04/04/2025
A solidão e o isolamento social são reconhecidos globalmente como problemas de saúde pública, com impactos comparáveis aos de fumar 15 ci****os por dia, segundo o Dr. Vivek Murthy, ex-cirurgião-geral dos EUA. Estudos recentes associam a solidão crônica a transtornos depressivos, demência e aumento da mortalidade precoce. Em 2024, os Centers for Disease Control and Prevention (CDC) relataram que um em cada três adultos nos EUA se sente solitário, enquanto uma pesquisa Meta-Gallup abrangendo 140 países constatou que mais de 1 bilhão de pessoas vivenciam isolamento social significativo.
As causas da solidão são multifatoriais, incluindo a substituição de interações presenciais por conexões digitais e o enfraquecimento das estruturas comunitárias tradicionais. Para enfrentar essa questão, diversos países implementaram estratégias específicas:
• Estados Unidos: Em 2023, o US Surgeon General’s Advisory desenvolveu uma estrutura de seis partes para abordar a solidão.
• Suécia: Promove iniciativas de moradia compartilhada para incentivar a conexão social.
• Noruega: Combate o isolamento de idosos por meio de clubes comunitários. 
• Reino Unido: Nomeou um Ministro da Solidão para liderar uma resposta nacional coordenada.
Especialistas observam que a diminuição das conexões sociais afeta todas as faixas etárias. O Dr. Paul Appelbaum, psiquiatra e professor da Columbia University, destaca que as pessoas têm menos amigos, menos tempo para interagir e participam menos de atividades sociais. A Dra. Ellen E. Lee, professora associada da University of California, observa que indivíduos solitários tendem a se afastar ainda mais das interações sociais, criando um ciclo vicioso de isolamento.
A solidão e o isolamento social são experiências distintas, mas inter-relacionadas: a solidão é o sentimento subjetivo de estar sozinho, enquanto o isolamento social é a falta objetiva de conexões sociais. A Dra. Julianne Holt-Lunstad, professora de psicologia e neurociência na Brigham Young University, enfatiza que a solidão é uma forma de falta de conexão.
Estudos publicados no JAMA indicam que, entre adultos estadunidenses de 50 a 80 anos, 34% relataram falta de companhia em 2018; esse número aumentou para 41% em 2020 e variou nos anos seguintes. Esses dados ressaltam a urgência de intervenções eficazes para mitigar os efeitos da solidão na saúde pública.
Com mais de um bilhão de pessoas afetadas, a solidão crônica se tornou um grave problema de saúde pública. Veja como a prescrição social e diversas outras iniciativas em todo o mundo buscam superar o desafio de reconectar as pessoas.