31/07/2025
Hoje é o Dia do Orgasmo, e talvez pareça estranho falar sobre parto nesse dia, mas é justamente por isso que quero abrir essa conversa. Quero falar sobre PARTO ORGÁSMICO — um tema que poucas mulheres conhecem, um tabu que precisa ser quebrado.
Se você está gestante, talvez nunca tenha ouvido falar sobre isso. Talvez tenha aprendido que o parto é dor, sofrimento, punição. Que é um momento bruto, difícil, feito pra aguentar calada. Mas e se eu te disser que o parto é também um evento sexual? Que ele pode envolver prazer? Que é regido por hormônios que atuam quando a gente faz amor/sexo/se toca/goza? Que o ambiente, o toque, o cheiro, o som, tudo isso influencia? Eu sei, parece distante. Mas isso existe. E é uma possibilidade real.
Às vezes é difícil falar sobre parto orgásmico quando a gente percebe que a grande maioria das mulheres nunca viu sua v***a, não conhece seu clitóris, nunca se tocou com curiosidade, nunca explorou seu corpo com liberdade. Muitas nunca sentiram um orgasmo e carregam culpa, vergonha, medo. Porque nos ensinaram que nosso corpo é sujo, vulgar, perigoso. Ele é para servir ao outro e não sentir. Que proteger o corpo é fechar as pernas, esconder o peito, sufocar o desejo. Não sentir tesão. Essa construção, que começa na infância, molda o quanto sentimos — ou deixamos de sentir.
Mas a verdade é que nosso corpo é potente. O mesmo corpo que sente desejo, que goza, que pulsa, é o corpo que pare. Que abre, que escorre, que sua, que geme, que grita, que urra, que vibra. Que libera ocitocina — hormônio do amor, do vínculo, do prazer — e se entrega em estado ancestral de consciência. Por que isso seria vergonha? Por que seria sujo? Por que seria errado?
O parto, biologicamente, é um evento sexual. Envolve os mesmos hormônios do orgasmo, do prazer, da excitação. Depende de segurança, entrega, presença, conexão. E sim, em alguns casos, pode acontecer um orgasmo — espontâneo ou provocado. O clitóris está ali, ativo, com +10mil terminações nervosas extremamente sensíveis. O toque nele, inclusive, pode aliviar a dor, liberar mais ocitocina, ajudar o bebê a nascer. Mas quem fala sobre isso? Eu!
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