24/05/2025
A dança entrou na minha vida (ou eu a redescobri...ainda não sei) em 2013, eu estava prestes a completar 50 anos, um pouco depois do meu encontro com a terapia, que eu busquei para sair de um processo depressivo.
Na terapia eu entendi que a maioria dos meus "problemas" estavam na forma como eu via o mundo, minhas crenças e padrões herdados da minha educação, das dificuldades enfrentadas na minha infância, da escassez e tantas outras situações me deturparam a visão e eu construi um castelo de vitimismo, onde classificava o outro como total responsável por toda minha angustia e sofrimento.
E quando, por fim, despertei para olhar para mim e assumir a responsabilidade sobre minha própria felicidade, ela me encontrou, e eu a ela, porque nada é por acaso.
Foi paixão a primeira vista (ou primeiro passo). Me pareceu um reencontro e eu me entreguei a ela de corpo e alma, mesmo com dificuldades e limitações.
Não sou o melhor bailarino, nem sou tão dedicado quanto gostaria, mas confesso que quando não posso encontra-la e me entregar a seus passos, me sinto incompleto, entristecido.
Ela ja povoava meus sonhos, mas eu achava que isso seria impossível, dentro daquela visão limitada do passado.
Hoje eu sei que o que vivenciei nesses 12 anos não é talento, é esforço, disciplina e orientação e isso eu encontrei no melhor lugar que poderia ser e com a melhor mentora que eu poderia encontrar.
E aqui eu quero homenagear essa pessoa que sempre acreditou em mim, mesmo quando eu achava que não daria conta. Obrigado pelo carinho, pela amizade, pela paciência e por ter me ajudado a enxergar o que eu não reconhecia em mim.
E pra você, que chegou ate o final deste texto eu digo: não desista de ir atrás dos seus sonhos, não importa que idade vive tenha. A vida é muito breve para nos determos nos limites que a opinião do outro nos impõe.