Dr. Gustavo Abreu

03/01/2025

Definição
A fratura supracondiliana do cotovelo é uma lesão comum em crianças, que ocorre na região acima do cotovelo (a parte distal do úmero). Geralmente, essas fraturas ocorrem devido a quedas com o braço estendido.
Incidência: fraturas são mais frequentes em crianças entre 5 e 10 anos, devido a anatomia característica dessa região nessa faixa etária, elas representam aproximadamente 60% das fraturas do cotovelo na infância e são mais comuns em meninos.
Classif**ação
Tipo I (sem desvio): ocorre uma fratura incompleta ou sem qualquer desvio.
Tipo II: fratura completa, porém ainda com contato na cortical posterior (face posterior do osso).
Tipo III: fratura completa, porém sem contato na cortical posterior (face posterior do osso), mais grave, pode levar a um comprometimento vascular ou nervoso.
Complicações
As fraturas supracondilianas podem levar a várias complicações, incluindo:
1. Comprometimento neurovascular: Lesão dos nervos ou vasos sanguíneos na região do cotovelo.
2. Rigidez articular: Pode ocorrer devido à imobilização prolongada, no caso de tratamento conservador
3. Deformidades: O osso não cicatriza na posição correta, pela má redução, fixação insuficiente ou comprometimento da fise (“cartilagem”) de crescimento.
4. Síndrome compartimental: Aumento da pressão dentro de um compartimento muscular, que pode comprometer a circulação e a função muscular.
Tratamento
O tratamento varia dependendo do tipo e gravidade da fratura:
1. Tipo 1: Tratamento conservador com imobilização em gesso por 3 a 4 semanas.
2. Tipos II e III:
- Redução fechada: realizamos o alinhamento da fratura sob anestesia sem necessidade de abrir (incisão cirúrgica), podendo ser imobilizada com tala (fratura estáveis tipo 2) ou fixação com fios percutâneos (fraturas instáveis tipo 2 ou fraturas tipo 3)
- Redução aberta : realizamos o alinhamento da fratura com visualização direta (incisão cirúrgica) e a fixação com fios (mais comum) ou placas e/ou parafusos.
Conclusão
As fraturas supracondilianas do cotovelo em crianças são lesões graves e comuns, que requerem atenção médica especializada para evitar complicações. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais.

26/12/2024

Nunca f**amos tranquilos quando alguém com quem nos importamos está sofrendo.
Essa época do ano é ainda mais complicado a disponibilidade de profissionais capacitados e atenciosos.
Durante o período de festas de 21/12/24 ao dia 06/01/25 disponibilizamos o serviço de atendimento de urgência e emergência em Ortopedia e Traumatologia, 24 horas por dia. Informações e agendamentos via WhatsApp (19) 971616061

29/10/2024

Fraturas expostas, ou fraturas abertas, ocorrem quando uma fratura tem comunicação com o meio externo (porta de entrada), desde uma lesão pequena (puntiforme) até uma lesão grande com ou sem lesão vascular/neurológica. Isso não apenas causa dor intensa, mas também aumenta o risco de infecções, uma vez que as bactérias podem entrar através da ferida.

Em nosso meio as fraturas expostas mais comuns são as do membro inferior (fêmur, tíbia e pé), devido aos acidentes automobilísticos, depois temos as fraturas expostas de membro superior (punho, úmero e cotovelo) e por último bacia.

Classif**ação
As fraturas expostas podem ser classif**adas de acordo com:
1. Gravidade da lesão:
o Tipo I: A ferida é pequena, até 1cm.
o Tipo II: A ferida é maior, entre 2 e 10cm.
o Tipo III:
A. Lesão maior que 10cm que pode ser suturada
B. Lesão maior que 10cm que não pode ser suturada
C. Comprometimento vascular ou neurológico

Tratamento
o Avaliação: Exames de imagem (raios-X ou tomografia).
o Limpeza: A ferida deve ser limpa no Centro Cirúrgico, para minimizar o risco de infecção.
1. Até 6 horas a taxa de infecção é geralmente baixa
2. Após 6 horas a taxa de infecção aumenta de 2 a 5%
3. Após 12 horas a taxa aumenta para 10% ou mais
4. Após 24 horas a taxa de infecção pode ultrapassar 25%
o Antibióticos: Para diminuir o risco de infecções.
o Cirurgia: Na maioria dos casos é necessário a fixação cirúrgica.

Após a avaliação inicial (tipo, localização e classif**ação da fratura), iniciamos antibiótico-terapia, e o paciente deve ser submetido a uma limpeza mecânica criteriosa (de preferência no centro cirúrgico), fixação provisória (na urgência) e após a melhora das partes moles, a cirurgia definitiva.

Conclusão
Fraturas expostas exigem atenção médica imediata para minimizar complicações e garantir uma recuperação adequada. Exigem atenção especial e constante de um Médico Ortopedista Especialista

21/10/2024

Citamos as principais urgências ortopédicas, vamos detalhar cada uma delas separadamente.

15/07/2024

Os meniscos (lateral e medial) são estruturas semicirculares internas do joelho, que tem como funções: absorção de impacto, melhora da congruência articular, auxiliam na estabilidade.

As lesões de menisco traumáticas ou degenerativas, em um passado não muito distante eram tratadas com cirurgia por videoartroscopia, e realizávamos a meniscectomia (retirada) total ou parcial. Hoje priorizamos a preservação do menisco, optando pelo tratamento conservador nas lesões degenerativas ou estáveis, nas lesões instáveis ou associadas a lesão ligamentar a sutura, quando possível, é a melhor opção.

A preservação do menisco é muito importante para a manutenção da saúde do joelho, diminuindo efetivamente a probabilidade de degeneração da articulação quando comparada com a cirurgia de meniscectomia.

Mas em casos específicos temos que avaliar todo um contexto, a meniscectomia promove melhora imediata da dor e da função do joelho, tempo de reabilitação muito menor se comparado a sutura isolada do menisco ou tratamento conservador.

No caso do Novak Djokovic, atleta de alta performance, com vários campeonatos próximos, optou-se pela meniscectomia, mesmo que sua lesão aceitasse a sutura.
Sua lesão foi dia 04/06/24, cirurgia dia 05/06/24, e um mês após 02/07/24, ele iniciou um Grand Slam, e dia 14/07 se sagra vice-campeão em Wimbledon. Isso não seria possível, nem mesmo outros campeonatos esse ano, se ele optasse pela sutura ou pelo tratamento conservador.

03/06/2024

A cirurgia de Artroplastia, consiste na operação de uma articulação para correção de deformidades, reestabelecimento da função e melhora da dor.

Entre os tipos de Artroplastia o mais realizado é a de substituição, a Prótese.

As articulações que encontram-se com osteoartrite com ou sem deformidades angulares (varo e valgo), sequelas de fraturas, necrose óssea, sequelas de patologias que comprometeram a função, entre outras. Mas que apresentam prognóstico de boa mobilidade e função, são elegíveis para cirugia de Artroplastia, prótese.

Esses dois casos mostram diferentes indicações para a cirurgia de prótese.
Osteoartrite com desvio em valgo e Osteonecrose, pacientes com dor e limitação funcional, foram beneficiadas com a Artroplastia, a Prótese.

22/05/2024

Sarcopenia

22/05/2024

B

12/04/2024

A osteoartrite (artrose) de joelho hoje é a 2ª doença mais comum em pacientes acima de 60 anos, e em alguns anos se tornará a 1ª.

A dor que essa patologia causa, em fases mais avançadas, leva a uma incapacidade funcional e a uma perda importante na qualidade de vida.

Esse caso em particular o paciente apresentava osteoartrite grave em ambos joelhos, com desvio de eixo (varo), o que o impedia de realizar suas atividades de vida diárias, atividades físicas e dificuldade de locomoção.

A realização de Artroplastia (prótese) bilateral, em casos selecionados, promove a correção do eixo, o membro inferior f**a alinhado, melhora da dor e da função, e como os dois joelhos são corrigidos no mesmo ato cirúrgico, no pós-operatório não há sobrecarga de apenas um lado.

04/04/2024

Santa Casa de Santa Rita realiza primeira cirurgia endoscópica de coluna na região

Em um marco para a medicina regional, a Santa Casa realizou no dia 28 de março a primeira cirurgia endoscópica de coluna.

A equipe cirúrgica foi liderada pelo Dr. Gustavo Abreu e contou com a participação dos Drs. Antenor Mazzuia, ortopedista especialista em cirurgia da coluna, Dr. Lucas e Dra. Lionela (anestesistas) e das enfermeiras circulantes Michelle Zanardo, Michele e Débora.

A cirurgia endoscópica de coluna é uma técnica moderna e minimamente invasiva que permite o tratamento de patologias da coluna, como a hérnia de disco, com maior precisão e menor agressão aos tecidos.

Através de uma pequena incisão, o cirurgião insere uma câmera 4K para visualizar as estruturas internas da coluna e remover o fragmento herniado.

De acordo com o Dr. Gustavo, em comparação com as cirurgias convencionais de coluna, a técnica endoscópica oferece diversas vantagens:

“A cirurgia é um um procedimento rápido e pouco agressivo, que dispensa o uso de implantes como parafusos na coluna, apresentando menor taxa de complicações, redução de dor pós-operatória, recuperação mais rápida e retorno mais breve às atividades diárias e ao trabalho ", disse o médico.

Diversos estudos científicos apontam a cirurgia endoscópica de coluna como uma revolução no tratamento dessas patologias. No entanto, por ser uma técnica relativamente nova no Brasil, ainda há poucos cirurgiões capacitados para realizá-la.

Com a realização desta primeira cirurgia, a Santa Casa se consolida como referência em procedimentos cirúrgicos de alta complexidade e inovação na região.

24/12/2023

21/06/2023

A osteonecrose da cabeça femoral, também conhecida como necrose avascular, é uma doença que tem início na idade adulta, na qual o tecido ósseo na cabeça femoral (articulação do quadril) morre devido a uma interrupção temporária ou permanente do suprimento de sangue. Sem fluxo sanguíneo adequado, as células ósseas na cabeça femoral começam a morrer, levando ao colapso e eventual destruição do osso.

Pode haver várias causas de osteonecrose da cabeça femoral, incluindo trauma, uso crônico de certos medicamentos (como corticosteróides), consumo excessivo de álcool, distúrbios de coagulação sanguínea e condições médicas subjacentes, como anemia falciforme ou lúpus. A doença tem uma evolução lenta e gradual causando dor, rigidez e mobilidade limitada e destruição da articulação do quadril.

As opções de tratamento para osteonecrose da cabeça femoral dependem do estágio da doença, da extensão da área de necrose e do comprometimento estrutural da cabeça do fêmur. Nos estágios iniciais, podem ser recomendadas intervenções não cirúrgicas, como repouso, limitação de atividades de carga e medicações para analgesia. No entanto, à medida que a doença progride, intervenções cirúrgicas como descompressão, enxerto ósseo ou cirurgia de substituição articular (prótese), podem ser necessárias para aliviar os sintomas e restaurar a função do quadril.

No caso de dor e/ou limitação na articulação do quadril com ou sem história de trauma prévio, é importante consultar um Médico Ortopedista para um diagnóstico preciso, proporcionando as melhores opções de tratamento.


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