Simone Siqueira - Psicóloga Clínica

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Ajudo pessoas a entenderem seus sentimentos frente a uma situação de luto, depressão e ansiedade
Formada pela Universidade Mackenzie e com pós-graduação em Gestão de Pessoas.

O Natal amplia a nossa dor e coloca um holofote na nossa saudade. Percebia que a proximidade do Natal era inversamente p...
20/12/2023

O Natal amplia a nossa dor e coloca um holofote na nossa saudade. Percebia que a proximidade do Natal era inversamente proporcional ao que sentia: os dias em contagem regressiva e a minha saudade em contagem progressiva. Combinei comigo mesmo: esse mês também vai passar.

Não queria fazer nada para o Natal, não me sentia preparada. Não conseguia pensar em acessar memórias ainda dolorosas. Impossível me ver comprando as balinhas de café (as preferidas da mãe) para enfeitar a minha árvore de Natal. Não conseguia.

Até que essa semana, por algum motivo que não sei explicar, pensei: “Será que no céu tem Natal?” Eu realmente não sei a resposta, mas naquele momento, me confortou pensar que sim. Como filha, gosto de imaginar minha mãe lá no céu, curtindo essa época com sua família que há anos não via, abraçava, ouvia. Como filha, me encoraja supor que minha mãe está rodeada de amor e união – o verdadeiro clima de Natal.

Não sei como seria um Natal no céu, mas consigo ver minha mãe feliz e lembrando o que viveu conosco e tudo que lhe falei nos dias que antecederam a sua morte. Ela conhece a sua família e sabe que estamos enfrentando a sua ausência da melhor forma possível.

Assim, decidi fazer adaptações sobre o meu Natal: resolvi que cozinharei o último prato que minha mãe saboreou no seu último Natal conosco e outro completamente novo e nunca feito por mim ou por ela. Ainda não tive forças para decorar a casa para o Natal e também não comprei as balinhas de café, mas as mudanças que me permiti fazer, me deixaram em paz.

A poesia de Cecilia Meirelles chamada “Na Ilha do Nanja” tem o seguinte trecho: “Os mortos vêm cantar com os vivos, nas grandes festas, porque Deus imortaliza, reúne, e faz deste mundo e de todos os outros uma coisa só”.

Esse trecho me dá a permissão de imaginar que no Natal, posso me conectar ainda mais com a minha mãe. Posso acreditar que neste dia, ela estará de mãos dadas com seus pais e ao meu lado. Posso sentir que o amor nos conecta mesmo vivendo em mundos diferentes.

Eu realmente não sei se existe Natal no céu, mas por aqui, viverei esse dia com saudade, amor e honrando cada Natal que vivi com minha mãe.

Uma filha enlutada

A saudade chega quando eu sei (ou penso saber) que algo me fará lembrar de você. Mas a saudade também invade quando eu m...
11/10/2023

A saudade chega quando eu sei (ou penso saber) que algo me fará lembrar de você. Mas a saudade também invade quando eu menos espero.

A saudade chega quando lembro da gente passeando.

Ou quando relembro da sua enorme alegria de viver e da gargalhada contagiante.

A saudade chega quando percebo que, atualmente, você não está mais aqui para rezar por mim. Era tão bom saber que até nisso, eu tinha a sua proteção. Mas e agora?

A saudade se apresenta quando identifico que não mais ouvirei o seu “eu te amo”.

A saudade é companhia quando percebo que não tenho mais a quem recorrer quando o meu coração aperta e que nesses momentos, eu recebia um beijo na minha testa, suas mãos enxugavam as lágrimas do meu rosto, ganhava o seu abraço e ouvia você me dizer: “vai f**ar tudo bem”.

A saudade invade por não estarmos mais juntas; trocando confidências, falando de receitas, da vida, do tempo, da casa.

A saudade envolve quando estou trabalhando e lembro você comentando: você ama o que faz, não é?

A saudade abraça quando percebo o quanto de você está em mim: no meu jeito de ser, de ver o mundo, nas minhas manias, de gostar de café, de ser mais emotiva.

A saudade aflora quando no sonho, você questiona quem f**ará com os seus óculos (e desde então, estou me fortalecendo para começar a mexer nos seus pertences).

A saudade chega quando, diariamente vivo e revivo a nossa história. Mas a saudade também invade, quando percebo que nunca fiquei tanto tempo longe de você, que o futuro é uma incógnita e que no momento, pensar no futuro é algo ainda doloroso.

Planos e sonhos foram suspensos. Vivo o hoje. E o hoje é sempre repleto de saudade.



💔

Eu posso afirmar categoricamente, que você, em algum momento do seu processo do luto, já ouviu essa frase. Uma afirmação...
05/10/2023

Eu posso afirmar categoricamente, que você, em algum momento do seu processo do luto, já ouviu essa frase. Uma afirmação feita por uma pessoa próxima ou não, que diante das incertezas da morte, da impossibilidade de “curar” a dor do enlutado ou da impotência de acabar com o luto, profetiza: “seja forte” e tudo f**ará bem.

A perda da pessoa amada faz o enlutado ultrapassar uma porta que não tem mais como ser aberta. Uma porta que coloca um fim no mundo que existia antes da perda. A partir desse momento, cada minuto exigirá do enlutado que ele seja forte - do minuto da notícia da perda até o momento que o enlutado esta agora.
Se você já ouviu “você precisa ser forte”, talvez um completo desânimo consumiu seu ser. E muito provavelmente você quis refutar, quis contra-argumentar, mas preferiu calar-se, assentiu com a cabeça e começou a procurar uma forma de sair daquela conversa.

E isso não representa que você não esteja sendo forte - ao contrário - você está selecionando, priorizando o que vale e o que não vale a pena o seu esforço. Talvez entrar nessa conversa seja desgastante demais, pois ainda está resolvendo pendências, organizando pertences, enfrentando as ausências diárias, entendendo a bagunça instaurada no seu “novo” mundo. E enfrentar tudo isso já é ser forte.

Acredito que para o senso comum, o “você precisa ser forte” está muito associado a não expressar seus sentimentos, não falar da sua dor, não comentar da sua saudade. Talvez uma blindagem ou defesa daqueles que fazem esse tipo de comentário.
Mas vamos combinar: em que momento o enlutado não é forte? O luto exige muito de você: impôs uma realidade dolorosa, estremeceu sua vida por completa, exigiu uma capacidade de se redescobrir e você, gradativamente, está enfrentando esse novo mundo.

Entendo que ser forte possa ter interpretações distintas para quem fala e para quem ouve. Mas o verdadeiro signif**ado apenas o enlutado pode moldar.

Se você chegou até aqui, você é forte. E isso também inclui enfrentar a dor e o sofrimento da perda. A dor é para doer – não tem outro jeito. Ser forte não signif**a não sofrer, não chorar ou não sentir saudade. Ser forte é VIVER, mesmo que um dia de cada vez.

Mãe, hoje o dia amanheceu nublado. O céu cinza seria um reflexo de como me sinto desde a sua morte?Os dias estão mais le...
03/10/2023

Mãe, hoje o dia amanheceu nublado. O céu cinza seria um reflexo de como me sinto desde a sua morte?

Os dias estão mais lentos e compridos e a sensação é que passaram a ter 48 horas, mas também sinto que tudo está passando rápido demais. É tanta coisa acontecendo que parece que já se passaram muitos anos.

Ainda não tive coragem de mexer nas suas coisas, mas peguei as suas meias e as uso sempre. Também achei alguns panos de prato bordados pela senhora quando estava noiva do pai – tanto cuidado e zelo - guardei novamente.

Diariamente lembro e vivo tudo novamente; e confesso que quando a dor corrói a alma, busco dois momentos que acalmam o coração: o dia que, mesmo inconsciente, a senhora abriu os olhos, fixou o olhar em mim e disse “filha, eu vou f**ar bem”. E o outro momento aconteceu um dia antes da sua morte: a senhora estava com os olhos fechados, levantou o braço direito como que procurando algo, até que pousou a mão no meu rosto. Acho que foi enxugar as minhas lágrimas. F**amos assim um bom tempo, repetindo o que sempre fazíamos uma com outra. Horas depois, a senhora entrou em sedação.

Por mais difícil que seja viver a sua perda, sou grata por tudo que vivemos, sou grata por não estar mais sentindo dor, sou grata por ter acalmado meu coração, sou grata... Mas ainda estou na fase de sentir falta: do seu abraço, da sua voz, do seu sorriso, da sua mão na minha.

Com a sua morte, eu perdi minha mãe, amiga, confidente, companheira... eu perdi tanto, mas tanto...

A senhora moldou minha essência, me deu caminhos, apoiou decisões, me ensinou a amar, a pedir perdão, me mostrou que afeto se dá e se recebe e que pessoas entram e tantas outras saem da nossa vida. Para qualquer lugar que eu olhe, eu te encontro.

Eu espero que a senhora esteja orgulhosa de mim, do Cesar e do pai, pois estamos vivendo e enfrentando a saudade da melhor forma possível, mas continue a cuidar da gente.

E aqui faço a sua brincadeira preferida. Fiz essa brincadeira um dia antes da senhora entrar em estado inconsciente. Foi a última interação “consciente” que tive com a senhora. Então,:

Eu digo daqui: pan pa rã rã rã
A senhora diz daí: pã pã

Saudade mãe.

1 mês - durante esse tempo, a Lua deu uma volta completa ao redor da Terra. Olhando por essa perspectiva, a dimensão do ...
03/08/2023

1 mês - durante esse tempo, a Lua deu uma volta completa ao redor da Terra. Olhando por essa perspectiva, a dimensão do tempo parece grandioso. Esse movimento chama-se “revolução”.

Mas há exatamente 1 mês, eu vivia a perda da minha mãe. Eu me pego pensando o que é um mês quando vivemos num mundo marcado pela ausência de quem amamos.

Desde quando minha família recebeu o diagnóstico de Alzheimer da mãe, a morte chegou mais próxima de nós. Por 8 anos aprendemos a viver com uma doença neurodegenerativa, mas esses anos não foram um estágio para amenizar a dor da perda.

Sempre tive apoio do meu pai, irmão e de profissionais cuidadores, mas durante todo esse período, o meu maior medo era viver a fase avançada da doença e processo final da morte.

E há 1 mês esse dia chegou.

Na minha memória tenho registrado vários momentos de profundo carinho e afeto, mas também tenho marcada a pioria diária dela. Lembro da última vez que a vi lúcida; lembro do dia que ela não acordou mais; lembro das conversas que tive com ela durante esse período; lembro do dia que eu estava chorando profundamente, segurando sua mão e conversando em voz alta com ela e de repente ela abriu os olhos, procurou os meus e disse: “filha, eu vou f**ar bem” - essa foi a última vez que minha mãe falou. Depois disso, tive a oportunidade de dar o seu último banho, de falar o quanto eu a amava, de pedir perdão, de dizer que se ela quisesse ir, eu f**aria bem.

Tivemos o privilégio da mãe ter cuidados paliativos domiciliar com uma equipe incrível. Então ela morreu em casa, em seu quarto, cercada pelo meu pai, meu irmão e por mim. Vimos e sentimos ela se despedindo da vida.

Não vou mentir: não foi fácil... não é fácil. Mas por incrível que possa parecer e por ter vivido o processo ativo de morte dela, a cena que mais relembro é “filha, eu vou f**ar bem”.

No processo final, ela já sedada, seguimos o coração e continuamos ali, com ela e por ela.

Um mês... um tempo que a Lua deu a volta na Terra, mas para mim a vida continua bagunçada, e não mexi nos pertences dela, mas ao mesmo tempo eu vivi uma “revolução dentro e fora de mim.

Obrigada pelo carinho da família, amigos e seguidores.

Uma filha enlutada.

Texto lido por mim na cerimônia de despedida da minha mãe. E lá se foram 85 anos, 11 meses e 29 dias. Uma vida de altos ...
04/07/2023

Texto lido por mim na cerimônia de despedida da minha mãe.

E lá se foram 85 anos, 11 meses e 29 dias. Uma vida de altos e baixos. Mãe, esposa, filha, irmã, tia, amiga. Uma pessoa com uma personalidade marcante, com uma gargalhada tão única que preenchia todos os espaços da casa.

Gostava de uma bagunça, de uma boa piada, de se divertir, de viajar, de estar com pessoas e de bater perna.

Eu costumava dizer que se você quisesse se esconder da minha mãe, era só f**ar na casa dela.

Ela deu o melhor de si para cada um de nós. Não era perfeita – longe disso, mas era autentica, amorosa e sensível. Nesses últimos dias, percebi o quanto ela encantava até pessoas que não a conheceram nos seus melhores dias.

Uma guerreira e com sede de viver. Enfrentou a perda de tantas pessoas queridas, conviveu por 58 anos um uma doença neurológica crônica e 10 anos com marcapasso, mas nada tirava a sua alegria de viver.

Mas aí veio o Alzheimer e por 8 anos, deixou minha mãe diferente. A cada dia, uma nova pessoa se apresentava para nós.

Eu, particularmente, sempre, sempre e sempre acreditei que minha mãe, por nos amar tanto, sabia que seria difícil vivermos sem ela. E aí ela fez um combinado com Deus para que pudéssemos aprender, gradativamente, a viver sem ela.

Mas a doença a cansou e percebeu que estava na hora da sua partida. AVC, 18 dias e ela se foi. F**amos o tempo todo com ela e em casa. Ela nos brindou com deliciosas interações; apertava a nossa mão ou levantava o seu braço direito como que dizendo: estou ouvindo as histórias lindas e engraçadas que estão contando. Só está faltando o café do bule.

E pelos caminhos desconhecidos da vida, hoje é o seu aniversário de 86 anos e através de um amigo querido da família, recebi uma mensagem sobre esse dia; “hoje é o aniversário da sua mãe e ela recebeu um presente de Deus para que fosse comemorar esse dia na presença Dele. Hoje, ao invés de nós, humanos, estarmos comemorando o seu aniversário, nós a estamos devolvendo para Deus. Hoje a festa dela é no céu e não aqui conosco. Ela está celebrando o seu dia em grande estilo lá no céu e com Deus".

Sentiremos sua falta, mas também sentiremos o seu amor.
Filha, filho, marido

Hoje é um dia para reflexão sobre o luto. A palavra luto, do latim luctus, signif**a lástima, dor e mágoa. É um sentimen...
19/06/2023

Hoje é um dia para reflexão sobre o luto.

A palavra luto, do latim luctus, signif**a lástima, dor e mágoa. É um sentimento de profunda tristeza e marcada pela saudade constante do ente querido.

O luto é uma experiência particular e apenas o enlutado saberá falar sobre a sua dor, e sobre a sua saudade.

Somente o enlutado conseguirá identif**ar a dimensão do quanto a sua perda afetou a sua vida: uma vida antes e outra vida após a sua perda. O mundo mudou, o enlutado mudou, a vida mudou.

Mas esse dia também é uma forma de trazer uma reflexão mais ampla. É sempre bom frisar que o luto (e consequentemente o enlutado), precisa de espaço para ser expressado e compartilhado sem julgamentos. A dor precisa de colo e acolhimento. A dor precisa ser expressa da melhor forma que o enlutado conseguir. Mas quem está pronto para ouvir sobre luto?

Todo luto precisa ser observado com atenção, mas nem todo enlutado precisa de cuidado. Essa frase demostra o quanto é importante o luto ser validado, o quanto o enlutado precisa de apoio. Mas quem está pronto para validar e apoiar o enlutado?

Estar genuinamente com uma pessoa enlutada é respeitar os seus sentimentos e a sua narrativa. Cuidar do enlutado é estar junto durante a jornada do luto; é cuidar do enlutado e da sua família; é tolerar a sua própria impotência diante da morte, da dor latente do enlutado e estar presente nos dias de bons, mas principalmente, estar presente nos dias ruins do enlutado; é ser uma ponte de apoio quando o enlutado estiver construindo a sua “nova” vida.

O Dia Nacional do Luto nos mostra que precisamos estar presentes, num mundo de tantas ausências. O Dia Nacional do Luto nos mostra que ainda temos muito a aprender sobre a morte e o luto.

O Dia Nacional do Luto é para você parar e refletir:
- Como estou enfrentando e/ou enfrentarei o meu luto?
- Como auxilio e apoio o luto das pessoas que amo?
- O que eu sei sobre luto?

👉 Aqui você encontra conteúdo sobre luto, sempre de forma leve e acolhedora.

Quanto tempo dura um piscar de olhos? Talvez dezenas ou centenas de milésimos de segundo. O tempo exato eu não sei, mas ...
19/04/2023

Quanto tempo dura um piscar de olhos? Talvez dezenas ou centenas de milésimos de segundo. O tempo exato eu não sei, mas é assim que está marcado aquele momento. Num piscar de olhos, a minha vida mudou para sempre. Num piscar de olhos, você se foi. Num piscar de olhos, a dor se alojou dentro de mim.

E num dia qualquer, assistindo TV, pisquei os olhos de forma consciente e demorada (na tentativa de carregar as "minhas baterias") e ao abri-los me dei conta: num piscar de olhos, se passaram 365 dias da sua morte.

Sim, a data da sua morte está próxima, mas eu posso lembrar o luto agudo dos primeiros dias: a sensação de estar anestesiada, o entre e sai de pessoas em casa, as vozes ao fundo, pessoas preocupadas. São flashs que passam pela minha memória, mas nada estruturado e coordenado.

Lembro que tive dificuldades para me alimentar e dormir; não conseguia acompanhar explicações e conversas; meu corpo estranho: frio na barriga, boca seca, uma angústia com morada fixa na região do meu peito.

Além de muita vontade de chorar, eu oscilava em sentir raiva (de você, de Deus, do mundo e de mim), culpa, tristeza. Uma confusão de sentimentos.

A vida virou um caos: sair ou f**ar em casa era um grande esforço. Nada preenchia o vazio que sentia.

O luto agudo foi passando e fui sobrevivendo dia após dia. Enfrentei o meu aniversário sem você e senti falta de te abraçar no seu aniversário. Encarei as nossas datas importantes, feriados e “fui levando” quando chegaram as Festas de Final de Ano.

E assim, 365 dias se passaram sem você ao meu lado. São muitos dias sem você, mas ao mesmo tempo, parece que foi ontem. O tempo no luto realmente é algo estranho.

Meus dias ainda são de altos e baixos, mas já consigo sair para almoçar com amigas, estou pensando em estudar, mas ainda estou decidindo e estou planejando uma viagem. Eu sei que pode parecer que são pequenos progressos, mas é o que estou conseguindo fazer e estou satisfeita.

365 dias. Jamais pensei que poderia viver tantos dias sem você do meu lado.

Os primeiros 365 dias sem você: sobrevivi, encarei, enfrentei e vivi.

😢

Hoje é dia de celebrar a vida. A minha vida. Mas pensei vários dias se devia ou não registrar este dia aqui.Nunca fui de...
29/03/2023

Hoje é dia de celebrar a vida. A minha vida. Mas pensei vários dias se devia ou não registrar este dia aqui.

Nunca fui de comemorar meu aniversário e resgatando minhas memórias, lembro que desde criança foi assim.

Isso não signif**ava que a data passava em branco. Com festa ou não, eu sempre fui uma pessoa introspectiva e reservada e a data era um momento de olhar para o ciclo que estava sendo finalizado e vislumbrar o novo ano pessoal.

Mas eu sempre exigi muito de mim e isso me esgotou.

Quando olho para a Simone de um ano atrás e a de hoje, percebo que algo está tão imensamente diferente e ao mesmo tempo tão igual.

Estou feliz de estar aqui e identif**ar o quanto foi importante exercer a gentiliza e o acolhimento comigo mesma; que precisei me perdoar para seguir; que agarrei a coragem e a perseverança para buscar o que era inimaginável; que soltei as amarras para ser mais leve; que é humano ser imperfeita; que a minha história de escolhas, amores e perdas me fazem ser e estar aqui e que sou a melhor versão do posso ser hoje.

Há acontecimentos que podem mudar ou marcar a minha vida, mas desejo fortemente que minha essência me permita vivê-los da melhor forma possível. Que a força do viver seja conduzida por muitos sorrisos e que as lágrimas sejam cuidadas.

Hoje é o dia da intersecção: agradecer por tudo que vivi e ter coragem para continuar a sonhar e desejar coisas boas para mim e para todos que amo.

Viver é isso: Viver.

🌹Obrigada a minha família, amigos, pacientes e seguidores.

Beijo e abraço carinhosos.

Se você já me conhece ou se está chegando agora, te convido a sentar, pegar um café e vamos conversar. Sou Simone e aqui...
28/03/2023

Se você já me conhece ou se está chegando agora, te convido a sentar, pegar um café e vamos conversar.

Sou Simone e aqui retrato um pouquinho sobre mim, mas o objetivo principal sempre será abordar temas relacionados ao luto, ampliar a compreensão e desmitif**ar desse tema. O pilar do meu trabalho é possibilitar ao enlutado viver o luto com leveza e acolhimento.

Aqui sua participação é fundamental para que possa entender, trocar, tirar dúvidas, dividir, acolher. Vamos juntos?

🌹Se estiver procurando terapia ou quiser falar comigo, é só clicar no link da Bio. Será bom receber uma mensagem sua.

✅Novos projetos em breve. F**a aqui para não perder as novidades.

**aroluto 😢

A gente sabe que isso pode acontecer com qualquer um: comigo, com o outro ou com você. A morte chega e nos tira do prumo...
20/03/2023

A gente sabe que isso pode acontecer com qualquer um: comigo, com o outro ou com você. A morte chega e nos tira do prumo. Pode chegar de mansinho ou de forma abrupta.

Mas não estamos preparados para perdermos quem amamos. E quando entendemos o que está acontecendo, quando gradativamente vamos compreendo a enorme falta do ente querido, vamos nos dando conta: E agora? O que eu faço da minha vida sem você?

A vida f**a estranha. Tudo parece igual, mas estranhamente tudo f**a diferente. É a mesma casa, mas não é mais a mesma. É o mesmo programa de TV, mas também não faz mais sentido. É o mesmo tempero da comida, mas parece sem sabor. É o mesmo Sol brilhando lá fora, mas tudo parece sem brilho. É você se olhando no espelho, mas também não é mais você.

“Continuar a viver” requer um esforço que pode ser inimaginável. Será que vou ser feliz novamente? Será que é possível viver sem sentir tanta dor?

O luto é algo que marca a vida definitivamente.

Se o luto seguir seu percurso natural, uma nova vida vai sendo construída e a dor se fará presente, mas não assumirá e paralisará a vida do enlutado. É possível pensar em “pequenos futuros”.

Será que nunca mais serei feliz novamente” dá a sensação de algo impossível de ser alcançado. É desanimador e desesperador pensar no futuro.

Mas e se o pensamento fosse: Será que eu poderia ser feliz por algumas horas se eu encontrasse amigos/familiares? Se eu me matriculasse num curso que sempre tive vontade de fazer? Se começasse a voltar a cuidar de mim? Se agendasse a viagem do sonho e que nunca tive oportunidade de fazer? Se participasse de um grupo de estudo na igreja ou de algo do meu interesse?

Seria possível escolher “uma” atividade para ser feita e por minutos ou talvez horas, fosse possível deixar a dor um pouquinho adormecida?

Um pequeno passo essa semana. Um outro passo semana que vem. Um olhar mais distante para o mês que vem e assim sucessivamente. Os pequenos passos também percorrem uma jornada longa.

Vamos lá: nas condições que você tem hoje, o que é possível fazer para construir o seu “pequeno futuro” nessa semana ou na outra?

Endereço

Taboão Da Serra, SP

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