05/03/2025
Outro dia eu fiz uma enquete por aqui, e me surpreendi com as respostas. 80% dos pais responderam que ajuda demais os filhos. E na minha prática clínica eu também vejo isso! Eu sei que é por amor que vocês fazem isso 💕
Mas, vamos pensar juntos por outra pespectiva?
Pense em como as crianças aprendem. Desde o nascimento, cada nova conquista – segurar uma colher, engatinhar, dar os primeiros passos – exige esforço, tentativa e erro. É nesse processo que elas desenvolvem habilidades motoras, cognitivas e, principalmente, a confiança em si mesmas. Quando um adulto se antecipa e faz por elas algo que poderiam tentar sozinhas, mesmo que com dificuldade, ele envia uma mensagem silenciosa: “Eu faço porque você não consegue”, ou: “ela faz pra mim, pq eu preciso me esforçar “?
Claro, há momentos em que a ajuda é necessária, especialmente quando a criança está frustrada ou quando a tarefa está muito além de sua capacidade. Mas o grande desafio para os adultos – sejam pais, cuidadores ou profissionais – é identificar quando oferecer apoio e quando dar espaço para que a criança tente e aprenda.
Ao permitir que a criança enfrente pequenos desafios diários, como vestir-se, carregar um brinquedo ou subir um degrau, estamos ajudando-a a desenvolver habilidades motoras e autonomia. Mais do que isso, estamos construindo uma base emocional sólida, na qual ela se sente capaz, confiante e preparada para encarar desafios cada vez maiores.
Portanto, na próxima vez que sentir vontade de intervir, observe: será que essa criança precisa da sua ajuda ou será que ela pode descobrir como fazer sozinha? Às vezes, o maior gesto de amor e incentivo que podemos oferecer é simplesmente dar tempo e confiar na capacidade dela.
Os bebês também aprendem por tentativa e erro, precisamos dar o suporte adequado, mas não além!
Fez sentindo para você? Me conta aqui nos comentários ⬇️