01/07/2025
Vivemos numa era de pressa. Trabalho, compromissos, metas, boletos, exigências… Tudo parece urgente. E nessa correria, muitos pais acreditam que estão cuidando dos filhos ao garantir sustento, conforto e segurança. Mas se esquecem do essencial: presença, escuta e orientação.
Filhos não pedem luxo. Eles pedem atenção, colo, tempo e direção. O que os forma de verdade não são os presentes, mas a presença. O “estou aqui”, o “me conta como foi seu dia?”, o “vamos resolver isso juntos”.
Porque crianças não precisam de pais perfeitos — precisam de pais presentes, atentos e firmes com amor.
Ouvir uma criança é mais do que deixá-la falar. É acolher seu mundo interno, validar suas emoções, ensiná-la a se expressar. Quando escutamos com paciência, damos a ela o direito de existir com autenticidade. Mas também é papel dos pais ensinar que nem todo desejo pode ser atendido, e tudo bem.
Amar é ouvir, mas também é dizer “não” quando for preciso. Estar presente não é permitir tudo — é guiar com firmeza e afeto, dar estrutura, ensinar responsabilidade, respeito e empatia.
Limites saudáveis não machucam: eles protegem, educam e criam segurança. Uma criança sem limites se sente perdida; uma criança com regras claras e coerentes aprende a confiar e a crescer.
Não se trata de estar o tempo todo, mas de fazer valer o tempo que se tem. Dez minutos de presença verdadeira, escuta sincera e orientação com amor valem mais do que dias de convivência superficial.
Porque, no fim, os filhos crescem. E o que permanece não é o que demos a eles — mas o quanto estivemos com eles, os ouvimos e os guiamos com amor.