12/05/2024
Carta a todos os filhos que hoje sentem falta de suas mães
Pessoas queridas,
Chegou o segundo domingo do mês de Maio, para muitas pessoas, um momento para celebrar o Dia das Mães, mas para outras, é um dia para sentir saudades, um dia para relembrar o amor que hoje já não está mais fisicamente aqui.
Escrevo este texto pensando em minha mãe e em consonância com as milhares de pessoas que hoje pensam em suas figuras maternas e sentem em seus corpos a falta tanto bela quanto dilacerante.
Aqui, olho pela janela, o dia está nublado, é como se os céus, por um instante, me dessem a licença poética para escrever sobre a saudade.
A todos os filhos que hoje sentem falta de suas mães, gostaria de vos lembrar...
Nós sentimos falta do que vivemos, sentimos falta do que foi importante. A cada passo dado após a partida daquela que amamos e que muito nos amou, seu cuidado segue conosco. E o nosso autocuidado, onde se perdeu?
A mãe é aquela que, mesmo desejando o último pedaço de bolo, o serve a seu filho, pois o sorriso nos olhos do filho é o que aquece o coração da mãe. Mãe é aquela que está lá, sempre à espera de uma notícia dos filhos e é para quem muitos hoje gostariam de ligar... gostariam de abraçar.
Quando alguém se sente órfão, a solidão do mundo pode lhe visitar, já não se tem a mãe para proteger e nos aquecer em seu abraço.
E quem temos? Nós mesmos? Te convido agora a olhar ao redor; você, além de ter a si mesmo, pode encontrar ressonância em outras pessoas ou animais próximos a você. No entanto, o lugar de afeto dirigido à sua mãe dificilmente será transferido para alguém.
Então, permita que hoje a saudade se aproxime, ela pode ser dolorosa, mas traz consigo toda a beleza da memória da vida que vivemos e que hoje guardamos como um raro diamante que poucos podem ver. Tudo bem se hoje o dia ficar nublado dentro de você e tudo bem também se fizer sol.
O luto não é linear, ele invade cada pessoa de uma forma.
O luto nos lembra do amor!
Continua nos comentários…