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Dor Cervical: Sintomas e a Abordagem FisioterapêuticaEscrito por  Hermon BranquinhoHermon Branquinho 16 de maio de 2017,...
26/07/2018

Dor Cervical: Sintomas e a Abordagem Fisioterapêutica
Escrito por Hermon BranquinhoHermon Branquinho 16 de maio de 2017, 10:00 am 0

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Dentre as mais diversas afecções que incidem sobre a coluna vertebral, a dor cervical se destaca como aquela de maior prevalência entre todos esses distúrbios.

Hogg-Johnson et al. (2009) destacam que devido ao aumento progressivo dos transtornos cervicais é possível estimar que em torno de 50% dos indivíduos adultos experimentarão a dor cervical em algum momento da vida, a qual pode se manifestar de maneira recidiva em 75% destes casos.

Entender a dor cervical, sua frequência e procurar meios para seu tratamento é de extrema importância para o fisioterapeuta, uma vez que a disfunção cervical está entre os mais onerosos problemas musculoesqueléticos e com enorme impacto sobre a qualidade de vida dos pacientes, levando assim a uma grande procura pelos serviços de reabilitação.

Etiologia da dor cervical
Vértebra Cervical

A complexidade no estudo da dor cervical se inicia logo ao tentar compreender suas principais causas. É possível afirmar que, apesar não estar relacionada a nenhuma doença sistêmica. A dor cervical é um transtorno que carrega consigo causas multifatoriais em sua gênese.

Dumas et al (2001) afirmaram em seu estudo que a fraqueza dos músculos flexores e extensores cervicais e o desequilíbrio entre o torque de ação de ambos os grupos musculares, se mostram como uma recorrente causa de cervicalgia em adultos jovens.

Outro estudo realizado seis anos mais tarde, conseguiu associar além da fraqueza dos músculos já supracitados, uma hiperatividade com consequente aumento na fatigabilidade dos músculos flexores do pescoço (Falla et al., 2007).

Souza, Gonçalves e Pastre (2006), ao realizar uma revisão literária sobre o tema, conseguiram constatar que a alteração proprioceptiva cervical atua diretamente sobre o controle do equilíbrio, estando a perda dessa propriocepção diretamente ligada à gênese da dor cervical.

Em seu estudo, os autores conseguiram ainda concluir que diversas alterações que acabam por atrapalhar o equilíbrio postural o pescoço, também influem de maneira significativa nesse processo álgico, sendo as alterações mais destacadas por eles: déficits visuais, vertigem, disfunções nas articulações intervertebrais cervicais e alterações posturais da coluna vertebral como um todo.

Kalberg et al. (1995), apesar de apresentar um estudo um tanto antigo pela sua data de publicação, foi o primeiro a correlacionar a dor cervical com transtornos que até hoje assombram os fisioterapeutas em sua prática clínica.

Em seu estudo, os autores indagaram sobre a associação da restrição de ADM cervical, presença de trigger points ativos, disfunções discais e compressões radiculares com a dor cervical e seu consequente distúrbio proprioceptivo, o que leva a um ciclo vicioso de retroalimentação onde essas disfunções geram dor, estressam sensitivamente os proprioceptores que levam a um desequilíbrio cervical que pioram as condições já citadas, que por fim novamente incidem com aumento da dor cervical.

Por fim, Soares et al. (2012), constataram que existe uma grande relação entre a postura da cabeça e incidência de dor cervical, sendo que em seu estudo os autores encontraram que a alteração postural com maior relação com a cervicalgia é postura de anteriorização da cabeça, quando se compara indivíduos sintomáticos e assintomáticos.

Como Analisar o Paciente com Dor na Cervical
fisioterapia-dor-cervical
Anamnese
Uma vez conhecendo a relevância deste tema e a alta probabilidade de recidiva da cervicalgia, se desejamos ser verdadeiramente resolutivos enquanto terapeutas no tratamento destas disfunções, é preciso então que primeiramente determinemos qual, dentre estas múltiplas causas, é o desencadeante da dor de nosso paciente.

O primeiro passo é levantar uma história clínica minuciosa do paciente, contemplando o histórico patológico, atividades laborais, tratamentos instituídos, prática de atividades físicas e sobretudo, a postura assumida pelo paciente seja no trabalho, durante o sono e também nos momentos de ócio e lazer.

Conforme afirma Porto (2013), a semiologia da dor deve ser realizada de forma detalhada abrangendo todo o chamado “Decálogo da dor”. Assim sendo é importante que estes 10 pontos sejam questionados ao paciente:

Localização da dor
Intensidade – a utilização da Escala Visual analógica pode ser de grande auxilio
Característica da dor – diferencie as dores musculares das neuropáticas através da descrição de como o paciente percebe a qualidade da dor
Há quanto tempo iniciou o quadro álgico e a duração dos episódios
Irradiação – dores que irradiam em trajetos de miótomos são sugestivas de acometimento de raízes nervosas
Fatores de piora – posturas, movimentos ou atividades que agravam a dor
Fatores de melhora – além das posturas e alongamentos, o uso de medicações que tiveram boa resposta no alivio da dor
O horário do dia em que a dor mais acomete o paciente – dores associadas a processo reumatológicos geralmente surgem logo que o paciente se levanta e tendem a melhorar com a realização de movimentos. Dores de origem muscular com frequência acabam por ter seu pico ao fim do dia, após a sobrecarga da musculatura
Relação da dor com sintomas presentes em outros sistemas – dor cervical associada à cefaleia pode ser um indicativo de cefaleia tensional.
Durante a anamnese, exclua doenças de conteúdo neurológico, ótico e vestibular, tais como vertigem paroxística benigna, ataxias e déficits visuais como miopia e hipermetropia. Uma vez que qualquer dessas doenças estejam presentes, o foco do tratamento se move para elas, sendo então a dor cervical tratada em consequência da melhora dessas condições.

Se os quadros citados estão ausentes, existe uma alta probabilidade de a causa da dor cervical ser musculoesquelética. Assim sendo, revise o histórico clínico do paciente mais uma vez, atentando-se para presença de doenças reumatológicas, antecedentes de trauma cervical e fatores que acarretam em sobrecarga cervical como estresse emocional e físico e somatização de episódios de ansiedade.

Deixe para estudar os exames de imagem (que com certeza o seu paciente trará para lhe mostrar) por último a fim de que estes não lhe induzam a erros heurísticos durante sua propedêutica.

É normal que o fisioterapeuta atribua aos osteófitos marginais a dor cervical de um paciente, que na verdade, quando bem entrevistado demonstra um componente emocional muito mais importante no processo álgico, como por outro lado também acabe menosprezando uma diminuição de espaço articular que não recebeu a devida atenção no laudo.

Exame Físico
Cervical

Prossiga para uma avaliação física completa do paciente, iniciando por sinais vitais (você não vai querer deixar passar em branco uma cervicalgia associada à má adesão ao tratamento em um paciente hipertenso), ausculta e observação de padrão respiratório (pacientes com doenças respiratórias que apresentam respiração bucal anteriorizam a cabeça e sobrecarregam a cervical, bem como pacientes com asma ou DPOC em fase inicial de controle da doença e com exacerbações frequentes podem apresentar dor cervical por uso excessivo de musculatura acessória durante crises recentes).

Realize um exame físico musculoesquelético detalhado, não atropelando nenhuma das etapas a seguir:

Palpação vertebral da coluna cervical
Com o paciente em decúbito dorsal, inicie seu exame de forma crânio-caudal, iniciando pela palpação da protuberância externa da occipital (origem do músculo trapézio), processos mastoideos (inserções dos músculos esternocleidomastoideos).

Na palpação das vértebras, inicie com a palpação dos processos espinhosos de cada vértebra, a primeira a ser palpada logo abaixo do osso occipital é a C3. Observe o alinhamento de cada processo espinhoso a fim de suspeitar de vértebras que possam estar rodadas lateralmente, e observe ainda a profundidade em que se é possível ser palpada cada vértebra (pacientes com aumento da lordose cervical podem apresentar vértebras mais anteriores e como processos espinhosos palpados mais profundamente).

A seguir realize uma palpação bi-manual dos processos transversos, atente para diferença de profundidade na palpação de cada processo, pois aquela vértebra que apresentou suspeita de rotação durante a palpação do processo espinhoso, terá essa alteração confirmada nessa segunda etapa do exame palpatório.

Aproveite para apalpar anteriormente o osso hioide, localizado normalmente à altura das vértebras C3-C4, C4-C5, uma alteração nesse nível do osso pode levar a suspeitas de reduções graves do espaço intervertebral por uma uncoartrose em grau avançado ou ainda, mais raramente, a Síndrome de Klippel-Feil, onde ocorre a “fusão” congênita de 2 vértebras cervicais (Treysse, 2011).

Finalmente realize a mobilização passiva dos processos espinhosos e transversos, a fim de detectar crepitações, dor à movimentação ou redução da mobilidade.

Palpação muscular
Esta é uma das etapas que mais tem a revelar ao fisioterapeuta durante o exame físico, e frequentemente a etapa em que mais nos deixamos levar por erros heurísticos. Muitos erroneamente realizam a palpação muscular como uma procura por tender e trigger points.

Não é errado procurá-los, mas vale lembrar que muitas vezes esses pontos dolorosos não são a causa da dor, mas sim uma consequência dela. Sendo assim, sistematize seu exame muscular da seguinte maneira:

Palpação do tônus muscular
O aumento de tônus é mais frequente quando estamos diante de quadros que apresentam doenças do 1º neurônio motor associadas à cervicalgia, porém é comum encontrar-se alteração de tônus em outros casos;

Palpação do trofismo muscular
O exame do trofismo já deve ser iniciado desde a inspeção visual do paciente, e durante a palpação é possível ter uma melhor sensação do volume muscular e assimetria do trofismo entre os lados esquerdo e direito.

Presença de tender e trigger points
Já conhecemos bem sua importância, porém o verdadeiro diagnóstico diferencial que o fisioterapeuta consegue realizar no exame muscular (e que dentre várias outras habilidades adquiridas na formação acadêmica, nos diferencia de um massoterapeuta habilidoso na arte do relaxamento muscular) é a associação do exame físico com os dados coletados na anamnese.

Deste modo, procure correlacionar cada um destes pontos dolorosos com as posturas admitida pelo paciente em suas atividades, elabore seu raciocino clínico baseado na biomecânica de cada músculo e entender a gênese de cada ponto de dor.

Quando percebemos alterações musculares que encontram correlação direta com alterações biomecânicas, é bem provável que estamos diante de um ponto doloroso que é consequente a um fator maior, ao passo que a ausência dessa correlação biomecânica, podemos estar diante de um ponto doloroso que é a verdadeira causa da cervicalgia.

Finalmente realize a movimentação passiva em todas as amplitudes de movimento da cervical buscando restrições de movimento, alterações biomecânicas, desequilíbrio no sinergismo muscular e encurtamentos musculares. Atente-se para o endfeel (sensação final) de cada movimento, percebendo se ao atingir a amplitude máxima a limitação se mostra a nível muscular, articular ou mesmo ósseo.

Não se limite à musculatura cervical
Realize um detalhado exame do trapézio, musculatura do ombro, região inter-escapulo-vertebral, porção anterior do tórax englobando costelas e clavículas. Esse mesmo adendo serve para a avaliação de força muscular.

Força Muscular
É de extrema importância, e mais uma vez essa é uma habilidade fisioterapêutica que nos diferencia dos profissionais que trabalham apenas com relaxamento muscular. Verifique a força de grupos musculares cervicais, de membros superiores e região dorsal do tronco.

Observe compensações cervicais que o paciente possa realizar durante a execução de movimentos contra a resistência manual, em alguns casos uma frequente compensação cervical durante a realização de fortalecimento de membros superiores é a grande responsável pela dor cervical

Nestes casos não basta apenas a analgesia e propedêutica em região cervical, mas também um fortalecimento de membros superiores com adequada orientação postural para evitar o reaparecimento do quadro álgico.

Pacientes portadores de “Escápula alada” com frequência apresentam fraqueza muscular de romboides, supra-espinhais e levantador da escápula, fraqueza essa que cronicamente leva a uma continua da coluna cervical e consequente dor.

Avaliação postural
Utilize a metodologia que melhor lhe apraz e que você tenha melhor domínio em realizá-la, seja ela baseada no RPG, Posturologia, entre outros. Soares et al. (2012), já citados anteriormente, realizaram um excelente estudo utilizando o Software de Avaliação Postural (SAPO), o que lhes rendeu um exame acurado e com facilidade no seguimento terapêutico, por registrar a postura inicial do paciente e sua evolução ao longo do tratamento. Caso você tenha acesso a esse software, ele lhe será de grande valia.

O Tratamento Fisioterapêutico
Manipulação da Cervical

Como já citado, para que sejamos resolutivos devemos ir de encontro ao cerne do problema, por isso o tratamento será resultado de uma avaliação primorosa que desvende os segredos por detrás desse “fantasma” chamado cervicalgia.

De qualquer forma, o tratamento deverá seguir os objetivos a curto prazo e a longo prazo. Essa determinação de metas ordenadas cronologicamente traz uma melhor sistematização de seu tratamento, respeita cada fase da doença, pois leva em consideração se afecção se encontra em fase aguda, subaguda, crônica ou crônica agudizada, e traz ao paciente uma maior segurar quanto ao tratamento estabelecido.

Por isso ao estabelecer seus objetivos no plano terapêutico, oriente seu paciente sobre a fase em que ele se encontra (aguda, subaguda, crônica ou crônica agudizada), qual o objetivo que inicialmente você procura alcançar nessa fase e como ele será alcançado (modalidade terapêutica).

Seria uma imensa contradição trazer um esquema terapêutico já fechado neste artigo, depois de escrever tantos caracteres enfocando a importância do tratamento direcionado para o “epicentro” da dor de seu paciente. Assim sendo, trarei aqui algumas linhas gerais sobre o tratamento, discorrendo sobre alguns objetivos que devem ser alcançados em cada fase.

Fase aguda
Por se caracterizar de uma fase com dor intensa e por vezes limitante, a fase aguda pode em alguns casos limitar nossa atuação com certas modalidades, especialmente aquelas que envolvam mobilizações e até mesmo o toque terapêutico.

Nessa fase o objetivo primordial é o alivio da dor e na medida do possível, ganho de flexibilidade muscular. A eletroterapia (apesar de particularmente não ser um grande fã dessa modalidade) tem boas repostas nesta fase.

Gonçalves et al. (2007) realizaram um estudo da aplicação da TENS na região da face em pacientes portadores de disfunção tempôro-mandilbular (DTM) e dor cervical, na faixa etária entre 19 e 40 anos de idade. Para ter um verdadeiro parâmetro sobre a atuação do TENS nestes pacientes, o estudo foi realizado com a associação de uma eletroneuromiografia (EMG) em músculos da coluna cervical.

Os pesquisadores realizaram a aplicação de TENS instituindo os seguintes parâmetros: pulso quadrado bifásico simétrico, 10Hz, 200 ms, intensidade limiar motor e modulação em frequência 50%. O tempo de aplicação foi de 30 minutos.

Durante a intervenção foi possível perceber através da EMG uma estimulação concomitante do músculo esternocleidomastoideos (ECM) esquerdo e contração isométrica de trapézio, com consequente alívio da dor na DTM e região cervical.

Ciufollo et al. (2005) também encontrou resultados semelhantes, porém em seu estudo foi observada uma estimulação bilateral do ECM, o que não pôde ser visualizado no estudo de Gonçalves et al. (2007).

Freitas et al. (2011) realizaram aplicação de laser com objetivo de analgesia e efeito anti-inflamatório, utilizando técnica pontual com densidade de energia 3J/cm­­2 e energia final de 2,6J duas vezes por semana, obtendo resultados satisfatórios no alivio da dor.

Um alerta que sempre deve ser feito sobre o uso da TENS e outras modalidades de eletroterapia, incorre sobre o seu uso frequente (até mesmo exclusivo, infelizmente) por alguns profissionais. Todo fisioterapeuta já ouviu algum paciente realizar a seguinte assertiva: “Fisioterapia é igual a choquinho e não resolve nada!”.

Um dos objetivos deste artigo ao enfocar um tratamento direcionado à etiologia da dor foi justamente combater esse sofisma que estigmatiza nossa profissão. Por isso é necessário que sempre se tenha parcimônia no uso da eletroterapia para que o paciente conheça de forma mais aprofundadas as amplas habilidades que nossa profissão nos proporciona.

Como relato pessoal deixo aqui uma máxima que sempre repasso aos meus pacientes: TENS, algumas vezes, é como um analgésico ou relaxante muscular qualquer, ele eliminará seu sintoma, mas não alcançará a causa de seu problema, por isso, só uso essa modalidade quando extremamente necessário.

Fase subaguda
Com alivio na intensidade da dor nesta fase, é possível almejar agora um melhor alinhamento cervical, correção postural, utilizando para tais objetivos outras técnicas, envolvendo terapias manuais.

Rosa (2007) realizou um estudo retrospectivo analisando prontuários de pacientes portadores de dor cervical, e conseguiu constatar uma melhora da dor estatisticamente significativa nos pacientes em que foram aplicadas técnicas de manipulação articular na região cervical. Nos prontuários analisados neste estudo, as modalidades de manipulação cervical aplicadas foram bem diversas, tendo uma maior frequência de aplicação da técnica de Maitland.

A técnica de “thrust” foi estudada por Ricard & Sallé (2002), os quais recomendam seu uso mediante a uma aplicação que respeite criteriosamente os limites de amplitude de movimento, velocidade controlada, mas o suficiente para tração das facetas articulares, e atenta para o cuidado para com traumatismos durante a manipulação.

Os autores ressaltam a importância de essa técnica ser aplicada por profissional com formação em terapias manuais e experiente na execução da mesma. Pelo fato de ser uma técnica em que não tenho pleno domínio, opto por não realizar.

Kisner & Colby (2009) ressaltam que a aplicação adequada da mobilização articular resulta em melhora da coaptação articular, alivio de dor, ganho de amplitude de movimento em diversos graus, e ainda restaura a biomecânica articular uma vez perdida de forma patológica.

Fase crônica
O principal objetivo na fase crônica é atuar de forma a impedir as recidivas do quadro álgico. Em outras palavras, essa é a fase que mais depende de um diagnóstico etiológico e cinético-funcional precisos, pois apenas atuando no cerne da dor que iremos minimizar e/ou impedir o retorno da dor.

Nessa fase a reeducação postural se mostra uma modalidade eficiente, pois consegue corrigir posturas viciosas que incorrem em dores de repetição, e o melhor de tudo: realiza um Biofeedback ao paciente sobre sua postura diária e como é possível modifica-la durante as atividades diárias.

Costumo explicar para meus pacientes que a reeducação postural é na verdade uma jornada de autoconhecimento de sua postura. Nessa reeducação não apenas ensinamos posturas adequadas ao paciente para que ele pratique em casa, mas o levamos a tomar consciência, de forma cognitiva e proprioceptiva, de como ele se porta no dia a dia e a melhora alcançada quando quebramos o ciclo vicioso da má postura.

Conclusão
Postura Cervical

Acima de qualquer outro conceito ou sugestão de metodologia terapêutica, podemos apreender que a compreensão da multifatoriedade da dor cervical e a busca da etiologia do quadro álgico através de uma anamnese e exame físico apurados são as principais diferenciais no tratamento fisioterapêutico da dor cervical.

Dialogar com o paciente de maneira carinhosa e atenta, juntamente com um exame físico preciso que toca e manipula o corpo do paciente a procura das informações escondidas por trás de cada ponto doloroso são habilidades que todo fisioterapeuta precisa manejar se deseja obter sucesso terapêutico e profissional.

Não seja o profissional do qual seu paciente irá se queixar para o acompanhante dizendo:

– Ele não conversou comigo direito, nem me olhou nos olhos durante a consulta, e por fim meu um diagnóstico sem nem ter encostado a mão em mim!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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Dumas JP, Arsenault AB, Boudreau G, Magnoux E, Lepage Y, Bellavance A, et al. Physical impairments in cervicogenic headache: traumatic vs. nontraumatic onset. Cephalalgia. 2001; V.21; P.884-93.
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Treysse, Beatriz G. Síndrome de Klippel-Feil: uma revisão de literatura. Curitiba; 2011.
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FREITAS, D. G.; PINHEIRO, I. C.; VANTIN, C.; MEINRATH, N. C.; CARVALHO, N. A. Os efeitos da desativação dos pontos-gatilho miofasciais, da mobilização articular e do exercício de estabilização cervical em uma paciente com disfunção temporomandibular: um estudo de caso. Mov., Curitiba, v. 24, n. 1, p. 33-38, jan./mar. 2011
ROSA, Rael. Prevalência de cervicalgia em pacientes submetidos ao tratamento quiroprático: Um estudo retrospectivo. Trabalho de Conclusão de Curso Centro Universitário Feevale Instituto de Ciências da Saúde Curso de Quiropraxia. Novo Hamburgo, 2007.
RICARD, F; SALLÉ, J. Tratado de Osteopatia: Teoria e Prática. São Paulo: Ed. Robe; 2002.
KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen. Exercício terapêutico: fundamentos e técnicas. Ed. Barueri, SP: Manole, 2009.

12 Exercícios de Pilates para Idosos que você precisa saber!Escrito Por  Michele Mendes 08/04/2017, 09:00 45 (100%) 1 vo...
26/07/2018

12 Exercícios de Pilates para Idosos que você precisa saber!
Escrito Por Michele Mendes 08/04/2017, 09:00 4

5 (100%) 1 vote
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Segundo o censo de 2010, o Brasil avança rumo a um perfil demográfico cada vez mais envelhecido, com aumento na quantidade da terceira idade. Dessa forma, separei 12 exercícios de Pilates para idosos que você precisa saber.

Devido aos avanços da medicina, entre outros aspectos, a expectativa de vida do brasileiro tem se tornado cada vez maior, para 2050 o IBGE projeta 81 anos. (PORTELLA et al, 2016)

O envelhecimento é um processo involuntário e inevitável que provoca perda estrutural e funcional progressivo do organismo, com deterioração da capacidade funcional.

Assim como perda de massa e força/potência muscular decorrente principalmente da sarcopenia, perda de massa óssea e da produção hormonal e perda do equilíbrio corporal.

Esses fatores levam o idoso a ter redução da sua autonomia e riscos de quedas.

SarcopeniaExercícios-de-Pilates-para-Idosos-9
No contexto do declínio da capacidade funcional das pessoas, a diminuição da capacidade muscular associada ao envelhecimento está diretamente relacionada ao comprometimento da capacidade de gerar força muscular.

De forma geral, esse comprometimento se relaciona diretamente a um quadro de sarcopenia e é agravado pela limitação progressiva da mobilidade.

O termo que é usado para descrever a perda muscular esquelética é sarcopenia, vem do grego sarcs (carne) e penia (perda) (LANG et al. ,2010).

Embora este termo seja clinicamente aplicado para denotar a perda da massa muscular, ele é frequentemente usado para descrever ambos, uma série de processos celulares (denervação, disfunção mitocondrial, mudanças inflamatórias e hormonais) e uma série de resultados tais como diminuição da mobilidade e função, aumento de fadiga e aumento do risco de desordens metabólicas (LANG et al. ,2010).

A extensa perda da força muscular esquelética com a idade tem sido confirmada por estudos de ciclo ergômetro na qual a velocidade do ciclo na força máxima foi medida.

Em estudo com voluntários humanos com idade de 20 a 90 anos, KOSTKA et al. (2005) encontraram que a velocidade de força máxima diminuiu para 18% entre as idades de 20-29 e 50 – 59 anos e para 20% entre 60 a 69 e 80- 89 anos.

Essas alterações na força estão ligadas primariamente com o declínio de massa muscular assim como reduções na potência por unidade de área e de força por unidade de área também (LANG et al., 2010).

Os fatores que podem contribuir para a sarcopenia são: perda de massa muscular (atrofia e hipoplasia da fibras musculares tipo I e tipo II, mas principalmente as do tipo II), declínio no número ou função das células satélites e processo neuropático (NARICI & MAFFULLI, 2010).

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Contudo, observa-se maior incidência de acidentes devidos a fraqueza muscular, fadiga precoce e precárias condições de equilíbrio corporal.

Estudos sobre treinamento de força realizados nos últimos anos têm constatado que o fortalecimento muscular melhora a qualidade do equilíbrio corporal, diminui o risco de quedas e, consequentemente, de fraturas ósseas.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, indivíduos idosos devem fazer fortalecimento duas vezes por semana ou mais que envolva a maioria dos grupos musculares.

O fortalecimento pode ser de moderada intensidade para idosos mais frágeis e alta intensidade para indivíduos saudáveis (MAYER et al.,2011).

É usado para contrabalancear a perda muscular relacionada à idade pelo aumento do número e da área de secção transversa da fibra muscular esquelética causando aumento de força muscular e prevenindo quedas, perda da mobilidade , melhora da performance funcional.

Promovendo, desta forma, a qualidade de vida do idoso para a realização de suas atividades de vida diária.

Em relação à flexibilidade, a “elasticidade” dos tendões, ligamentos e cápsulas articulares diminuem com a idade devido a deficiência de colágeno, determinando que durante a vida ativa, adultos percam algo como 8- 10 cm de flexibilidade na região lombar e no quadril, quando medido por meio de test sit and reach.

A restrição na amplitude de movimento das grandes articulações torna-se maior no período da aposentadoria, e , eventualmente, a independência é ameaçada porque o indivíduo não consegue utilizar um carro ou um banheiro sem adaptações, subir uma pequena escada ou mesmo combinar os movimentos de vestir-se e pentear os cabelos.(PORTILLO et al .,2006).

Método PilatesExercícios-de-Pilates-para-Idosos-3
Dentre as diversas formas de atividade física, o método Pilates se tornou uma modalidade de exercício popular que combina treino de flexibilidade e fortalecimento corporal, assim como, melhora do controle muscular dos músculos profundos do abdome (transverso do abdômen), da coluna (multífidos) e assoalho pélvico. (BIRD et al.,2012).

Os exercícios de Pilates para idosos são muito benéficos, e segundo diversos autores, o Método proporciona benefícios como:

Aumento da Densidade Mineral Óssea
Mudanças Positivas na Composição Corporal
Melhoria de Força e Resistência Muscular
Coordenação Motora
Equilíbrio
Flexibilidade
Prevenção de Quedas
Melhora da Qualidade de Vida
Tendo em vista os benefícios descritos anteriormente e a prática individualizada, o que reduz os eventuais riscos de lesões, esse método tem sido bastante indicado com exercícios de Pilates para idosos.

Várias pesquisas apontam benefícios do Método Pilates para os idosos. Dentre eles, melhora do equilíbrio estático e dinâmico, capacidade funcional e flexibilidade.

Contudo, não é possível afirmar se a modalidade é efetiva ou não, por conta da baixa qualidade metológica dos estudos científicos.

Estudos ExperimentaisExercícios-de-Pilates-para-Idosos-6
No entanto, no estudo de OLIVEIRA et al (2015) o grupo experimental realizou 2 sessões de Pilates por semana por 12 semanas e o grupo controle realizou alongamentos estáticos 2 vezes por semana por 12 semanas.

Verificaram que os exercícios de Pilates promoveram significante melhora no torque isocinético dos músculos flexores e extensores dos joelhos, equilíbrio postural e aspectos relacionados a saúde e qualidade de vida dos idosos.

Adicionalmente, CARVALHO et al (2010) comparou treinamento envolvendo fortalecimento, flexiblidade, equilíbrio e exercícios aeróbicos com e sem exercícios de resistência para idosos que realizaram duas sessões por semana por 24 semanas.

O grupo que realizou o protocolo combinado com exercícios de resistência demonstrou uma significante melhora nos músculos extensores e flexores do joelho (60°/s and 180°/s) para a maioria das variáveis.

(ROMERO ARENAS et al (2013) comparou treinamento de alta resistência com treino de fortalecimento tradicional, realizado duas vezes por semana em 12 semanas e encontraram que ambos os protocolos levaram a uma melhora significante da força isocinética dos extensores e flexores do joelho (90°/s and 270°/s) em idosos.

ROIE et al encontraram que ambos, baixo e alto treinamento de resistência com pesos levaram a significante melhora na força isocinética de flexores e extensores de joelho em 180°/s após três sessões semanalmente por 12 semanas.

Sendo assim, por meio do fortalecimento muscular, pretende-se capacitar o músculo para distintos tipos de ações, dentre elas, as de geração de força máxima, endurance e potência.

A potência muscular é derivada da força muscular e está relacionada com a capacidade de produzir tensão rapidamente.

Tal capacidade é importante em ações que visam responder com rapidez e eficácia às diferentes tarefas motoras impostas ao sujeito no dia a dia, sendo determinante da magnitude do tempo de reação e do tempo de movimento em ações motoras diversas.

Assim a disfunção dessa capacidade, por parte do indivíduo, dificulta a realização de respostas motoras eficazes, notadamente em situações de perigo, como são as que envolvem perda súbita do equilíbrio.(BARROS et al., 2013)

Existem estudos que demonstram os efeitos do Método Pilates para melhoria do equilíbrio estático e dinâmico.(PORTELLA et al., 2016)

No estudo de BIRD et al (2012), comparando o grupo experimental (Pilates) com o grupo controle (exercícios convencionais), embora não tenha ocorrido significante diferença entre os grupos, no grupo Pilates houve melhora no equilíbrio estático e dinâmico.

JU et al (2014), em seu estudo, verificou que no grupo de exercícios de Mat Pilates (PME) e no grupo de exercícios de base de suporte instável houve significante melhora na habilidade de equilíbrio estática e dinâmico em mulheres idosos.

Contudo, no grupo de Mat Pilates os exercícios foram mais seguros e mais fáceis de serem ajustados para o equilíbrio de cada indivíduo.

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Segundo MESQUITA et al (2015), comparando o Grupo Pilates (PG) e Grupo de facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNFG) após 12 sessões, ambos os métodos melhoraram parâmetros relacionados a equilíbrio postural em mulheres idosas; porém não houve diferenças entre PNFG.

Observou uma maior redução no equilíbrio de centro de pressão (COP), verificado através dos parâmetros estabilométricos no PNFG em relação ao PG. O PNFG mostrou significante melhora em todos os te**es funcionais. (MESQUITA et al., 2015).

Embora, as mulheres no PG não mostrarem significante redução na avaliação de centro de pressão de equilíbrio (COP), elas mostraram significante melhora nos te**es de alcance funcional e teste de performance “get up and go” .(MESQUITA et al., 2015)

Entretanto, no estudo de ROH (2016) , os idosos foram submetidos a 3 sessões de Pilates por semana , duração de 50 minutos em 12 semanas.

Os participantes apresentaram significante melhora no bem estar físico, mental, social, espiritual, e emocional. Consequentemente, os exercícios de Pilates foram úteis para a melhora da qualidade de vida dos idosos.

SCHROEDER et al (2002) estudaram os efeitos dos exercícios de Pilates para a flexibilidade no equipamento reformer em indivíduos jovens e identificaram influência positiva na flexibilidade dos indivíduos. S

EGAL et tal., (2004) conduziu um estudo observacional para avaliar os efeitos do Pilates na flexibilidade, composição corporal e status de saúde da adultos saudáveis.

Um total de 31 mulheres com uma média de idade de 41 anos e um homem de 42 anos, participaram de 1 hora de sessão de Mat Pilates por semana. Após seis meses, eles não encontraram mudança na composição corporal dos seus participantes.

Os autores concluíram que o Pilates pode melhorar a flexibilidade do tronco em individuos saudáveis, mas sem efeitos na composição corporal. (GONUL et al.,2011)

Adicionalmente, GONUL et al (2011), no grupo de intervenção com exercícios de Pilates por 12 semanas e com duração de 1 hora por dia, houve melhora na força muscular, tempo de reação, equilíbrio, redução no número de quedas e flexibilidade em relação ao grupo controle.

Avaliação Postural no IdosoIdoso-1
Na nossa experiência prática, quando realizamos avaliação postural, tiramos fotos antes do aluno iniciar o programa de Pilates e mais ou menos dois a três meses após o início.

Sempre conseguimos visualizar a melhora da flexibilidade dos alunos através das fotos, sendo ótimo os exercícios de Pilates para idosos.

Contudo, sugerimos mais estudos científicos que comprovem a eficácia do Método Pilates para a melhora flexibilidade para o público da terceira idade.

Você acha importante trabalhar potência muscular com o idoso?

Segundo BARROS et al (2013), sim. Neste estudo, o grupo experimental foi submetido a um programa de 24 sessões, três vezes por semana, de treinamento contra resistência em velocidade.

Nesta pesquisa, houve melhora nos níveis de potência muscular, além de melhorar o desempenho nas tarefas motoras no grupo de mulheres idosas estudadas.

Portanto, com embasamento nos estudos encontrados atualmente e pela experiência prática, acreditamos que podemos ter efeitos positivos com treinamento de potência no público idoso.

Muitos pensam que pode-se causar lesões por conta do impacto gerado.

No entanto, mediante a avaliação prévia e se o idoso não apresenta nenhuma limitação musculoesquelética importante, devemos fazê-lo pelos benefícios citados previamente.

Exercícios de Pilates para IdososExercícios-de-Pilates-para-Idosos-5
Na nossa rotina prática, realizamos trabalho de fortalecimento global com ênfase em membros inferiores, treino de potência muscular, treino de equilíbrio e exercícios que proporcionem o aumento da flexibilidade neste público, em especial.

Desta forma, objetivo de prevenção de quedas, melhora do reflexo postural, equilíbrio, fortalecimento e consequentemente aumento da qualidade de vida para desempenharem suas atividades de vida diária com a maior independência possível.

Daremos alguns exemplos de exercícios de Pilates para idosos que podem ser realizados na terceira idade, mas devemos ressaltar a importância da avaliação prévia por um profissional qualificado para que o trabalho seja direcionado e que não apresente riscos de lesões.

Treino de Potência Muscular
Uma das formas muito interessante de treinar potência muscular de membros inferiores e membros superiores é através do reformer com a utilização da prancha de saltos.

Membros Inferiores
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Membros Superiores
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Fortalecimento Muscular
Exercício no Cadillac- Respiração

Um excelente exercício, ênfase em glúteos, extensores do quadril, flexores da coluna, extensores dos ombros e cotovelos.

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Trabalho de Pés: Alongamento de Tendão
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Posicionamento muito confortável para o público da terceira idade.

Os antepés posicionados na barra dos pés.

Ênfase fortalecimento dos músculos quadríceps e plantiflexores dos pés e alongamento dos plantiflexores.

Agachamento com Auxílio da Mola
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Um exercício que trabalha extensores do quadril, abdômen, extensores do joelho e coluna lombar. Muito interessante para idosos que tenham dificuldades para realizar a transferência da posição sentando para em pé.

Neste exercício a mola facilita a transferência.

Chair
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Quando realizado com poucas molas estimula o fortalecimento de extensores do quadril e joelho do membro inferior que está apoiada no assento da cadeira.

Pode ser indicado para aqueles pacientes que apresentam dificuldades em subir escadas ou simplesmente para fortalecimento.

Treino de Equilíbrio
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Paciente sentado na bola solicitamos que estenda um dos joelhos e flexione um dos ombros de forma alternada em relação ao membro inferior mantendo o centro de força ativado.

Dependendo do nível do equilíbrio do idoso, podemos posicionar um Bosu sob o membro inferior de apoio, para aumentar o grau de instabilidade do exercício.

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Braços de Lado
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Além de fortalecer os músculos estabilizadores do ombro, que são responsáveis pela rotação interna (manguito rotador), estimula o equilíbrio corporal pela instabilidade que é proporcionada pelo movimento carrinho do Reformer.

Verificar se existe contra indicação do posicionamento ajoelhado.

Exercício Borboleta
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Exercício de membros superiores realizado na ponta dos pés.

Devemos manter o corpo o mais estável possível enquanto realizamos a circundução dos ombros.

Flexibilidade Muscular
Exercício Massagem no Abdomen: Alongamento para Frente
Alongamento de toda cadeia posterior do corpo

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Massagem no Abdomen: Redondo
Alongamento cadeia posterior e pode ser indicado para pacientes com retificação torárica.

Estimula a formação da cifose torácica fisiológica.

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Concluindo…Exercícios-de-Pilates-para-Idosos-8
Vários estudos apontam e verificamos na nossa prática clínica, que o método pode ser eficaz nos exercícios de Pilates para idosos.

Tanto para a melhora da força muscular, equilíbrio, flexibilidade, prevenção de quedas, quanto o aumento da capacidade funcional e qualidade de vida dos idosos.

No entanto, sugerimos mais estudos controlados e randomizados para termos maior embasamento científico sobre os benefícios do Método Pilates na terceira idade.



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