04/07/2024
Durante a gestação, o útero oferece uma estrutura segura e delimitada, proporcionando contenção física e suporte emocional, essenciais para o desenvolvimento inicial. Ao nascer, essa barreira física se dissipa, e os corpos dos cuidadores, associados ao ambiente, passam a desempenhar esse papel, criando um ambiente seguro para a criança aprender a confiança. A teoria do apego de John Bowlby sublinha a importância de figuras parentais consistentes e de limites claros para o desenvolvimento de um apego seguro. Crianças em ambientes previsíveis tendem a desenvolver segurança e confiança, facilitando sua exploração do mundo. Donald Winnicott, em sua teoria psicanalítica, introduz o conceito de “holding environment”, um espaço psicológico seguro criado pelos pais ou cuidadores. Este ambiente é crucial para o desenvolvimento de um indivíduo coeso e resiliente. Limites claros e consistentes são essenciais, ajudando a criança a entender expectativas e a desenvolver autocontrole necessário para um desenvolvimento emocional saudável. Diana Baumrind, em sua pesquisa sobre estilos parentais, destaca o “autoritarismo democrático”, a combinação de altos níveis de responsividade e expectativas claras. Este estilo, que equilibra firmeza e carinho, é associado a melhores resultados emocionais e sociais, promovendo autoestima elevada, melhor autocontrole e habilidades sociais aprimoradas. Crianças podem ser facilmente sobrecarregadas por estímulos excessivos ou inconsistentes. Dunn sugere que ambientes estruturados e previsíveis ajudam as crianças a processar estímulos de forma mais eficiente, reduzindo o estresse e promovendo um desenvolvimento saudável. Não exite: ajude seu filho a reconhecer seus limites, coloque previsibilidade e constância na rotina, dessa forma você contribui para uma criança que se autorregula emocionalmente, e se torna um adulto capaz e seguro em todos os sentidos.