10/09/2025
O tempo passou, quase não me percebi, pelo menos não como tenho me percebido agora.
Gostaria de dizer que estou radiante, mas a verdade não é essa, tem dias que tudo que eu gostaria era me ausentar de mim mesma, da um tempo mesmo sabe!? Um tempo de mim, e depois voltar… mas já que isso não é possível então sigo presente, sentindo, sentindo e muito.
Não me recordo se na gestação da Sol passei por essa tempestade emocional, talvez eu fosse ainda, pouco consciente para me permitir viver intensidades como essa sem tentar fugir (fugas, falo mais sobre isso no meu livro).
O fato é que tem ficado difícil, meu corpo está pesado, minha autoestima oscila entre “tudo bem eu estou grávida, socorro Deus o que eu fui fazer”, e para além de toda essa mudança exterior, acho que está caindo a ficha de que vou precisar pausar, pausar o trabalho, o treino, os objetivos, pausar tudo pra viver agora uma dupla maternidade.
Na minha humanidade tô sentindo medo, tô preocupada, apegada a minha vida que está prestes a mudar completamente mais uma vez.
A verdade é que a gente nunca está preparada pra isso, por mais lindo que pareça, a gestação é uma ruptura irreversível em nós.
Não quero parecer pessimista e amarga, sei que é uma benção, que a mudança e a ruptura me tornarão alguém melhor, que apesar de desafiador é uma dádiva poder gerar e ser mãe. Mas no meio disso existe um processo e nesse processo existem esses dias nublados, repletos de vulnerabilidade e humanidade.
E por que não falar deles também?
Afinal, de vidas perfeitas e gente feliz isso aqui tá cheio, vamos diversificar um pouco né? rs
Sigo firme daqui, me fortalecendo na mensagem de Paulo em 2 Coríntios 12:10:
“Quando sou fraco então sou forte”
Desabafo da Psi, é permitido sentir 🤍