitar o confronto com a própria castração. Freud já n...
26/06/2025

Não assumir a culpa é, muitas vezes, uma estratégia psíquica para evitar o confronto com a própria castração. Freud já nos alertava, o ego não é senhor em sua própria casa. Reconhecer a própria responsabilidade é tocar na falta, no limite, no fracasso do ideal narcísico. Ao culpar o outro, o sujeito se defende de um eu que não suporta se ver falho. Projeta no mundo o que recusa em si, o erro, a perda, a insuficiência. É uma recusa do real e um pacto com o imaginário, onde o outro é sempre o carrasco e ele, eternamente vítima.

Mas o preço é alto. Porque ao se proteger da culpa, se protege também do desejo, esse que só floresce quando o sujeito se reconhece implicado. A análise, nesse sentido, não ensina a acusar o outro, mas a habitar a própria falta. Não para afundar nela, mas para nela inscrever um estilo. Um desejo que se sustente apesar, e por causa, da queda do ideal.
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A infância não f**a para trás quando crescemos. Pelo contrário: ela se torna o alicerce invisível sobre o qual caminhamo...
27/05/2025

A infância não f**a para trás quando crescemos. Pelo contrário: ela se torna o alicerce invisível sobre o qual caminhamos ao longo da vida.
É da infância que vem a forma como amamos, confiamos, sentimos medo, nos protegemos — ou nos sabotamos.
É nesse “chão” que estão as primeiras feridas, mas também as primeiras descobertas de beleza, de encantamento, de pertencimento.

Por isso, olhar para a infância com carinho, com verdade, com consciência… é uma forma de cuidar da nossa base emocional.
É honrar a criança que fomos e libertar a pessoa que ainda podemos ser.

A alegria do psicólogo é ver os livros arrumados 🤩
26/05/2025

A alegria do psicólogo é ver os livros arrumados 🤩

Não escute a criançaO bebê reborn é mais que uma excentricidade: é um sintoma cultural. Um corpo hiper-realista, sem vid...
21/05/2025

Não escute a criança

O bebê reborn é mais que uma excentricidade: é um sintoma cultural. Um corpo hiper-realista, sem vida, sem palavra, sem falha. Um bebê ideal, que nunca chora, nunca demanda, nunca contraria. Um filho que não fala.

O que acontece quando adultos gastam uma grana para brincar de bonecas? Não se trata de ridicularizar, mas de compreender o sintoma oculto nessa demanda: o desejo de um filho ideal — silencioso, obediente, sem falta.

Esse fenômeno ressoa com outro processo silencioso: a medicalização crescente da infância. Também aqui se busca conter o excesso, apagar o sintoma, normatizar o que escapa. A criança medicalizada é um desejo sem escuta — transformada em paciente, ajustada ao ideal de uma infância funcional e silenciosa.

Ambos — o bebê reborn e a criança medicada — expressam a recusa do sujeito infantil. Tentativas de apagar a linguagem, a falta, o real que a constituem. Busca-se uma infância pacif**ada, sem perguntas incômodas nem marcas de sofrimento. Uma infância que não fale — ou que fale apenas o que os adultos querem ouvir.

Não se trata, aqui, de negar que em alguns casos muito específicos uma medicação possa operar como apoio à emergência da fala. Mas isso está a anos-luz do fenômeno atual: no Brasil, a prescrição de metilfenidato quadruplicou entre 2010 e 2020. Nos EUA, 1 em cada 5 meninos entre 6 e 17 anos toma psicofármacos regularmente.

A psicanálise aposta na escuta: a criança fala, mesmo quando não tem palavras. Escutá-la é sustentar sua diferença — no choro, no silêncio ou no sintoma.

Em setembro de 2025, a FAPOL realizará o XII Encontro Americano de Psicanálise da Orientação Lacaniana, com uma pergunta urgente: Falar com a criança. O que isso implica?

O que cura é presença efetiva, é cuidado e acolhimento.
20/05/2025

O que cura é presença efetiva, é cuidado e acolhimento.

Acreditamos demais em nossa importância. Achamos que a vida dos outros depende de nós. Que sem a nossa presença as coisa...
23/04/2025

Acreditamos demais em nossa importância. Achamos que a vida dos outros depende de nós. Que sem a nossa presença as coisas não acontecem. Se dermos bobeira, tudo pode desabar. Se estamos em um lugar público e sem querer sujamos a roupa, que vergonha! Certamente todos irão ver e perceber o quão patético somos. Estão todos interessados no que comemos, onde vamos e principalmente, como falhamos!
No entanto, sem que você se dê conta, a vida acontece à sua revelia. Talvez você não seja tão importante assim. Aquele trabalho que só você podia fazer está sendo melhor executado por outra pessoa. Nas férias, você é substituído. Ninguém precisa de você para sobreviver e até seu filho sabe resolver os próprios problemas. E pasme: a infelicidade do seus pais não é culpa sua. Você se sente assim porque tomou para si o grandioso papel (e impossível) de realizar os sonhos ou tampar as faltas deles.
Você não é tudo isso. Nunca será. E é libertador abrir mão dessa ilusão. Na maioria das vezes as pessoas agem como se a sua miséria ou banalidade fossem dignas de atenção ( ou de aplausos) do mundo. Com base nessa premissa, os sujeitos contam a própria história de maneira empobrecida, com o objetivo de justif**ar o que são ou o que conseguiram ser - ou ainda, o que julgam o que deveriam ter sido.
É esperado que depois de um trabalho de análise a narrativa da vida fique mais interessante e curiosamente, você se torne menos importante. Depois de caminhar pelos tortuosos caminhos da sua neurose, as circunstâncias miseráveis de sua vida deixam de ter qualquer relevância para a humanidade. Você assimila as contingências do seu nascimento e as decisões parentais que te concerniam, das quais antes discordava, rejeitava ou queixava-se. Abre mão de achar culpados por você não ser a personagem prescrita do "romance familiar". Você assume esse romance (também chamado Fantasia). Sabe-se ridículo por isso e sabe quão insignif**ante são os monstros que você cria.
Deixa de gastar energia para buscar a razão para a falha inexplicável na ordem das coisas. Descobre que suas falhas, o resto e suas desimportâncias talvez de melhor.

Existem crianças que, desde muito cedo, compreendem que para serem amadas, precisam facilitar a vida dos adultos. Não po...
26/03/2025

Existem crianças que, desde muito cedo, compreendem que para serem amadas, precisam facilitar a vida dos adultos. Não por escolha, mas por uma adaptação silenciosa às condições emocionais de um ambiente onde os pais, fragilizados ou indisponíveis, não conseguem ocupar plenamente seu lugar protetor. Essas crianças se tornam sensíveis demais, perceptivas além da conta, cuidadoras do clima afetivo da casa. Intuem os humores, evitam conflitos, apagam suas próprias necessidades em nome de uma paz que muitas vezes nunca chega.

Ferenczi foi um dos primeiros a lançar luz sobre esse tipo de dinâmica, chamando-a de “confusão de línguas”. O adulto, tomado por sua dor e carência, passa a se comunicar com a criança através da linguagem do sofrimento e da demanda. E a criança, com a pureza de quem só sabe amar, responde com a linguagem do afeto, da doação, da tentativa desesperada de manter o vínculo. Mas esse amor infantil, quando colocado a serviço da sustentação emocional do adulto, torna-se um fardo precoce. Ela não cuida porque quer — cuida porque precisa.

É assim que algumas infâncias são tomadas por uma maturidade disfarçada de responsabilidade, por uma lucidez que não deveria caber em corpos tão pequenos. A criança vira conselheira, mediadora, presença confiável. Muitas vezes elogiada por ser “independente”, “compreensiva” ou “forte demais para a idade”, ela vai, pouco a pouco, internalizando a ideia de que sentir, errar, chorar ou precisar são fraquezas que não pode se permitir. O custo? Uma desconexão profunda com suas próprias emoções, e uma solidão que nenhuma palavra consegue nomear.

O que essas crianças queriam, no fundo, era só ser crianças. Mas a realidade as convocou a crescer, e elas atenderam. Tornaram-se adultas antes do tempo, não como conquista, mas como defesa.

Porque, às vezes, amadurecer cedo demais é o preço cobrado pelo amor que se oferece em meio ao caos.

Um sujeito maduro não se mede pelo quanto é aceito, mas pelo quanto sustenta a própria verdade, sua autenticidade, sem p...
21/03/2025

Um sujeito maduro não se mede pelo quanto é aceito, mas pelo quanto sustenta a própria verdade, sua autenticidade, sem precisar se diluir para ser amado.
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Foram anos escutando dos livros, filmes, vizinhos e sociedade que uma boa mulher conserta o homem.Basta fazer tudo certo...
07/03/2025

Foram anos escutando dos livros, filmes, vizinhos e sociedade que uma boa mulher conserta o homem.
Basta fazer tudo certo, despertar o amor de verdade, tudo se ajeita.

Então, aprendemos que é necessário ter paciência, falar o que querem ouvir, chegar de mansinho, ser sábia, logo ele te escolherá pra ser a mulher da vida dele. A companheira, a preferida. O amor conserta tudo, afinal.

Ser escolhida vira prioridade. Meta de vida. Escolher, não…. Quem escolhe demais f**a sozinha e Deus nos livre f**armos sozinhas…

O que você quer? O que deseja de verdade?
Quantas vezes fala o que realmente deseja falar?
Quantas vezes teve medo de perguntar o que está rolando e afugentar quem está contigo?
Quantas vezes teve medo de dizer não e parecer difícil, dizer sim e parecer fácil, saber demais e parecer arrogante, não saber o necessário e parecer despreparada e burra?

Quantas vezes teve medo de mostrar quem é e ser desprezada?

Dois aprendizados são essenciais nos relacionamentos amorosos:

1 - O potencial de uma relação não é o suficiente para que você se mantenha nela. Pare de acreditar que quando casar, quando o filho nascer, quando a formatura chegar, quando a aposentadoria chegar, quando as crianças crescerem, quando (preencha a lacuna) acontecer as coisas vão ser incríveis e você viverá em um conto de fadas. Se na planta as coisas já estão complicadas, a tendência não é melhorar. (Sim, você conhece alguma história linda de milagre, mas ela é a exceção, ok?)

2 - Sustente o seu desejo. Reconhecer o que é importante pra você é essencial, e saber os seus limites também. Sustentar o limite, a mudança, a escolha, é um desafio enorme, sobretudo pra as mulheres. Não seremos escolhidas se causarmos incômodos, se dissermos não, se simplesmente assumirmos os nossos limites e cuidarmos deles. Boas meninas não causam problemas. E ser boa menina não pode ser sua meta de vida.

Março chegou e vamos aproveitar o foco na mulher pra conversar sobre a vida que queremos construir?

Trechinho da série Invejosa, da

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Na verdade nem precisa de tudo isso, só o fato de termos que ser produtivos e performaticos o tempo todo já é uma bomba!
04/02/2025

Na verdade nem precisa de tudo isso, só o fato de termos que ser produtivos e performaticos o tempo todo já é uma bomba!

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