
24/06/2025
Cientistas descobrem a ligação entre proteínas que espalha o Parkinson — e já existe um medicamento capaz de bloqueá-la.
Uma nova descoberta pode transformar o tratamento da doença de Parkinson — utilizando um medicamento que já possui aprovação da FDA.
Pesquisadores identificaram como duas proteínas presentes na superfície das células cerebrais, a Aplp1 e a Lag3, atuam juntas para facilitar a propagação das proteínas tóxicas de alfa-sinucleína, que estão no centro da progressão da doença.
Mais impressionante ainda: o medicamento contra o câncer nivolumabe/relatlimabe, que tem como alvo a proteína Lag3, demonstrou bloquear essa interação em te**es com camundongos, impedindo de forma eficaz a disseminação dos aglomerados de proteínas causadores da doença.
Essa descoberta abre um caminho promissor para o tratamento do Parkinson, uma doença progressiva e atualmente sem cura que afeta mais de 8,5 milhões de pessoas no mundo. Ao interromper a interação entre Aplp1 e Lag3, os pesquisadores conseguiram reduzir a transmissão da proteína nociva em até 90%. Os resultados sugerem que medicamentos imunoterápicos já existentes podem ser reaproveitados para retardar ou até interromper o avanço da doença, trazendo uma nova perspectiva de tratamento para o Parkinson e outras doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.