18/10/2025
O guru Sri Prem Baba em um dos seus textos na coluna Flor do Dia desta semana falou sobre o medo.
Recordando:
“Ao perceber-se visitado pelo medo, lembre-se de ocupar o corpo. Volte para o momento presente e coloque-se total na ação. No momento presente não existe medo, pois o medo está relacionado a uma fantasia a respeito do futuro, que é construída a partir de experiências do passado. O medo é um excesso de controle. No aqui/agora não existe necessidade de controlar, você simplesmente se move de acordo com o fluxo - a existência te leva. Mas, para isso, é preciso confiar, e a confiança é uma fragrância da presença. ”
Promoveu-se que em vários momentos durante esta semana me peguei pensando sobre o medo.
O medo é inerente ao homem, sem ele já estaríamos extintos. Uma pessoa que não tem medo de nada, muitas vezes se torna inconsequente. Por outro lado, o excesso de medo limita as ações e adoece. Tudo requer equilíbrio.
E por quê o excesso de medo adoece?
Na medicina tradicional chinesa, no espiritismo e em outras tradições estuda-se que as enfermidades nascem primeiro no corpo energético.
A medicina tradicional chinesa trabalha com 5 elementos da natureza ou 5 reinos mutantes, relacionando cada um deles a uma emoção.
Nosso tema, o medo, está relacionado a energia do reino mutante da Água.
Nesse ponto temos algo interessante a observar, tanto o medo promove o desequilíbrio da água, quanto a energia de água em desequilíbrio promove o medo excessivo.
Se a patologia nasce primeiro no corpo sutil ou energético, quais podem ser as consequências da energia do elemento água em desequilíbrio?
Várias... aquele fio de cabelo branco, por exemplo, não é necessariamente só porque você está envelhecendo... risos... pode ser uma debilidade de água. O desequilíbrio de água também pode ser responsável por: dores lombares, dores articulares, cansaço, debilidade auditiva, debilidade dentária, queda de cabelo, transtornos de urina, vertigens, zumbidos, entre outros.
Além disso, os reinos mutantes se geram e se controlam entre si, o que significa que um elemento em desequilíbrio provoca o desequilibro de outro (s), possibilitando assim patologias diversas.
O trabalho dos terapeutas da tradição chinesa é manter esse equilíbrio entre os reinos mutantes, promovendo assim a manutenção da saúde, utilizando-se de ferramentas como: massagem, acupuntura, auriculoacupuntura, moxabustão, ventosaterapia, magnetoterapia, entre outras técnicas conhecidas como complementares ou alternativas.
Nós do Ocidente temos a cultura da cura da doença e não a da manutenção da saúde. O que torna o trabalho do terapeuta muito mais complexo e algumas vezes a reversão da doença instalada chega a ser impossível, mesmo após o reestabelecimento do equilíbrio energético.
Um exemplo disso é a síndrome do pânico. Uma pessoa acometida por tal síndrome que consegue ter acesso a um psiquiatra, um psicólogo e um terapeuta da tradição chinesa conjuntamente, terá seu quadro revertido muito mais fácil e rapidamente. Isso porque, o psiquiatra ministrará a medicação necessária, o psicólogo ajudará no processo do contato consigo mesmo e o terapeuta no equilíbrio energético. E se tal pessoa, mesmo após o total reestabelecimento físico, mantiver o trabalho de reequilíbrio energético pelo menos uma vez por mês, estará se prevenindo de uma recaída. O mesmo ocorre no caso de uma lombalgia, por exemplo.
Em suma, nosso corpo físico é reflexo do nosso corpo energético e esse é formado pelas nossas emoções, ou seja, somos responsáveis por nossas doenças, por mais que isso se faça difícil de entender. Nossas emoções nos são importantes, mesmo aquelas ditas “negativas”, como é o caso do medo que segura nosso ímpeto ou a ira que nos impele a ação.
O grande segredo do bem-estar é o equilíbrio.