Espaço Ser Feliz é uma Arte

20/12/2020

Enquanto o dia amanhece eu medito.

Medito sobre uma frase que li, num dia particularmente ruim, quando me deparei de novo com velhos padrões emocionais, dos quais já me considerava livre.

"O que o amor faria?"

Me fiz essa pergunta ao longo de todo o meu processo meditativo. Quando a mente teimava em me afligir trazendo a tona tudo o que tem me inquietado, o passado, as histórias de dor que ainda não foram completamente elaboradas, e o Ego comandava os diálogos internos: O que o amor faria? Era simplesmente o que eu me perguntava. E mergulhava de novo no silêncio interno.

Voce já se fez essa pergunta? O que amor faria ao invés de insistir em questionamentos do tipo: como é que eu páro de sentir o que estou sentindo ou como é que eu mudo o momento de conflito e dor que estou vivenciando, ou ainda como é que eu faço pra não ser como sou e párar de viver o que vivo?

Essa pergunta poderosa me trouxe uma consciência profunda sobre o meu momento.

Amanhã é Litha. 21 de Dezembro, o festival da luz na Roda do Ano. Tão especial, um momento de agradecermos e celebrarmos a luz que impera sobre as trevas. O Sabbat Litha ,representa o Solstício de Verão e o auge do poder do Deus Sol renascido. Como nessa data o dia é o mais longo que a noite, a energia do Sol está transborando e é hora de colher os frutos das sementes plantadas, assim os povos antigos acreditavam.

Simbolicamente é o melhor momento para fazer pedidos, mentalizar o que se quer pro ano novo, criar uma dreamwall ou seja, um mural dos sonhos com tudo o que você almeja para 2021. Enfim, é tempo de conectar com a luz.

E pra esse momento tão especial não passar em branco amanhã vai ter meditação especial no meu canal do YouTube.

Se organiza pra amanhã acordar cedinho e meditar. A meditação tá bem linda. Vai valer a pena. 💛

18/11/2019

O que a sua alma deseja? E qual o preço a pagar por isso? Você está disposta?

Quando a resposta para essa pergunta é não, o que fazer?

O Na Real é uma série de vídeos do Projeto Ser Feliz é Uma Arte que traz a proposta de bater um papo reto sobre autoconhecimento, educação emocional e espiritualidade. Toda segunda as 8 da manhã aqui no IGTV.

Quais temas você gostaria de ver por aqui?

segue a gente no Insta

Beijo e até segunda.

18/11/2019

Na Real quer saber o que a sua alma deseja? Você está pronta pra pagar o preço desse sonho? E se a resposta for não? É errado querer algo e não estar pronta pra pagar o preço que se exige pra conquistar aquilo que se deseja?

Vamos pensar sobre isso juntas?

Na Real, toda segunda feira as 8:00 Da manhã um bate papo sobre autoconhecimento, educação emocional e espiritualidade.

Se liga.

Toda segunda as 8:00

Projeto Ser Feliz é Uma Arte e

10/10/2019

Na real é uma série de vídeos curtos pra gente refletir com verdade e objetividade sobre temas de educação emocional, Comunicação Não Violenta, arteterapia, Gineterapia, espiritualidade. Hoje o tema é Feminino é Consciência. Assiste e me conta o que achou? Projeto Ser Feliz é Uma Arte - Na Real.

09/10/2019

"A psique de uma mulher pode ter chegado ao deserto em virtude da ressonância (de viver rodeada do deserto), devido a crueldades passadas ou por não ter lhe sido permitida uma vida maia ampla a cru aberto. Por isso, muitas vezes uma mulher tem a sensação de estar vivendo num local vazio, onde talvez haja apenas um cacto com uma flor vermelho vivo, e em todas as direções 500 quilômetros de nada. No entanto, para aquela que se dispuser a andar 501 quilômetros, existe mais alguma coisa. Uma casa pequena e admirável. Uma velha. Ela está à sua espera. ..
Algumas mulheres não querem estar no deserto psíquico. Elas detestam a fragilidade e a escassez. Não param de tentar fazer com que um calhambeque enferrujado funcione para que possam descer aos solavancos pela estrada na direção de una resultante cidade que fantasiam na psique. Decepcionam-se, porém, pois a exuberância e a vida selvagem não se encontram ali. Elas estão no mundo do Espírito. No mundo entre os mundos, Rio Abajo Rio, no Rio por baixo do Rio.

Não seja tola. Volte, pare debaixo daquela única flor Vermelha e siga em frente percorrendo aquele último e árduo quilômetro. Aproxime-se e bata à porta castigada pelas intempéries. Suba até a caverna. Atravesse engatinhando a janela de um sonho. Peneira o deserto e veja o que encontra. Essa é a única tarefa que temos que cumprir...
Está querendo ajuda psicanalítica? Vá recolher ossos."

Clarissa Pinkola Estes - Mulheres que Correm Com Os Lobos

Hoje é dia do Workshop Desabrochar Feminino: Despertar do Self Selvagem.

Preparado com muito amor, estamos ansiosas por esse trabalho.

Hoje La Loba vai nos encontrar. E nos ensinar algo. Algo da Alma.

💛

01/10/2019

Hoje é dia , a hindu conhecida por seu poder e invencibilidade. O mito de Durga conta que os Deuses estavam lutando contra demônios numa guerra infinita e nenhum dos dois conseguia vencer. Exaustos, os Deuses se reuniram para buscar uma solução. Da respiração de cada um deles, que intencionaram a energia, nasceu Devi, materializada no , em uma mulher bela representada por de oito ou dez braços. Devi lutou contra o maior de todos os demônios, o monstro Durga, e o venceu. Para provar sua vitoria ela se apossou do nome dele e passou a se chamar Durga.
Mas o maior feito de Durga foi ter vencido o demônio que tomava a forma de um búfalo chamado Mahishasura, Durga é chamada quando precisamos lutar contra as forças do mal. Seja o mal do mundo, seja o mal em nós. Ela purif**a e com sua força destruidora corta os males que nos ameaçam.
Ontem trabalhamos Durga na . Foi incrível. Esse força da natureza que Durga é, dentro de nós .
Nos tornamos invencíveis.
Talvez, toda essa história de Deuses e Deusas, sei como una bobagem para alguns. Mas digo que Amy Cuddy, psicologa americana que ficou famosa por compartilhar em uma palestra do TEDx que alguns minutos fazendo a pose do super herói é capaz nos trazer mais autoconfiança. Isso acontece porque a emoção é transferida para o comportamento. Segundo os estudos de Amy Cuddy, o que acontece é que a mente libera testosterona (hormônio da dominancia) e restringe a produção de cortisol (hormônio do stress). Resultado disso é poder.

Somos seres simbólicos. Mitos, Deuses e Deusas são importantes para sairmos da mente linear e ampliar a consciência para o universo emocional que temos dentro de nós.

Falo de Durga e Amy Cuddy aqui porque primeiro uma das propostas desse Insta é falar da força feminina. Segundo porque falar das Deusas é trazer para as mulheres a experiência de uma . E terceiro porque de uma forma lúdica lembro a mim e a você que chegou até aqui na leitura que somos multifacetadas e uma das nossas partes é sim essa força natural e guerreira de Durga, destruidora do mal.
Então, outubro é dedicado a Durga. Vale a pena se alinhar a essa força poderosa. 💛

27/09/2019

É impressionante como eu repito padrões de comportamento quando estou confusa, quando não consigo equilibrar meus pensamentos, ações e sentimentos.
A primeira coisa que acontece: desconto na comida. Eu já sinto fome o tempo todo né? Perguntar pra mim se eu tô com fome é como perguntar pro sol se ele tá quente. Comer me dá prazer.

Mas quando eu me encontro num momento de ansiedade tenho a tendencia de desejar comer tudo o que normalmente evito por consciência ou por me fazer mal mesmo.

A segunda coisa é que o sono aumenta e acordar cedo pra meditar, como faço com prazer diariamente, f**a difícil.
A terceira coisa é um desânimo enorme pra absolutamente tudo, inclusive coisas que costumam me encantar. Na verdade eu perco a noção do que me encanta. Geralmente tudo me encanta quando estou bem. Mas em desequilíbrio a vida f**a cinza.
E por fim: começo a faxinar. O tempo todo kkkk virginiana né? Necessidade de limpar tudo. Que louca! Mas é verdade.

4 sinais de alerta que me ajudam a saber que cheguei a um ponto de atenção: se continuo dessa forma eu entro num turbilhão de emoções onde sentimentos que me deixam pra baixo imperam.
Nao há nada de mal em ter algum momento pra baixo. Mas sabe aquela frase: orai e vigiai? É imprescindível se conhecer pra entender que essa fase down pode vir e passar sem que a gente se perca nela.
Dr David Howkins autor de O poder contra a Força aponta que quanto mais vibramos em frequências emocionais altas como: aceitação, coragem, alegria, mais consciência sobre a nossa própria vida nós temos. Por consciência entenda -se sabedoria, entendimento, clareza.
Cuidar da sua energia não é só pensar positivo pra viver num mundo cor de rosa. É uma questão que vai além do bem estar: tem a ver com capacidade de gerir sua vida de forma mais harmônica.
Trabalhando o autoconhecimento aprendemos a identif**ar os padrões de comportamento repetem como um aviso: é o limite.
Se você não sabe identif**ar seus sinais, comece a perceber como você é quando está bem e quando não está. Se veja.
E se precisar de ajuda para se re-conhecer, como terapeuta eu posso te auxiliar.
Não se perca de você!

25/09/2019

Quando eu me sinto fraca, e sim, eu me sinto as vezes, quando estou cansada e desanimada, eu tenho meus rituais para levantar minha energia. O amadurecimento emocional não tem a ver com estar sempre bem. Mas sim com a capacidade de se revigorar depois de se extenuar emocionalmente com o que quer que seja.
E da capacidade que exercito de não brigar com os sentimentos e aceita-los como são, mergulhando no que eles me trazem, eu encontrei uma certa leveza para minha ansiedade. Nem sempre é fácil. Mas acredito no tripé: físico, espiritual e emocional.
Saio pra fazer exercício físico, extravazo minha emoção e busco a espiritualidade que encontro de coração na face feminina da criação que tanto me nutre.
Iansã me escolheu desde o final do ano passado. Ela vem nos meus sonhos e nos sinais que aparecem por aí. E com ela me identifico. Força da natureza mas também face feminina da divindade que nos criou. E então fecho os olhos e ouço ela me relembrar da minha essência: "É vista quando há vento de grande vaga
Ela faz o ninho no rolar da fúria e voa firme e certa
Feito bala
As suas asas empresta à tempestade
Ela faz da insegurança a sua força
E do risco de morrer seu alimento
Por isso me parece imagem justa
Para quem vive e canta
No mau tempo"

E então ela canta pra mim na voz de Bethânia: "O raio de Iansã sou eu
Cegando o aço das armas de quem guerreia
E o vento de Iansã também sou eu
Que Santa Bárbara é santa que me clareia

A minha voz é o vento de maio
Cruzando os ares, os mares e o chão
E meu olhar tem a força do raio
que vem de dentro do meu coração

Eu não conheço rajada de vento
Mais poderosa que a minha paixão
E quando o amor relampeia aqui dentro
Vira um corisco esse meu coração

Eu sou a casa do raio e do vento
Por onde eu passo é zunido é clarão
Porque Iansã desde o meu nascimento
Tornou-se a dona do meu coração"

Me renovo. Conheço minha força e sigo.
Te digo: encontre sua força. A sua Força!
Gratidão Iansã
Eparrei Oyá

Foto:

22/09/2019

23/07/2019

O Entre Luas é uma série de cinco encontros que promove uma redescoberta do feminino. É um trabalho profundo de autodesenvolvimento para mulheres.

Através de ferramentas muito diversas e de exercícios criativos, vamos trabalhar a raiz de feridas muito reais do feminino:

-Vamos trabalhar as referências do Feminino
-Vamos entender a conexão com o Masculino
-o Mito do amor romântico
-Vamos trabalhar a sabotagem do Perfeccionismo
-a crença de não ser suficiente.
-a energia das luas no nosso corpo e a conexão com a menstruação ou a menopausa.

Este trabalho será um trabalho em grupo, muito especial que quero fazer com mulheres que estiverem interessadas em conhecer e trabalhar as energias sagradas do seu ventre e do universo feminino que é por vezes é tão pouco conhecido por nós.

Serão 5 encontros começando a partir de agosto de 2019, um por mês. O preço é promocional e teremos apenas 12 vagas.

A mulher que quiser participar deverá se comprometer a vir aos 5 encontros. Pois o valor investido não será devolvido no caso desistência ou de falta.

O trabalho acontecerá em uma quarta feira por mês. Todo material incluso.

Se você se interessar ou se achar que alguma mulher muito amada por você pode se interessar, compartilhe com ela.

Eu espero que você venha comigo nessa jornada.

Um grande beijo.

Para mais informações entre em contato inbox

06/06/2019

O orpo que você habita é mais do que o seu lar. É o seu guia, o caminho que vai dar direto à sua presença com toda inteireza que isso pode representar.

É tão básico, mas ao mesmo tempo tão profundo isso, que talvez a simples leitura dessas linhas não tenha te trazido a dimensão do que é o seu corpo na sua história.

Ontem no Laboratório Corporgânico, isso ficou muito claro pra mim. O poder de se voltar pro corpo: senti-lo, ouvi-lo, cheira-lo. Estar presente para as dores. Estar presente para as necessidades.

Reencontrar seu corpo e dar voz a ele é de um poder.

Bater o pé no chão com a intenção de ancorar limites. Soltar os de busca daquilo que é seu e entender o quanto na vida você tem sido passivo e aceitando tudo sem questionar. Fazer o movimento de tirar de você o que você não quer mais e entender o quanto você tem se intoxicado pelo simples fato de não querer soltar, desapegar.

Ontem eu me senti e me vi nos movimentos do meu corpo.

Me apossei dele.

E com essa ação, eu me posicionei na minha história.

Uma energia feminina poderosa se ancorou sobre mim.

Uma força de saber quem sou. De deixar meu corpo me mostrar quem sou.

Sem máscaras.

Te convido a fazer o mesmo.

Olhe para os seus movimentos.

Sua postura diz muito sobre vc.

Olhe para a vitalidade que brilha, ou não nos seus olhos, ouça o tom da sua voz.

O quanto isso diz do seu processo.

Só tenho a agradecer pela noite de ontem

Manu Garcia sua medicina me curou.

Gratidão.

Ser dona do seu corpo é um ato político.

E em tempos desafiadores como o que estamos vivendo, não feche os olhos pra isso. Suas formas, cores, seu cheiro, sua voz. Atos políticos. Se posicione. Se conheça e se ame.

Estamos partindo um novo mundo. Mas antes, você precisa parir você.

Renasça!

CorpOrgânico - Método Manú Garcia

11/05/2019

E ontem eu postei sobre Kali Ma, numa interpretação de uma maternidade destruidora e transformadora ao mesmo tempo, pela qual todas nós temos que passar na nossa jornada de evolução.

Hoje falo de Deméter. Essa imagem da mãe em todas as suas características mais plenas.

Deméter é a representação da mulher fértil, sempre retratada grávida, num campo de trigo. Ela é a senhora da natureza, uma das várias imagens da Mãe Terra. Foi Deméter que ensinou a humanidade a plantar e a colher, deu o trigo e ensinou a fazer o pão. Ou seja, Deméter nos ensinou a nos nutrir e crescer.

Sua fertilidade demonstra o útero vivo das mulheres, a capacidade de receber a semente e fazê-la florescer.

A maternidade de Deméter é assim: a mãe que fertiliza os filhos para que na hora certa eles floresçam. No entanto, essa maternidade arrebatadora pode levar ao vazio de perder a si mesma e viver de projeção na prole.

Demeter é a mãe de Perséfone que raptada
por Hades, se transforma na Deusa do Submundo. Quando a filha toma a decisão de assumir a mulher que é, Deméter sofre, secando e esfriando a terra de tal maneira, que os Deuses pedem a Perséfone que passe uma temporada com a mãe, e assim, a cada seis meses, Demeter enche a terra de flores, depois o sol encontra seu ápice. São os meses da primavera e verão, em que essa mãe, novamente com a filha, preenche a terra da mais pura beleza, cor e luz.

Deméter é amor materno. Mas em desequilíbrio é apego. Fertiliza, gesta, pari, nutre seus filhos intensamente mas também pode sufocar, tolher, intrometer e controlar.

Diferente de Kali Ma que é transformadora e firme, mas pode se tornar severa e devoradora, Deméter é amorosa e acolhedora, mas pode se tornar dependente e castradora.

Como estamos falando dos arquétipos maternais na Mitologia, vale a pena pensar na nossa energia maternal como uma ferramenta para o nosso crescimento e o crescimento dos nossos filhos: de carne ou de sonho.

O equilíbrio no amor materno está em compreender os arquétipos da mãe e incorporá-los sabiamente.

09/05/2019

O nascimento é a primeira separação do feminino que uma mulher conhece.

O momento de se separar daquela que não é apenas o primeiro colo, nutrição, segurança mas também uma igual, uma representação de si mesma, para uma mulher.

A separação do feminino e a identif**ação com o masculino começa daí, porque a medida que vai crescendo a mulher entende o masculino como o movimento, o ir para fora. Mesmo quando a mãe simboliza esse masculino, a menina se identif**a com esse lado expansivo da energia, em contrapartida ao lado que acolhe e convida ao pra dentro.

Existem mulheres que passam uma vida tentando entender essa separação. Independente se a relação mãe e filha for amorosa ou castradora, uma hora ou outra, essa separação precisa ser integrada, para estabelecer o amadurecimento emocional.

Maureen Murdoch diz que as mulheres podem procurar curar a separação original do feminino através do resgate entre o relacionamento mãe e filha, e também através da busca pela Deusa, onde se encontrará beleza,poder, autoridade, amor, numa relação com a Grande Mãe.

Kali Ma, divindade Hindu, é a representação do arquétipo de Devi, a grande Mãe.

Para nós do ocidente, entender Kali Ma como uma mãe, é extremamente desafiador, porque ela é o oposto da mãe Divina Sua simbologia é rica: ela aparece nua, num corpo de cor preta (a cor do útero cósmico), com uma guirlanda de crânios, a língua pra fora, de pé, com o pé sobre o corpo desfalecido de Shiva, impunhando uma espada numa mão e uma cabeça decapitada em outra.

Kali é considerada uma deusa tríplice: da criação, da preservação e da destruição. Ela está nua porque está entregue, tem uma guirlanda de crânios simbolizando vidas passadas, segura a espada da sabedoria que corta as ilusões, a cabeça decapitada que pede para sairmos da mente. Kali dança frenética em cima do corpo de Shiva (do masculino) para que ele desperte.

Kali é a mãe do tempo porque mostra a nossa necessidade de evolução. Encontrar Kali é muitas vezes é encontrar uma mãe firme, severa: a morte e a vida. Porque ela mostrará o que é preciso desapegar para renascer. O encontro com ela não é fácil. Ela é uma mãe destruidora. Mas transformadora.

08/05/2019

Então você é mulher. E tem um sonho. E luta muito pra realizá-lo.

Você passa pela necessidade de provar que você é capaz. Quando você prova descobre que nem sempre isso é bastante. É preciso se especializar. E quando você se especializa você descobre que ainda há mais por fazer. O seu tempo é escasso. Sua energia focada. Sua história escrita com suor e lágrimas. Com alegria tambem vai... Porque ser uma mulher independente é uma necessidade cuja satisfação traz um contentamento danado. E você sente aquele calor por dentro a cada conquista. E a certeza de que isso é incrível.

Mas a mulher tem uma jornada espiritual. Porque é da energia do feminino se atentar pro sutil. E depois que se trilha o caminho que o masculino criou, é muito comum chegar lá e se perguntar: qual o próximo passo?

"Me tornei uma profissional... meus filhos cresceram.. casei, sou independente, e agora? Ou ainda: estou a caminho do meu sonho, estou construindo tudo que desejei, mas o que mais tem? Será que é só isso?"

Você já sentiu um vazio, mesmo estando repleta?

É preciso estar consciente para o corpo assim como estamos para a mente.

A cabeça não pára e é como se entrássemos numa montanha russa. "Perdida em Pensamentos" é o que a gente costuma dizer, nos perdemos mesmo.

As emoções vêm, mas o nosso repertório emocional é tão pequeno que não conseguimos sair do tripé tristeza-alegria-raiva. As vezes adicionamos ansiedade, angústia, felicidade ao menu, mas somos pobres em descrever sentimentos.

O que é esse vazio feminino?

Talvez seja exatamente o vazio da mulher que se perdeu ao longo de uma jornada de confirmação de uma forma de ser muito masculina. Onde não há tempo para o próprio tempo. Onde não se menstrua. Onde não se sente. Onde não se permite ser cíclica.

Onde não há concessão para a vulnerabilidade.

E assim a vida entra no automático e passamos a vida correndo ao redor do próprio rabo sem nunca levantar a cabeça pra olhar além. Só quando entramos em crise e nos perguntamos o que estamos fazendo.

Eu te digo que há um caminho de volta pra casa a ser feito. Com equilíbrio entre o masculino e o feminino em você. Uma nova forma de ser e estar no mundo. Experimente.

07/05/2019

Uma das maiores perdas das mulheres, ao longo do tempo, foi o contato íntimo com uma espiritualidade feminina.

Antes de mais nada, quero dizer que espiritualidade feminina não tem a ver com gênero. Tem a ver com a energia feminina. Também não tem relação com religiosidade. Espiritualidade, segundo Jung, no livro Natureza da Pisique, está ligada à transcendência. Transcender signif**a “união de conteúdos conscientes e inconscientes”. Isto é, a totalidade psíquica, inteireza. Trocando em miúdos espiritualidade é uma expansão da consciência que nos tira das ilusões do ego, junta os nossos pedaços e nos torna inteiras (e únicas).

Marija Giambutas, uma arqueológa incrível que descobriu e estudou sociedades nas eras paleolítica e neolítica, descreveu mulheres dessa época que viviam a devoção à uma Deusa nutridora e mantenedora da vida, uma imagem do feminino sagrado da qual elas eram as representantes na terra.

A mulher era a própria manifestação da Deusa na matéria e assim nossas ancestrais eram donas de si, e esse poder, de serem a imagem e semelhança da Deusa, as libertava para se apoderarem dos seus corpos, da sua sexualidade, do seu poder de gerar vida, parir e curar através do conhecimento profundo de ervas medicinais.

Com a imposição de uma sociedade androcêntrica, cada vez mais as mulheres foram perdendo essa intimidade A proibição ao culto à Deusa, a aniquilação dos rituais do sagrado feminino e o esquecimento multiplicado ao longo de gerações, além da morte nas fogueiras pelo conhecimento profundo das medicinas naturais e ritualísticas da deusa fez com que a mulher perdesse cada vez a conexão com o sagrado.

Essa perda criou em nós feridas profundas.

Feridas que se refletem na forma como lidamos com nosso corpo, que achataram a nossa auto-estima e consciência do nosso poder pessoal e da nossa sacralidade.

Quando digo às mulheres, durante os meus workshops ou atendimentos que é preciso trabalhar o feminino, muitas me perguntam como?

Através do desenvolvimento de uma espiritualidade feminina. Essa é uma das formas. Você já pensou sobre isso? Consegue entender quanto poder há em se encontrar, como mulher, no sagrado?

O que você acha disso?
💛

06/05/2019

A força de uma raiz mostra a altura de uma árvore.

Quanto mais altura a árvore precisa mais suas raízes são profundas.

Raiz pra mim, na minha história, é tudo aquilo que me dá sustentação.

Hoje em dia, meu trabalho com o feminino parte de muitos aprendizados, de muitas mulheres que vieram antes de mim ou que estão comigo.

Minha mãe e minhas irmãs como referência, somos 6 ao todo. Minhas sobrinhas como inspiração e motivo.

As psicólogas pelas quais passei desde criança, pra aprender mais sobre mim.

Mulheres que me oferecem o conhecimento delas através dos livros.

Mulheres com quem troco ideias maravilhosas: amigas, terapeutas, clientes e ex- clientes que lindamente me mandam mensagem pra me contar como estão indo...

Mulheres e grupos com os quais vou formando teias que me sustentam e nutrem minhas raízes.

Olho pra todo esse movimento universal de colocar no meu caminho almas irmãs, almas gêmeas e almas afins e agradeço profundamente por cada uma delas. Com cada uma teço o relacionamento que é permitido de acordo com a afinidade.

Nem todas as mulheres que encontramos são parte da nossa raiz, mas todas ajudam a nutri-la. Sororidade pra mim, não é se tornar "mana", mas honrar cada garota deixando-a livre pra ser. Esse aprendizado é tantas vezes doloroso, porque a gente tem mania de criar expectativa sobre a outra né? Deixar que a mulher que cruza com você seja ela mesma, com tudo o que isso implica, é generosidade e no meu entender, a real sororidade. Sem julgamentos. Com aceitação e liberdade. Pra si e pra outra.

E quando a outra te machuca?

Bom, olhar para a ferida causada implica em assumir a responsabilidade por ter dado à outra "a arma" que causou o ferimento. Não vamos nos posicionar como vítimas. Somos todas co-criadoras.

Vale a pena refletir primeiro: quais relações com outras mulheres você tem construído? Segundo: qual a sua relação com o seu feminino?

Essas perguntas básicas podem conter respostas preciosas e reveladoras.

Continua👇

05/05/2019

Do que você tem vergonha?

Eu acordei com vontade de dançar pra Iemanjá e dancei, em agradecimento a tudo que ela é para mim.

Eu tive um sonho em que alguem me entregava uma imagem dizendo que era de Nossa Senhora da Conceição, mas quando eu olhava era de Iemanjá.

E eu acordei com vontade de dançar pra ela. Mas como fazer isso num lugar cheio de gente? Pessoas que provavelmente me julgariam ou não. E depois ainda postar, pra também ser julgada. Você tem medo do julgamento? Já deixou de fazer algo que queria muito por vergonha?

Existe um livro ótimo sobre mitos africanos que se chama Lendas Africanas dos Orixás, que conta a história de Iemanjá, dentre outros, mas também existem outras vertentes da lenda e eu vou contar do meu jeito:

Iemanjá casou com Odudua e teve de filhos, Orixás. Por nutrir seus filhos seus seios f**aram muito grandes. Com vergonha dos seus seios e cansada da vida em Ife, Iemanjá saiu buscando a sua felicidade, fugindo para a terra do entardecer.

Acabou se encontrando e se apaixonando por Okere e casou com ele com uma condição: que ele nunca zombasse se seus seios.

Mas um dia Okere bebeu vinho de palma demais.

E acabou ofendendo Iemanjá falando de seus seios.

Iemanjá usou a garrafa com a poção mágica que sua mãe lhe deu no dia do seu primeiro casamento, e essa poção a levava num rio para a casa de sua mãe, no mar. Okere tentou impedi-la se transformando em montanha. Foi seu filho Xangô que a ajudou a passar pelo monte e chegar no amor, onde fez sua morada e nunca mais quis voltar.

Iemanjá, a Rainha, cujo nome quer dizer "aquela cujos filhos são como peixes". Nutridora de seios tão fartos. Sua força e sua fragilidade.

Nesse dia eu desejo que você vença seus medos e vergonhas, para fazer o que o seu coração pede. Há uma força imensa em agir pelo coração.

E Iemanjá sorrirá e te protegerá, porque ela nutre todos aqueles que ousam realizar seus sonhos. Sem vergonha, sem medo, com fé!

Bom dia.

03/05/2019

Quando me vejo aqui, diante da exuberância da mãe terra, eu me lembro de quem eu sou.

Há muito eu parei de pedir coisas pro Universo (exceto a dádiva de comer o que eu quiser e emagrecer a cada vez que eu coloco uma coxinha na boca 😁) e passei a rogar que eu consiga, nessa jornada terrena, viver todo o potencial que eu tenho pra viver: viver no presente com cada vez mais consciência de quem sou.

Quando vejo a Mãe Terra me mostrando como ela é, em total força, eu me sinto relembrada da minha força.

Quando o sol nasce, inaugurando o dia, ele não pensa se deve brilhar menos, porque ele pode esquentar demais a vida da gente. Ele simplesmente brilha. Quando uma árvore cresce, se firmando na terra para alcançar o céu, elas não se impõem limites porque podem destruir as casas ao redor com suas raízes que ganham forças e tomam o tamanho e altura que quiserem.

A natureza simplesmente é o que é.

Às vezes quando estou muito feliz fico pensando se tenho direito de ser feliz com o mundo tão sofrido ao meu redor.

Mas uma das leis universais é justamente a da polaridade. A luz existe porque a sombra nos permite percebê-la, o mal existe para nos mostrar o quanto é difícil viver nele e o quanto é melhor fazer o bem, e o medo tá aí para que encontremos força no amor e no amar.

Como podemos equilibrar as polaridades? Como podemos melhorar o mundo e alcançar a harmonia através de uma igualdade emocional, material, evolutiva? Sendo! Nos descobrindo e nos permitindo ser.

A natureza é o pólo da abundância que me mostra que tantas vezes há escassez dentro de mim. Aceito essa sombra, confio e agradeço.

No mesmo instante sinto a certeza de que existe, aqui dentro de mim força e luz em fartura.

Porque a Mãe Terra está em mim. A natureza sou eu. É você. Somos nós.

Acredite na sua força e seja.

Seja em potencial quem você é. Viva seu caminho com entrega. Se for pra ser feliz seja. Se for pra enfrentar uma dor enfrente. Viver o que se tem pra viver é escolher vibrar a verdade

Essa vibração de luz muda o mundo. É uma cura.

E a sua cura, me cura.

Portanto, sejamos. É pra isso que estamos aqui.




💛