17/06/2025
A infância é, em teoria, uma fase marcada pela leveza, brincadeiras e descobertas. No entanto, muitas crianças enfrentam um desafio silencioso e por vezes invisível: a ansiedade. Assim como os adultos, crianças também podem experimentar preocupações excessivas, medos intensos e sintomas físicos ligados à ansiedade.
É natural que os pequenos sintam medo do escuro, do primeiro dia de aula ou de se afastar dos pais. Esses sentimentos fazem parte do desenvolvimento emocional. Porém, quando essas emoções se tornam persistentes e interferem nas atividades rotineiras, é hora de prestar atenção.
Os sinais de ansiedade na infância podem variar. Algumas crianças ficam mais agitadas, outras se retraem. Queixas frequentes de dor de cabeça, dor de barriga, dificuldade de concentração, insônia e ataques de choro podem ser manifestações do sofrimento emocional. Em alguns casos, a criança evita situações específicas, como ir à escola ou socializar com outras pessoas e/ou outras crianças.
As causas da ansiedade infantil podem envolver diversos fatores, como, experiências traumáticas, mudanças na rotina (como divórcio dos pais, mudança de escola, perda de alguém próximo), excesso de cobranças ou até exposição constante à notícias estressantes. Em um mundo cada vez mais acelerado, com agendas lotadas e estímulos constantes, é essencial que pais e cuidadores estejam atentos ao bem-estar emocional das crianças.
O apoio da família é fundamental. Ouvir sem julgamento, acolher os sentimentos e oferecer segurança emocional são atitudes que fazem toda a diferença. Em muitos casos, a ajuda profissional pode ser necessária para orientar a criança e seus responsáveis a lidar com a ansiedade de forma saudável.
Falar sobre ansiedade na infância é um passo importante para quebrar o tabu e garantir que as crianças cresçam emocionalmente saudáveis, com espaço para sentir, entender e expressar suas emoções.