Psicóloga Sidinéia R. Balansin

Psicóloga Sidinéia R. Balansin Saúde Mental, Comportamento Humano, Psicoterapia Clínica.

13/08/2022

Muitos pais tentaram limitar o tempo e a quantidade de contato físico que permitem aos filhos nesse sentido, acreditando que a educação dos filhos é destrutiva.

O PODER DO INCONSCIENTE: NA METÁFORA DO ICEBERGNa sala de espera, enquanto o casal Aurora e Augusto aguardavam à consult...
16/07/2022

O PODER DO INCONSCIENTE: NA METÁFORA DO ICEBERG

Na sala de espera, enquanto o casal Aurora e Augusto aguardavam à consulta, o pequeno Julinho, de dez anos, debruçado no colo da mãe, chorava aos prantos:

− Mamãe, não quero entrar naquele consultório! Tenho medo daquele velho!

− Mas você não o conhece, filho! Como é que você vai ter medo dele?

− A mãe do Ricardinho disse que psicólogo é para os loucos, desocupados e carentes!

− Júlio César de Albuquerque Holanda, não coloque minhocas na sua cabeça através da falta de conhecimento de terceiros! − pronunciava a mãe, com o semblante sério, chamando-lhe logo pelo nome completo − Você terá que contar, a ele, sobre seus terríveis pesadelos que não nos deixa dormir lá em casa. É sempre aquela mesma história: "Mãe, posso dormir com vocês? Estou com medo!".

Augusto, percebendo a inquietude daquela criança, resolveu também ajudá-la:

− Ei, campeão! Como vai? Eu e minha esposa aqui também iremos entrar no consultório daqui a pouco, antes de você! Quer que eu te conte uma história bem legal?

− Simmmmmmm... − Já curioso pela história, o pequeno Julinho se exaltava no colo da mãe descendo ao chão.

Apontando para a parede da sala, Augusto pergunta-lhe:

− Está vendo aquele quadro pendurado na parede?

− Sim!

− Aproxime-se mais dele, e depois retorne para cá! − Julinho foi em direção ao centro da sala. Juliana, a mãe do menino, sorria e agradava-se com o gesto pedagógico de Augusto para com seu filho.

− Então, o que você viu naquele quadro?

− Eu vi a ponta de um gelo enorme sobre a água!

− Só isso?

− Sim!

− Então, é simplesmente isso que o doutor lá dentro quer lhe ajudar a descobrir! À primeira vista, só vemos a ponta daquele iceberg, no qual você o chamou de "gelo enorme". Mas há algo embaixo dele que não dá pra ver na claridade, na luz lá de cima. Por exemplo, seus sonhos, ou melhor, seus pesadelos. Eles têm um porquê de existirem. Por isso, que não tenha medo de contá-los ao doutor. Ele está ali dentro do consultório, para tentar te ajudar! Tudo bem?

− Tudo bem! Estou mais tranquilo, agora!

− E você gosta de tomar sorvete?

− Sim, adoro!

− Quais sabores você prefere?

− Gosto de chocolate, baunilha, morango, açaí... são tantos!

− E desses aí, você tem algum favorito?

− Baunilha! É o meu predileto!

− Acredito que baunilha você deixa por cima da taça! Isso?

− Sim!

− E quais os outros sabores que você coloca por baixo?

− Baunilha primeiro; chocolate em segundo; morango em terceiro; e, por último, abacaxi, que não havia falado!

− E você é daqueles que devoram as camadas num instante?

− Eu vou tomando aos poucos, por pena de acabar, até chegar na parte que eu não gosto tanto!

− Interessante, garoto! Já eu coloco as camadas por baixo, e deixo os sabores que eu não gosto tanto por cima! Olha: eu prometo que, quando você terminar de conversar com o psicólogo lá dentro, iremos tomar um belo sorvete! Tudo bem, mãe?

− Sim, tudo bem! E agradeço pela assistência! − respondia Juliana, que só agora havia reparado que a esposa de Augusto usava óculos preto, e não os tirara nenhum segundo sequer. Só depois, num canto mais afastado, Augusto explicou que eles haviam perdido o bebê há pouco tempo, e estavam de luto.

Após o consultório, promessa cumprida: Júlio empanturrou-se de sorvete com o seu mais novo amigo Augusto. Enquanto isso, Juliana tentava puxar assunto com Aurora, esposa de Augusto, que, por coincidência ou não, fazia aniversário em pleno mês de: Agosto!!

(Carlos André)



Conto literário temático do mês de: Julho 2022.

Tema: Psicanálise e a Interpretação do Inconsciente.

Imagem da ilustração do conto: Getty Images.

15/07/2022

A Comissão Organizadora da 34ª Festa do Colono e do Motorista de Sulina comunica aos interessados que a entrega de carne crua será realizada no sábado, dia 23 de julho, das 14 às 17:30 horas, e no domingo dia 24 de julho, das 09 às 17 horas, na Sala de Carnes ao lado das churrasqueiras do Centro de Eventos.

15/07/2022

Em 13 de julho celebram-se os 32 anos de promulgação do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), uma importante legislação que estabelece parâmetros de proteção integral e o reconhecimento deste público enquanto sujeitos de direitos.

Considerando a infância e adolescência como especiais fases de desenvolvimento, é fundamental que desenvolvamos condições dignas de vida, de saúde, alimentação, educação, esporte, lazer e cultura, respeito, liberdade e convivência familiar e comunitária a todas as crianças, com suas pluralidades de marcadores. Uma sociedade pautada no cuidado e na proteção a este público é uma sociedade mais justa e saudável para todas as pessoas.

Desta forma, reafirmamos a responsabilidade da Psicologia com a defesa do ECA como dispositivo de proteção das infâncias, que respalda a nossa prática profissional e orienta nosso compromisso social.

Acesse aqui Cadernos e Referências Técnicas do Sistema Conselhos para trabalho psicológico junto a crianças e adolescentes em diferentes contextos: https://bit.ly/3z3Njfu

Descrição da imagem: Sobre fundo branco, lê-se ao centro: Uma sociedade boa para crianças é boa pata todas as pessoas - ECA 32 anos. Nas margens, estão diversos desenhos infantis. Abaixo, logo do CRP-PR.

25/11/2021

Pequenos cortes pelo corpo e a tentativa de escondê-los dos pais são os principais sintomas da automutilação, ou cutting, que é reconhecida como um transtorno mental desde 2013, segundo a psiquiatra.

O mais importante é reconhecê-la como um transtorno mental que precisa de atenção e cuidado, por meio de avaliação psiquiátrica. Em casa, o apoio da família é essencial. Os pais não devem dar bronca ao perceber os cortes ou tratar o ato como travessura, mas sim oferecer conforto e compreensão. A família precisa entender que é um problema e que existe tratamento.

O cutting não tem como objetivo chamar a atenção, mas é usado como um escape para aliviar a tensão. Quem o pratica não quer que os pais saibam, porque quer continuar usando esse “analgésico” para dor emocional.

As principais características do transtorno, que normalmente começa em torno dos 13 anos de idade, são pequenos cortes superficiais feitos pelo próprio adolescente, em locais do corpo que possam f**ar escondidos sob a roupa, sendo os braços o local mais comum.

A automutilação é diferente da tentativa de suicídio; a pessoa se corta mas sabe que não vai morrer por causa disso. A motivação referida pelos pacientes é que eles se cortam para aliviar uma sensação ruim. Sensação de vazio, angústia, raiva de si mesmo, tristeza com ou sem motivo e até para relaxar são outros motivos apontados.

A automutilação muitas vezes está relacionada a outros problemas psicológicos, como depressão, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e transtornos alimentares. Até a influência da mídia pode iniciar um episódio de cutting, porque o adolescente f**a sabendo que a prática existe por meio de filmes, seriados ou em vídeos na internet. A adolescência é uma fase de experimentação, de modo que ver alguém se cortando pode ser suficiente para fazer também, seguir como se fosse uma “moda”, diz.

Nem todo adolescente que tenta o cutting uma vez vai continuar praticando. A pessoa só sente o alívio ao se cortar se já tem uma situação de estresse prévia; caso contrário, só sente dor. Se o paciente está em condição psicológica normal, ele não repete mais.

O transtorno também pode se manifestar sem a necessidade de influência externa. Em um acesso de raiva, o adolescente se machuca, se fere sem querer com algum objeto e percebe que, com a dor física, ele sente algum alívio. Em pacientes que praticam por períodos longos, um ano ou mais, pode acontecer de se cortarem em momentos de tristeza e também de euforia. É como um vício, e a pessoa pode sentir a necessidade de se machucar mesmo sem estar passando por problema algum.

Mas, afinal, o que é a automutilação?

Seja cortes por meio de lâminas, facas e estiletes, ou queimaduras feitas por pontas de ci****os ou até perfurações feitas com agulhas, alfinetes e canetas, a automutilação consiste em machucar a si mesmo. Em geral, estão são associados a transtornos de personalidade, como o Borderline – distúbio mental caracterizado por instabilidade emocional e comportamental. Também são encontrados em quadros psicóticos, como a esquizofrenia, psicoses, intoxicação por dr**as ou autismo.

A prática é feita, geralmente, em segredo e em lugares familiares, em que as pessoas se sentem seguras e confortáveis, tais como o próprio quarto, banheiro ou escritório. Existem outros tipos de automutilação, como as auto-agressões com objetivos diros como martelos de amassar carne ou então ajoelhar-se no milho.Os casos mais graves apresentam tipos mais visíveis, como cabeçadas na parede ou chão, socos na parede, cortes com tesouras.

A lâmina é o instrumento mais utilizado pelos jovens entrevistados para se cortar. Muitos deles afirmam também que pegam qualquer objeto cortante para praticar a automutilação.

Os sintomas de automutilação incluem o uso de roupas largas e mangas compridas, mesmo no tempo sufocante. A necessidade de privacidade nestes indivíduos é muito maior e também mostrar sinais de depressão.

As causas de automutilação

Embora não existam regras quanto à razão pela qual alguém faz automutilação, algumas das teorias que foram propostas são:

Automutilação serve como uma saída para fortes emoções
negativas como vergonha, culpa e raiva, especialmente nos casos em que o indivíduo tem medo de expressar seus sentimentos em relação a outros.

Muitas pessoas têm relatado que a automutilação ajudou a aliviar a tensão insuportável ou ansiedade.

Mesmo as pessoas adotam isso quando a raiva de outra pessoa para si está indo.

Algumas pessoas usam a automutilação como um mecanismo para atrair a atenção ou assistência indireta.

Alguns cientistas acreditam que um problema com o sistema de serotonina do cérebro pode derrubar algumas pessoas na auto-mutilação, o que os torna mais agressivo e impulsivo do que outros. Os danos a si próprio faz com que o cérebro para libertar endorfinas que reduzem os níveis de stress, mas um círculo vicioso começa mesmo o corpo da pessoa que aumenta o seu desejo de endorfinas.

Apesar de diminuir ou até desaparecer com o tempo, a automutilação pode ocorrer em adultos. É um transtorno que tem idade para começar mas não para acabar. Tende a diminuir depois dos 20 anos, mas, se não tratado, pode continuar ao longo da vida. E se o prejuízo social já é grande quando ocorre na adolescência, na vida adulta pode ser ainda pior.

O tratamento para a auto-mutilação
O maior perigo é que ela tende a tornar-se um comportamento viciante que é muito difícil de parar. A assistência de um profissional qualif**ado é quase sempre uma necessidade. Algumas das formas iniciais do tratamento que o indivíduo pode começar com a terapêutica são:
Técnicas de auto-relaxamento pode ser usado para reduzir a tensão e estresse que o indivíduo sente um incidente de automutilação.
A terapia de grupo é uma ótima maneira de reduzir a culpa ou vergonha que conduz à automutilação, uma vez que ajuda o indivíduo a expressar seus temores entre as pessoas que sentem o mesmo.
A terapia familiar também é importante porque pode ajudar a resolver todos os problemas relacionados com o stress da família, junto com todos os membros da família ajuda-lo a entender e se comunicar uns com os outros diretamente.

Prognóstico e prevenção
A presença e severidade de outros distúrbios emocionais, história de abuso sexual e tentativas de suicídio afeta muito o prognóstico de auto-mutilação. Foi observado que os casos em que o abuso foi mínimo ou ausente constatou-se um melhor prognóstico, enquanto os pacientes que tentaram suicídio ou diagnosticados com transtorno de personalidade borderline apresentam pior prognóstico. É muito triste ver que os fatores que podem ajudar a reduzir os casos de automutilação estão, geralmente, fora do controle . Com o alto índice de abuso sexual que vemos em nossas crianças, não é surpreendente ver um aumento alarmante nos casos de automutilação.

O acompanhamento psicológico, no entanto, tem papel fundamental no tratamento da automutilação. A psicoterapia ajuda o paciente a entender os sentimentos pelos quais passa e como se posicionar perante eles.Cabe ao profissional investigar sua dinâmica psíquica, suas relações afetivas, seus vínculos parentais e as pressões emocionais a que o sujeito está submetido.

O tratamento psicoterapêutico ajuda a dar nomes aos sentimentos, investiga o surgimento deles, procura entender a relação do sujeito com o mundo frente a esses sentimentos e o motivo de a pessoa manter tal comportamento.

27/08/2021

Neste 27 de agosto, Dia da Psicologia, queremos celebrar a diversidade, as muitas cores que compõem as muitas Psicologias e as pessoas que as constroem todos os dias. Seria impossível resumir a Psicologia a uma só área de atuação, a uma só abordagem, da mesma forma que é impossível resumir as pessoas a um só gênero, etnia, cultura, idioma, subjetividade. Isso vale para as pessoas que chegam até nós nos mais diversos espaços em que atuamos, mas também para nós, profissionais.

A campanha “Psicologias de todas as cores” é um convite às reflexões. Tomamos a multiplicidade de tons e matizes como ilustração das diversidades que precisamos reconhecer em nossa atuação: as diversas possibilidades de existência e manifestações da sexualidade, das relações raciais, das trajetórias de vida, origem e migração dos sujeitos e grupos. Também as várias experiências de subjetividade e de sofrimentos, que não devem ser patologizadas nem estigmatizadas.

Reconhecer-se em cores é também admitir potências e limitações, em contraposição a uma suposta (e impossível) neutralidade homogeneizante. Nesta direção, as Psicologias, sabendo-se multicoloridas, permitem-se o encontro com outros saberes, conhecimentos e epistemologias para a produção do bem-viver.

Nossas reflexões começaram lá em julho, quando lançamos a Revista Contato com uma reportagem especial, que ouviu Psicólogas e Psicólogos que atuam em diversos âmbitos sobre temas como as relações étnico-raciais, migrações, diversidade sexual e de gêneros, despatologização das vivências, além das multiplicidades de epistemologias e a importância de a Psicologia intercambiar conhecimentos com outras áreas de estudo.

Estas e estes profissionais ampliaram o debate em duas lives, promovidas nos dias 9 e 20 de agosto, e agora disponíveis em nosso canal do YouTube.

O debate, obviamente, não se encerra aqui. Lançamos as reflexões para que você, profissional da Psicologia ou de qualquer outra área, possa levar para frente, debater, para que cada vez mais as Psicologias sejam de todas as cores!

Acesse os materiais disponíveis nos links abaixo, compartilhe este post, comente! Vamos seguir construindo as Psicologias de Todas as Cores?

>> Links para conteúdos
Revista Contato: https://bit.ly/3hcSMHE
Live “Psicologia de todas as cores: racismo, migração e sexualidade”: https://bit.ly/3jjObVb
Live “Psicologia de todas as cores: despatologização e interdisciplinaridade”: https://bit.ly/2WrVhOm

Descrição da imagem: Aquarela com tintas rosa, azul, verde e amarela espalhadas sobre fundo branco, formando diversos tons. Sobre a imagem, centralizado em letras brancas, está o texto: 27 de agosto | Dia da Psicologia de todas as cores. O logo do CRP-PR está no canto inferior direito.

Endereço

Sulina, PR
85565-000

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