27/06/2025
A influenciadora e modelo Andressa Urach desabafou, três dias após realizar uma cirurgia estética na França para mudar a cor dos olhos de castanhos para verdes, que está sentindo dor intensa, lacrimejamento excessivo e dificuldade para enxergar. Ela também relatou estar com uma forte gripe e manifestou medo de ficar cega, afirmando se arrepender de ter feito o procedimento.
O procedimento, chamado ceratopigmentação, consiste na injeção de pigmentos na córnea, associada ao uso de laser para criar uma íris artificial.
No Brasil, a técnica é proibida para fins estéticos e só é aceita em casos específicos, como pacientes com cicatrizes, leucomas ou danos congênitos nas córneas.
Especialistas, incluindo oftalmologistas e órgãos como o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), alertam que o procedimento traz riscos graves, tais como:
👉 Perfurações na córnea e infecções intraoculares, aumentando o risco de cegueira;
👉 Elevação da pressão intraocular, com possibilidade de desenvolver glaucoma;
👉 Inflamações crônicas, catarata, dificuldade em realizar mapeamento da retina e cirurgias futuras, incluindo transplante de córnea;
👉 Alterações estéticas indesejadas, como irregularidade da cor, fotofobia (sensibilidade à luz), lacrimejamento constante e restrição do campo visual.
Além disso, por ser um procedimento irreversível, uma vez realizado, não há garantias de correção médica, mesmo que ocorra alguma complicação grave ou cegueira.
O relato de Andressa Urach reacende o alerta: apesar da atração por mudanças estéticas, a ceratopigmentação apresenta altíssima complexidade e risco, sendo desaconselhada por profissionais de saúde. Quem busca a alteração da cor dos olhos deve considerar alternativas não invasivas e seguras, como lentes de contato, em vez de expor-se a danos oculares sérios.