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Quantas vezes insistimos em caber num espaço que já nos expulsa silenciosamente?Não é que a pessoa esteja “errada”. É qu...
26/07/2025

Quantas vezes insistimos em caber num espaço que já nos expulsa silenciosamente?

Não é que a pessoa esteja “errada”. É que o modo de existir dela pode não ser compatível com a vida que você deseja, com a paz que você precisa, com o amor que você merece.

Nem toda relação é para ser salva. Às vezes, a salvação é a própria despedida.

E ainda bem.Porque viver é mover-se, desorganizar certezas, desaprender para poder recomeçar.A dor de hoje talvez não si...
17/07/2025

E ainda bem.
Porque viver é mover-se, desorganizar certezas, desaprender para poder recomeçar.
A dor de hoje talvez não sirva amanhã.
O riso de ontem pode não caber no rosto que você habita agora.

Há quem tente te congelar na versão que mais lhes agrada.
Mas você não deve satisfação às expectativas alheias.
Você não é cenário para os outros repousarem suas ilusões.
Você é estrada ,às vezes esburacada, às vezes florida.
Mas sempre estrada.

Se as pessoas que estão com você não conseguem mais te acompanhar, isso não é um problema seu.
A culpa não é do rio por seguir seu curso.
Nem do vento por mudar de direção.
O que é verdadeiro em você continuará a te guiar,
mesmo que os outros se percam pelo caminho.

E, sim, vai doer.
Mudar é também perder.
Mas não se esqueça: ficar parado também é uma forma de se afastar de si.

Seja leal à sua travessia.
Há versões de você que só florescem quando você tem a coragem de deixar para trás o que já não faz sentido.
E quem for capaz de te amar no processo, vai seguir junto.
Nem à frente, nem atrás.
Ao lado.

Vivemos tempos em que tudo precisa ser rápido, leve, descartável.Onde as conexões são feitas com um clique — e desfeitas...
12/07/2025

Vivemos tempos em que tudo precisa ser rápido, leve, descartável.
Onde as conexões são feitas com um clique — e desfeitas com um silêncio.
Bauman chamou isso de amor líquido —
aquele que não encontra recipiente, que escorre pelas mãos,
que teme o compromisso e se assusta com a profundidade.

Mas o amor, o de verdade, não é notificação que chega nem foto que some.
Ele é construção.
É susto, é entrega, é permanência mesmo diante da dúvida.
É aprender a sustentar o outro — e a si — nas instabilidades da vida.

Relações sólidas pedem tempo.
Cuidado.
E coragem para não fugir no primeiro conflito.

Talvez amar hoje seja escolher ficar.
Num mundo que convida tanto a ir embora.

Relacionamento dá trabalho — porque exige que a gente saia do centro do palco e perceba que não é só sobre o que eu quer...
09/07/2025

Relacionamento dá trabalho — porque exige que a gente saia do centro do palco e perceba que não é só sobre o que eu quero, como eu sinto, do jeito que eu acho certo.

Relacionar-se implica abrir mão do próprio narcisismo, revisar certezas, escutar o outro de verdade (não só pra responder), e entender que não basta desejar um vínculo — é preciso se implicar nele.

Na terapia, a gente entende que a entrada do outro no nosso mundo nunca é neutra: ela bagunça, desloca, e muitas vezes confronta aquilo que a gente mais queria manter intacto.
Mas também é isso que nos tira do lugar de repetição.

Então, se você quer amar alguém, pergunte antes:
“Eu estou mesmo disposto a sair de mim para encontrar esse outro?”

Porque desejar companhia sem abrir a porta… é só mais um jeito de seguir sozinho.

Quando a angústia senta ao nosso lado,a gente costuma pensar que o sintoma é um problema, um erro que precisa ser corrig...
08/07/2025

Quando a angústia senta ao nosso lado,
a gente costuma pensar que o sintoma é um problema, um erro que precisa ser corrigido.
Mas o sintoma é justamente o que cada sujeito inventa para conseguir viver.
Não é algo que se elimina — é algo que se escuta.

O sintoma é a resposta que encontramos diante da angústia.
E o curioso é que essa angústia não vem da falta, como muita gente pensa.
Ela vem do excesso — o excesso do desejo, o excesso do outro, o excesso daquilo que não conseguimos simbolizar.

A verdade é que temos um medo danado do nosso próprio desejo.
Medo de dar certo.
Medo de conseguir.
A angústia aparece justamente quando o nosso desejo bate à porta.
E, muitas vezes, a gente corre.

Mas talvez o caminho não seja fugir — e sim, escutar o que ela tem a dizer.
Falar sobre a angústia pode nos ajudar a criar algo novo a partir dela.

Não existe pílula que resolva tudo.
A medicação pode ajudar, sim.
Mas não dá conta de um vazio que é sobre os nossos desejos.

O sintoma não precisa ser arrancado — ele nos guia.
Ele aponta para aquilo que realmente importa.

Fazer análise dá trabalho.
Custa tempo, custa dinheiro.
Mas é o que nos permite apostar, mesmo sem garantias.
E viver com o desejo — mesmo com medo.

A verdade é que decidir também dói.Na vida adulta, nem toda escolha importante traz alívio. Muitas vêm com culpa, medo, ...
07/07/2025

A verdade é que decidir também dói.
Na vida adulta, nem toda escolha importante traz alívio. Muitas vêm com culpa, medo, confusão… e ainda assim são necessárias.

Decidir é também abrir mão — e isso mexe com nossos desejos, nossos fantasmas e repetições.

Nem sempre a escolha certa traz paz. Mas se ela faz sentido, o processo é aprender a sustentar o que vem junto.

Resetar-se: um desejo inconsciente de recomeçoÀs vezes, a gente sente que precisava apertar um botão — como se fosse pos...
01/07/2025

Resetar-se: um desejo inconsciente de recomeço

Às vezes, a gente sente que precisava apertar um botão — como se fosse possível reiniciar tudo, igual fazemos com aparelhos tecnológicos. Um reset que limpasse as travas, os ruídos, os comandos automáticos. Que nos devolvesse a nós mesmos.

Mas, na vida, não há botão mágico.

O que há é escuta. Palavra. Repetição. Sintoma.

O inconsciente não some com um clique. Ele insiste, retorna, reaparece nos lapsos, nos sonhos, nas dores que a gente não sabe nomear — até que, aos poucos, algo se revela.

Resetar-se, na verdade, pode significar começar a se ouvir. Desligar o modo automático das exigências do Outro, do supereu, daquilo que esperam que você seja — e começar a construir uma forma possível de existir a partir do seu desejo.

Não é apagar tudo.
É lembrar o que te habita.
É desmontar, peça por peça, os comandos que te tornaram máquina.
Para, então, se refazer sujeito.

Seja ensinável.Sim, é desconfortável reconhecer que não sabemos tudo. Mas é necessário.Vivemos num mundo onde muita gent...
29/06/2025

Seja ensinável.
Sim, é desconfortável reconhecer que não sabemos tudo. Mas é necessário.

Vivemos num mundo onde muita gente fala, pouca gente ouve — e quase ninguém reflete.
Aceitar que podemos estar errados não é fraqueza, é maturidade. É crescimento.

Nem sempre a razão está do nosso lado. E tudo bem.
Aprender com o outro exige humildade, presença e disposição pra sair do próprio eixo.

Que a gente se permita sentir, ouvir, repensar…
E que o ego não fale mais alto que a alma.

Às vezes, parece que tem coisa demais em mim.Pensamento demais, sentimento demais, expectativa demais.Como se eu carrega...
27/06/2025

Às vezes, parece que tem coisa demais em mim.
Pensamento demais, sentimento demais, expectativa demais.
Como se eu carregasse umas sobras…
Palavras que engoli, dores que já deviam ter ido embora, gestos que parei no meio.

Tem dia que tudo pesa.
Queria ser menos dura comigo, pegar mais leve.
Queria parar de me cobrar tanto por coisas que ninguém além de mim tá cobrando.
Às vezes, parece que tem uma parte de mim que não me quer bem.
E o pior: essa parte… sou eu.

É esquisito quando quem mais machuca é a própria voz dentro da cabeça.
Quando o cansaço não é do corpo, é de estar em si.
De sentir tudo ao mesmo tempo, forte demais, o tempo todo.
Fico tão cheia de mim que parece que até o ar falta.

Mas talvez eu não precise existir menos.
Talvez eu só precise me tratar com mais carinho.
Eu não sou peso. Eu só tô cansada.
E até esse excesso em mim merece um pouco de cuidado.
Merece colo. E esse colo… talvez só eu possa dar.

Desistir nem sempre é covardia.Às vezes, é o gesto mais ousado de escuta de si.Vivemos cercados por mandatos:“Persista!”...
22/06/2025

Desistir nem sempre é covardia.
Às vezes, é o gesto mais ousado de escuta de si.

Vivemos cercados por mandatos:
“Persista!”, “Aguente firme!”, “Não desista dos seus sonhos!”
Mas… e se o sonho for um delírio de adaptação?
E se a insistência for só uma forma de sacrificar o próprio desejo no altar do Outro?

Há quem lute por anos para sustentar uma vida que não deseja — apenas para provar que consegue.
Mas a que custo?

Kafka dizia: há pelo menos três obstáculos para a liberdade: vergonha, sacrifício e ambição.
Desistir confronta os três.
É dizer “não” ao sacrifício que o superego exige.
É encarar a vergonha que vem de frustrar expectativas.
É renunciar à ambição que não nasceu do próprio desejo, mas da necessidade de ser reconhecido.

A pergunta que talvez mais importe não é “por que desistimos?”,
mas: por que não desistimos, mesmo quando tudo em nós já foi embora dali?

Desistir pode ser o ato mais radical de rebelião contra uma sociedade que nos empurra para a exaustão e o vazio.
Não se trata de fraqueza.
Trata-se de parar de morrer em silêncio para caber no que nunca foi seu.

Sinto falta de mim.Quem sou eu, afinal?Será que me transformei naquilo que esperavam de mim?Em que ponto do caminho me p...
22/06/2025

Sinto falta de mim.

Quem sou eu, afinal?
Será que me transformei naquilo que esperavam de mim?
Em que ponto do caminho me perdi de mim mesma?

Se me moldei aos outros, à sociedade, aos padrões…
Quem sou eu de verdade — sem os filtros, sem os pesos, sem os “deveria”?
Quais são meus desejos, meus anseios reais?

Como se começa essa jornada de volta pra casa, pra dentro?
E tudo que caminhei até agora, o que faço com isso?
Jogo fora? Releio? Resgato algo?

É tanta pergunta que às vezes até cansa.
Mas ainda bem que questiono.
Ainda bem que não aceito a vida do jeito que ela simplesmente vem.
Porque eu preciso estar viva nessa história.
Eu, com minhas subjetividades, escolhas e contradições.
Não quero só sobreviver ao mundo — quero me reencontrar nele.

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Serra, ES

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