Instituto Círculo Psicanalítico de Brasília

Instituto Círculo Psicanalítico de Brasília Todo sonho é expressão de desejo...

"Ele (o sonho) é incapaz de fazer qualquer coisa que não se

Por que o abandono dói tanto?Do ponto de vista psicanalítico, a dor do abandono toca uma ferida originária: a do desampa...
03/11/2025

Por que o abandono dói tanto?

Do ponto de vista psicanalítico, a dor do abandono toca uma ferida originária: a do desamparo. Freud já nos lembrava que o ser humano nasce absolutamente dependente — o bebê precisa do outro não apenas para sobreviver, mas para existir simbolicamente. É no cuidado, no olhar e na presença do outro que o eu se constitui. Por isso, cada experiência de perda reativa algo muito mais antigo: o medo de deixar de ser amado, de desaparecer do campo do desejo do outro.

O abandono fere o eu porque o confronta com sua falta de controle sobre o amor e o desejo. Ele desmascara a ilusão narcísica de que é possível ser indispensável, de que se pode garantir o lugar no coração do outro. Quando o outro vai embora, o sujeito se depara com o vazio de não saber quem é sem esse olhar que o sustentava.

Leia mais em: https://icpb.com.br/publicacoes/175/Por-que-o-abandono-doi-tanto





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A busca compulsiva por aprovaçãoA necessidade de aprovação não nasce na vida adulta — ela é herdeira das primeiras relaç...
30/10/2025

A busca compulsiva por aprovação

A necessidade de aprovação não nasce na vida adulta — ela é herdeira das primeiras relações com aqueles de quem dependíamos para existir. O bebê não busca apenas alimento, mas reconhecimento: é no olhar do Outro que ele encontra a confirmação de que é alguém. A partir desse olhar, constitui-se o eu. Quando esse espelho primário falha, torna-se difícil sustentar o próprio valor sem recorrer constantemente ao julgamento externo.

Na psicanálise, a busca compulsiva por aprovação pode ser vista como um sintoma que tenta reparar uma falta narcísica fundamental: a dificuldade de acreditar na própria consistência subjetiva. O sujeito não deseja apenas ser amado, mas ser validado — precisa ouvir do outro aquilo que não consegue afirmar de si. Nessa lógica, o desejo se desloca: não é mais “quero isso”, mas “quero que me queiram”.

Leia mais em: https://icpb.com.br/publicacoes/174/A-busca-compulsiva-por-aprovacao





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Conceitos freudianos revisitados no século XXIMais de um século se passou desde que Freud inaugurou a psicanálise, mas s...
28/10/2025

Conceitos freudianos revisitados no século XXI

Mais de um século se passou desde que Freud inaugurou a psicanálise, mas suas formulações continuam pulsando — não como verdades fixas, e sim como chaves de leitura que se atualizam a cada época. O inconsciente, o desejo, a pulsão, o recalque — conceitos que nasceram em um contexto vitoriano — agora se desdobram em um cenário digital, hiperconectado e marcado pela aceleração.

O inconsciente, por exemplo, pode ser pensado hoje como atravessado por novas formas de discurso: algoritmos, redes sociais, linguagem da imagem. O sujeito moderno já não se estrutura apenas em torno da repressão sexual, mas também de imperativos de performance, visibilidade e felicidade constante. O supereu contemporâneo não diz mais “não g***rás”, e sim “deves g***r sempre”.

Leia mais em: https://icpb.com.br/publicacoes/173/Conceitos-freudianos-revisitados-no-seculo-XXI





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A origem inconsciente do ciúmeO ciúme, do ponto de vista psicanalítico, é muito mais do que medo de perder alguém. Ele n...
17/10/2025

A origem inconsciente do ciúme

O ciúme, do ponto de vista psicanalítico, é muito mais do que medo de perder alguém. Ele nasce de um terreno mais profundo: o do desejo, da falta e da rivalidade primitiva. Freud já apontava que o ciúme tem suas raízes nas primeiras experiências afetivas da infância — quando o amor do Outro (geralmente, a mãe) não é exclusivo, e o sujeito se vê diante da impossibilidade de ser o único objeto de desejo.

Esse primeiro desamparo inaugura uma ferida narcísica: o reconhecimento de que o amor é dividido, que o Outro deseja algo para além de nós. O ciúme é, então, a tentativa de recusar essa falta — de negar a alteridade do Outro e de restituir a ilusão de completude.

Leia mais em: https://icpb.com.br/publicacoes/171/A-origem-inconsciente-do-ciume





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O que as fantasias revelam sobre nosso desejoNa psicanálise, a fantasia não é apenas devaneio ou imaginação solta. Ela o...
06/10/2025

O que as fantasias revelam sobre nosso desejo

Na psicanálise, a fantasia não é apenas devaneio ou imaginação solta. Ela ocupa um lugar estruturante na vida psíquica, pois organiza a relação do sujeito com seu desejo e com o Outro. Fantasiar é construir uma cena, uma espécie de roteiro inconsciente, que ao mesmo tempo vela e revela algo daquilo que nos move.

Freud já apontava que as fantasias encobrem uma verdade mais profunda: não mostram diretamente o objeto do desejo, mas indicam seu contorno, sua falta, sua lógica. Lacan acrescenta que a fantasia funciona como uma moldura que sustenta o desejo, permitindo ao sujeito dar alguma forma ao indizível.

Leia mais em: https://icpb.com.br/publicacoes/170/O-que-as-fantasias-revelam-sobre-nosso-desejo





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Quando assumir a responsabilidade libertaNa escuta psicanalítica, responsabilidade não é sinônimo de culpa moral, nem de...
29/09/2025

Quando assumir a responsabilidade liberta

Na escuta psicanalítica, responsabilidade não é sinônimo de culpa moral, nem de submissão a normas externas. É algo mais íntimo: diz respeito à posição que o sujeito assume diante do que o atravessa — seus desejos, seus sintomas, seus atos.

Muitas vezes, o sofrimento psíquico se cristaliza na forma de queixa: “isso me acontece”, “não tive escolha”, “foi por causa do outro”. Essa posição, ainda que compreensível, aprisiona o sujeito, pois o coloca como efeito passivo das circunstâncias. A análise busca deslocar esse lugar, convidando o sujeito a se implicar: “o que disso tem a ver comigo?”.

Leia mais em: https://icpb.com.br/publicacoes/169/Quando-assumir-a-responsabilidade-liberta





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Amizade e amor: uma diferença psicanalíticaEstava conversando com uma paciente outro dia sobre essa questão de amizade e...
08/09/2025

Amizade e amor: uma diferença psicanalítica

Estava conversando com uma paciente outro dia sobre essa questão de amizade e amor... Na vida afetiva, amizade e amor parecem muitas vezes se confundir. Ambos envolvem laço, desejo de proximidade, partilha de experiências e confiança. Mas, do ponto de vista psicanalítico, há diferenças fundamentais entre essas formas de vínculo, diferenças que dizem respeito à maneira como o sujeito se coloca diante do desejo e da falta.

A amizade, em geral, é marcada por uma relação de reconhecimento e alteridade mais estável. O amigo é aquele que acolhe, escuta, acompanha — sem exigir necessariamente exclusividade ou fusão. A amizade sustenta-se em uma ética da presença: estar com o outro não para completá-lo, mas para partilhar com ele o caminho, respeitando a diferença.

Leia mais em: https://icpb.com.br/publicacoes/168/Amizade-e-amor-uma-diferenca-psicanalitica





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O silêncio que atravessa o tempo: como a omissão se transmite entre geraçõesNem tudo que se vive é dito. Há experiências...
12/08/2025

O silêncio que atravessa o tempo: como a omissão se transmite entre gerações

Nem tudo que se vive é dito. Há experiências, dores, vergonhas e segredos que ficam guardados, não por acaso, mas como defesa. Na psicanálise, sabemos que aquilo que não é simbolizado — aquilo que não ganha palavra — não desaparece: ele se inscreve no inconsciente e encontra outras vias para se manifestar. É assim que a omissão, mais do que um ato, pode se tornar herança psíquica.

Freud já falava sobre a transmissão transgeracional de conteúdos inconscientes, e autores posteriores, como Nicolas Abraham e Maria Torok, aprofundaram a ideia de que segredos familiares podem criar “criptas” no psiquismo — lugares onde algo é guardado, isolado, mas não resolvido. Esse “não-dito” atua silenciosamente, influenciando comportamentos, afetos e escolhas, mesmo que os descendentes não tenham consciência do que ocorreu.

Leia mais em: https://icpb.com.br/publicacoes/167/O-silencio-que-atravessa-o-tempo-como-a-omissao-se-transmite-entre-geracoes





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A função psíquica do pesadelo: quando o inconsciente grita à noiteO pesadelo é frequentemente vivido como intruso, algo ...
12/08/2025

A função psíquica do pesadelo: quando o inconsciente grita à noite

O pesadelo é frequentemente vivido como intruso, algo a ser evitado. No entanto, sob a ótica psicanalítica, ele não é apenas um distúrbio do sono: é um trabalho psíquico em ato. Freud já nos mostrava que o sonho é a realização de um desejo inconsciente. No caso do pesadelo, esse desejo não é simples ou prazeroso — ele está ligado a conteúdos reprimidos que emergem de forma angustiante, rompendo a censura onírica.

O pesadelo, portanto, cumpre uma função paradoxal: ao mesmo tempo em que ameaça o sono, tenta proteger o sujeito de uma angústia ainda maior. Ele coloca em cena, de forma distorcida, algo que o psiquismo não consegue elaborar plenamente no estado de vigília. É como se o inconsciente dissesse: “você precisa olhar para isso”, mas em uma linguagem de imagens intensas, quase insuportáveis.

Leia mais em: https://icpb.com.br/publicacoes/166/A-funcao-psiquica-do-pesadelo-quando-o-inconsciente-grita-a-noite





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Como a vergonha molda a identidade: um olhar psicanalíticoA vergonha é uma emoção silenciosa, mas poderosa. Ela surge no...
12/08/2025

Como a vergonha molda a identidade: um olhar psicanalítico

A vergonha é uma emoção silenciosa, mas poderosa. Ela surge no encontro com o olhar do outro — real ou imaginário — e revela ao sujeito a própria vulnerabilidade. Do ponto de vista psicanalítico, a vergonha não é apenas um sentimento passageiro, mas um afeto estruturante, capaz de marcar profundamente a constituição da identidade.

Freud já indicava que o eu se forma a partir da relação com o outro e com suas expectativas. No estádio do espelho descrito por Lacan, o sujeito se reconhece numa imagem e, simultaneamente, se aliena nela, pois esse reconhecimento está mediado pelo olhar alheio. A vergonha aparece justamente quando essa imagem idealizada de si é ameaçada — quando algo que se queria esconder é exposto, quando se revela uma falta que se queria negar.

Leia mais em: https://icpb.com.br/publicacoes/165/Como-a-vergonha-molda-a-identidade-um-olhar-psicanalitico





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Solidão, memória e tempo: o que aparece no final da vidaNo final da vida, o tempo se contrai. O horizonte futuro já não ...
04/08/2025

Solidão, memória e tempo: o que aparece no final da vida

No final da vida, o tempo se contrai. O horizonte futuro já não se estende indefinidamente, e o sujeito, muitas vezes, volta-se para trás: revê lembranças, revisita histórias, retoma perguntas que ficaram sem resposta. A psicanálise nos oferece uma escuta sensível para esse momento de intensa reconfiguração subjetiva — onde a solidão, a memória e o tempo se entrelaçam de forma única.

Na velhice, a presença da finitude torna-se concreta. E, com ela, surgem elaborações psíquicas profundas: balanços de vida, lutos antigos que retornam, desejos que não se realizaram, amores perdidos, culpas que persistem. O tempo psíquico, diferente do cronológico, se desorganiza — o passado irrompe no presente, e o sujeito se vê habitado por fantasmas e marcas que, muitas vezes, haviam sido recalcadas.

Leia mais em: https://icpb.com.br/publicacoes/164/Solidao-memoria-e-tempo-o-que-aparece-no-final-da-vida





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A dinâmica do olhar no Instagram: o sujeito entre o desejo e a exposiçãoNa psicanálise, o olhar não é apenas um ato físi...
04/08/2025

A dinâmica do olhar no Instagram: o sujeito entre o desejo e a exposição

Na psicanálise, o olhar não é apenas um ato físico: é uma experiência profundamente psíquica, que implica desejo, falta, reconhecimento e alienação. Quando olhamos — e, sobretudo, quando sabemos que estamos sendo olhados — algo em nós se reorganiza. No Instagram, essa dinâmica atinge um novo nível de intensidade e complexidade: o sujeito não apenas olha, mas se oferece ao olhar do outro como imagem.

Lacan nos lembra que o olhar do outro tem um papel fundamental na constituição do eu. É no estádio do espelho que o sujeito, ao se ver refletido, começa a formar uma imagem de si — uma imagem idealizada, que já é mediada pelo desejo do outro. No Instagram, essa lógica se repete e se amplia: cada post, selfie ou story é uma tentativa de capturar o olhar do outro, de ser visto, curtido, desejado. O sujeito passa a existir, simbolicamente, na medida em que aparece.

Leia mais em: https://icpb.com.br/publicacoes/162/O-impacto-psiquico-de-guerras-pandemias-e-catastrofes-quando-o-real-invade-o-sujeito





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Pensando a História

“Psicanálise é o nome de: (1) um procedimento para a investigação de processos mentais que são quase inacessíveis por qualquer outro modo, (2) um método (baseado nessa investigação) para o tratamento de distúrbios neuróticos, e (3) uma coleção de informações psicológicas obtidas ao longo dessas linhas, e que gradualmente se acumula numa nova disciplina científica.” (FREUD, 1923, p. 107)

Tudo começou com um grupo de Estudo que nos reuníamos aos sábados no Guará II na casa do Professor Pedro Angueth uma daquelas pessoas que guardamos no coração pelas provocações, sua aguçada escuta flutuante e sua eterna hospitalidade.

Dessa forma em reunião na casa do Professor Pedro Angueth, lá fizemos a reunião de fundação do Instituto Círculo Psicanalítico de Brasília - ICPB começamos ali os desafios da caminhada...