11/03/2025
Pegamos novamente a estrada saindo de Rishikesh para Vrindavan, há uma hora da cidade de partida paramos para visitar uma escola primária num vilarejo. Fomos tão bem recebidos que acredito ter sido o momento mais emocionante de toda viagem. Entrei em templos magníficos, me banhei em águas sagradas, participei de sat sangs com experientes gurus. O intuito desta programação é desenvolver Bhakti (devoção), o conjunto dessas experiências me leva a compreender que a devoção mais fiel é ao próximo. Cuidar de si primeiro, meditar diariamente, inserir hábitos saudáveis na sua rotina, estar bem acompanhado são palavras que escutei com frequência pelos gurus, swamis, comerciantes e anciãs. Esses Mestres cuidaram de nós o tempo inteiro, nos imprevistos e mudanças de planos da viagem se dedicaram ao máximo para nos ajudar. Nas orientações diretas e sem rodeios, nas ações, na objetividade, no movimento, na concretude, ali está a devoção. Uma viagem em grupo também tem sua importância no processo, convivemos dia após dia com pessoas diferentes, de outras cidades. A falta de identificação não apenas pela distância física, também pela dissemelhança, aprendo sobretudo a dar tempo para o presente criar condições de uma real conexão, que ultrapasse a rigidez do ego. Tenho a possibilidade de examinar sobre algo que é alvo de auto estudo há muito tempo no meu sadhana, a aversão. Muito se fala dos desejos no caminho do yoga e da espiritualidade, porém a aversão é um ponto que ao se debruçar, tentar esmiuçar pode nos trazer revelações importantes sobre si.
Enfim, muitas reflexões!