16/05/2024
Posted • Pesquisas recentes publicadas em The Lancet revelam que mais de 1 bilhão de indivíduos vivem com obesidade, o que equivale a um em cada oito pessoas em todo o mundo.
Ao analisar dados de 197 países entre 1990 e 2022, o estudo destaca mudanças significativas nos padrões nutricionais globais e nos sistemas alimentares. Durante as últimas três décadas, a prevalência da obesidade mais que dobrou entre adultos e quadruplicou entre crianças e adolescentes com idades entre 5 e 19 anos.
A obesidade vai além da estética; é um desafio de saúde complexo com repercussões em diversos órgãos e sistemas do nosso corpo. Está associada a mais de 200 comorbidades, incluindo doenças cardiovasculares e diversos tipos de câncer, representando assim um sério problema de saúde pública. Além disso, é responsável por mais de 5 milhões de mortes anualmente devido a condições crônicas não transmissíveis (CCNTs).
Então, por que as taxas de obesidade estão disparando? A resposta está em uma combinação de fatores sociais, econômicos e tecnológicos que transformaram nossos sistemas alimentares e padrões de consumo. O aumento da renda global resultou em maior gasto com alimentos, enquanto a mudança para alimentos processados e ultraprocessados contribuiu para um aumento na ingestão calórica e, consequentemente, no ganho de peso.
Lidar com a obesidade demanda uma abordagem abrangente. Estratégias de prevenção e manejo, como a promoção de dietas saudáveis nos sistemas de saúde, atividade física regular, acesso adequado aos cuidados de saúde, melhorias na rotulagem de alimentos, são essenciais. Além disso, é urgente investir em educação e conscientização, principalmente entre as gerações mais jovens e as comunidades mais vulneráveis.
.andrea.nutrologia .a.schiavon