
27/09/2022
Vendo a popularização que o tema vem ganhando em diversas redes e meios de comunicação, durante todo esse mês senti certo incomodo e provocação para refletir cada vez mais e não pude deixar de pensar na importância de falar sobre o suicídio de forma consciente e respeitosa.
Apesar de ser um tema importantíssimo, não sinto que é abordado da melhor maneira por muitas pessoas e profissionais.
Infelizmente o tão querido Setembro Amarelo passou de ser um momento em que falamos de forma ética, consciente e empática sobre o suicídio para um mês de autopromoção, marketing e uma ilusória empatia.
Vejo em muitos lugares o Setembro Amarelo sendo resumido em: valorização da vida, mostrar que a pessoa não está sozinha e falar abertamente sobre o assunto.
Mas percebemos que buraco é bem mais fundo do que imaginamos quando atrelamos esse tema a outro tema importantíssimo e pouco abordado: políticas públicas.
Um dado que muitos não sabem ou, pior, ignoram é que as taxas de suicídio são mais altas em países de baixa e média renda. Ou seja, não são apenas transtornos mentais a maior causa. Afinal, como podemos falar sobre "valorização a vida" em um país que passa fome? Onde há milhares de pessoas sem abrigo, sem emprego... um país em que há tanta desigualdade, racismo, lgbtqia+ fobia, negligência com idosos, entre outros pontos que causam extremo sofrimento no indivíduo.
Para provocar uma reflexão ainda mais profunda, deixo no post um trecho de um artigo escrito pelo Thiago Bloss de Araújo, chamado "Setembro amarelo: prevenção ou mercantilização?":
A discussão deve ser muito mais extensa, por isso convido você que esta lendo esse post a continua-la em seu meio, com propósito de convidar e provocar cada vez mais pessoas a refletirem e abordarem o tema com a amplitude que merece.