17/09/2019
Bom dia! ☀️
Começar outra vez ou começar de novo?
Vocês conseguem enxergar a diferença entre uma expressão e outra?
Parece redundância, mas é uma discussão muito interessante que os autores Pompéia e Sapienza trouxeram em sua obra “Na presença do sentido”.
Esse questionamento tem importância pois durante a nossa existência, nos deparamos com diversos momentos que pedem algum tipo de mudança, desde traçar objetivos profissionais e pessoais ou até mudar para sair de algo que não nos fazia bem.
Porém, mesmo na tentativa de mudar, podemos nos encontrar vivendo a mesma coisa, voltando para o mesmo conflito e tendo os mesmos problemas.
Também existem as situações ideais em que mudamos e conseguimos viver algo completamente novo.
Afinal, qual a diferença de um para o outro?
Na primeira situação, em que começamos “outra vez” não há novidade, é começar outra vez a mesma coisa.
Ou seja, podemos nos colocar em situações que aparentam ser novas, mas na teoria são as mesmas, ou até nos colocarmos em situações propriamente novas, mas não estarmos abertos a compreender essas coisas novas e não tirarmos nada novo daquilo, ou seja, uma mudança disfarçada como mesmice, pela metade.
Na segunda situação, é começar “de novo”, neste caso o entendimento da expressão é de uma novidade, nos colocando dispostos a mudar internamente, para uma compreensão nova do que é vivido por fora, o que nos da a permissão de fluir melhor nas experiências novas, mas também podendo nos fazer encontrar signif**ados novos em algo que já era antigo.
Então recapitulando, começar “de novo” traz a novidade, enquanto começar “outra vez” signif**a uma repetição.
Estar disposto a terapia é também estar disposto mudar, não apenas mudar o que se vê por fora, buscando novidades.
Mas principalmente mudar o olhar que se tem sobre as vivências, o que nos da uma liberdade maior para ver se estamos caminhando para o que há “de novo” ou para uma “outra vez”.
Vocês já se encontraram num looping em que parece que mesmo que mudem estão vivendo a mesma situação?