
15/12/2024
É interessante refletir sobre essa “trend” de se declarar constantemente triste ou de enaltecer a tristeza, porque ela pode nos levar a uma relação complexa com nossas emoções. Como psicóloga, é essencial lembrar que todas as emoções têm um propósito e precisam ser reconhecidas, tanto as agradáveis quanto as desagradáveis.
A tristeza, por exemplo, é uma emoção legítima e saudável em muitos contextos. Ela pode sinalizar uma necessidade de pausa, introspecção ou ajuste em nossas vidas. No entanto, quando começamos a romantizar a tristeza ou a utilizá-la como uma identidade, corremos o risco de perder o equilíbrio emocional. Isso pode nos desconectar de outras emoções importantes, como a alegria, a gratidão e o orgulho por nossas conquistas.
Por outro lado, há também a tendência oposta: a ideia de que “temos que estar sempre felizes”. Isso é igualmente problemático porque ignora a complexidade das nossas experiências humanas. Nenhum estado emocional é permanente, e a felicidade não é uma obrigação, mas sim um resultado natural de momentos vividos com autenticidade e equilíbrio.
Como trabalhar esse equilíbrio emocional?
1. Reconheça suas emoções: Se você está triste, permita-se sentir. Entenda o que está causando isso, sem julgar.
2. Aprecie suas conquistas: Mesmo em dias difíceis, tente encontrar algo positivo no seu dia. Pequenas vitórias são importantes.
3. Evite se definir por uma emoção: Nem a tristeza, nem a felicidade são quem você é; elas são estados temporários que vêm e vão.
4. Busque ajuda se necessário: Se a tristeza for constante ou estiver dificultando sua vida, procure apoio profissional.
Reconhecer as emoções, sem reprimi-las ou se apegar a elas, é um ato de amor-próprio e autocuidado. Mais importante, é também a base para uma vida emocional mais equilibrada e satisfatória.