
14/05/2025
Nessa função que ocupo de psicóloga, me deparo com questões comuns no atendimento a mulheres que trabalham como profissionais de saúde autônomas: e que atravessam tambem minha vida profissional e pessoal.
Fato: 90% das mulheres (eu arriscaria) não gostam e nao querem estar nesse lugar de exposicão das redes sociais para promover seu trabalho.
Um mix de "preciso aparecer e divulgar meu trabalho" com "não quero me expor, expor minha vida nem minha familia".
Sim, o marketing é fundamental para ampliar e alcançar pacientes/clientes no mundo digital. Mas que que tipo de propaganda faz sentido pra você sem se sentir desconfortável? Produzir conteúdo referente a sua prática? Postar foto pós treino? Ou seu café da manhã?
No meu fazer enquanto psicóloga, esse lugar nao foi difícil de encontrar. E tenho plena consciência de que, por causa dessa escolha, o algoritmo me coloca lá pra baixo. É o preço que pago. Mas sei também, com alívio, que esse também é um diferencial na minha prática.
Não apenas não quero expor minha vida pessoal aqui para desconhecidos, como também acho que essa exposição atrapalha o processo analítico dos pacientes. Estes seriam levados a se interessar pela minha vida, ao invés do processo terapêutico de cada um.
Nesse perfil eu represento uma persona profissional e não pretendo ser mais que isso, em benefício meu e dos meus pacientes. Essa é a minha opinião.
A partir dessa reflexão, te convido a pensar sobre: quais as fronteiras do seu trabalho e da sua vida pessoal? O que você quer mostrar, e o que você não quer? Quais os impactos que essa exposição tem para você e/ou sua família?