21/02/2021
Falando em depressão ...
A prevalência de depressão com índices acima de 35% entre idosos hospitalizados, ou internos em instituições representam um problema de grande repercussão sobre mortalidade e evolução hospitalar. São índices que já eram relevantes e, com a presença da pandemia contribuiu ainda mais, para o isolamento das pessoas e principalmente dos idosos, agravando esta condição de isolamento, com predisposição a sentimentos depressivos.
Ouvimos por diversas vezes que não basta que as pessoas digam você tem que reagir e que; este movimento parece impossível. Daí a necessidade de associarmos a medicação para facilitar a alteração fisiológica equilibrando e estabilizando a produção de hormônios, justificando assim o acompanhamento de um psiquiatra. Mas, só a medicação realmente não é suficiente, pois o enfrentamento deve partir do paciente e caso isto não ocorra é aconselhável também um acompanhamento psicológico, especialmente numa abordagem cognitiva comportamental. Mas, mudar uma rotina não é fácil. Hábitos já instalados, como acordar tarde, não sair da cama, às vezes o ambiente não propicia um clima para este movimento. (Abrir os olhos, olhar o entorno, sair do lugar, tomar um sol, caminhar meia quadra ou até a portaria, ou até mesmo apenas na garagem do prédio, organizar uma gaveta, regar uma planta, assistir uma comédia ou apenas afastar as cortinas e abrir as janelas). Isto representa pequenos movimentos em direção a interação com o mundo externo e sair do emaranhamento de pensamentos incapacitantes.
Quando vi este vídeo de um zoo na Alemanha que identificou a depressão nos animais, afetados pela depressão por ocasião da pandemia, pela consequência da ausência dos visitantes. Estes tendiam a ficar restritos nas suas tocas.
É incrível observarmos a reação e respostas dos mesmos, reagindo a mudança em ouvir a música, realizada pela apresentação de um músico convidado a tocar piano neste ambiente. (www.youtube.com/watch?v=0P5vbyxHjOQ – Covid-19 inspira concerto de piano animal).
F**a aí a dica. Mude sua rotina e o seu entorno, ouça música, ainda que seja para reagir com raiva. Não gosto deste ritmo, deste artista, deste gênero. Mas interaja, saia da rotina, saia do lugar, olhe a luz, sinta o sol e saia da sombra.
O que músicos e animais em um zoológico têm em comum? Ambos estão sem público na pandemia. Um pianista aproveitou a oportunidade para tocar para os habitante...