17/10/2019
A avó materna
Chave para entender a transferência de informações e programas que carregamos inconscientemente durante toda vida.
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Quando nossas avós estavam grávidas de nossas mães, o feto em formação já carregava os dois ovários que continham os óvulos com os quais ela iria se desenvolver. Um destes óvulos tem seu nome.
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Este pequeno óvulo que está nos ovários de sua mãe, dentro do ventre de sua avó, recebe todos os impactos emocionais que ela vivencia.
Nossas mães, como feto, e nós, como óvulos, estamos sujeitos a toda sorte de experiências traumáticas vividas por nossa avó materna.
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Esta é a essência do processo de transferência de informações.
Estes impactos emocionais estão relacionados à forma como foram vividas estas experiências, ex: se a gravidez foi desejada, se sentia-se protegida, se havia suspeita de traição, se havia ninho, etc.
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É importante ressaltar que as experiências em si, são neutras apesar de sua carga de dramaticidade. O que é decisivo neste caso é a forma como cada um vê e experimenta cada circunstância. ⠀⠀
Ex: se eu acho que estou sendo traído, meu inconsciente não quer saber se é verdade ou não, vive como real e ponto. Se meu marido passa o dia todo trabalhando, posso viver esta situação como desproteção ou mesmo abandono.
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Que necessidades biológicas não estavam cobertas pela avó no sentido de sobrevivência, proteção, valorização pessoal e de relacionamentos interpessoais?
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Todas estas informações e muitas outras ficam gravadas em forma de engramas em cada célula do feto, das quais uma é você. É conhecido como memória celular.
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Algumas vezes escutamos falar que a genética salta uma geração, aí está a explicação.
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E por que a avó e não o avô?
Porque os espermatozóides se renovam a cada dia, ao contrário dos óvulos que permanecem os mesmos durante toda a vida adulta. Além disso, os óvulos carregam um tipo de informação que não está presente nos espermatozóides, o DNA mitocondrial.
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✍🏽 Carlos Viega