18/10/2025
🤰🏽Hoje é o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, que acontece no terceiro sábado de outubro de cada ano.
A sífilis - infecção causada pela bactéria Treponema pallidum - permanece como uma importante causa de morbimortalidade perinatal evitável. A transmissão vertical — da gestante para o bebê durante a gestação ou no parto — pode resultar em abortamento, natimortalidade, parto prematuro e manifestações clínicas graves no recém-nascido, configurando a sífilis congênita.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado da gestante e do parceiro são fundamentais para interromper a cadeia de transmissão. O Ministério da Saúde recomenda a realização de te**es rápidos ou VDRL na primeira consulta de pré-natal, no início do terceiro trimestre e no momento do parto. Diante de resultado reagente, o tratamento com penicilina benzatina deve ser instituído imediatamente, garantindo também o manejo do parceiro sexual.
Recém-nascidos expostos podem ser assintomáticos ao nascimento, mas desenvolver sinais clínicos nas primeiras semanas de vida, como lesões cutâneas, hepatoesplenomegalia, anemia e alterações ósseas. O tratamento neonatal segue todos os protocolos, com uso de penicilina cristalina ou procaína e acompanhamento sorológico até a negativação dos títulos.
A eliminação da sífilis congênita é uma meta de saúde pública e requer o envolvimento integrado das equipes de obstetrícia, neonatologia, enfermagem e atenção básica. O fortalecimento do pré-natal, o rastreamento oportuno e a comunicação efetiva entre os serviços são essenciais para garantir segurança materna, nascimento saudável e um início de vida protegido.