27/05/2025
Pombas Giras são spíritos de Luz que Trabalham Onde Muitos se Recusam a Ir
Nem todo espírito de luz veste túnica branca ou fala manso. Chico Xavier, médium que dedicou mais de 75 anos à prática do amor e da caridade, testemunhou algo que poucos têm coragem de reconhecer: há espíritos, como as Pombas Gira, que se disfarçam de sombra para levar luz onde a dor fez morada.
Chico contava que, certa vez, em 1973, durante uma reunião em Uberaba, uma mulher chorava desesperada pela morte do filho que havia tirado a própria vida. Ele se concentrou, e com a voz serena, disse que aquela mãe receberia auxílio, sim, mas não da forma que ela esperava. Segundo o espírito Emmanuel, quem buscaria seu filho no Vale dos Suicidas seria uma entidade que muitos desprezam: uma Pomba Gira. E foi ela, com sua postura ousada e seu jeito irreverente, que desceu até uma região de extrema dor para levar co***lo, tocando o coração daquele jovem perdido, guiando-o para reencontrar a mãe em espírito.
É fácil julgar aquilo que não compreendemos. As vestes sensuais, o cigarro na mão, o copo de bebida – tudo isso, muitas vezes, serve apenas como ferramenta para que essas entidades se aproximem de almas que já não se sentem dignas de amparo. Mas Chico nos ensinou a ver além da aparência. Ele nos mostrou que o amor verdadeiro não tem forma fixa, não se prende à estética ou ao moralismo. O amor age onde é necessário.
A ciência já reconhece os benefícios emocionais da fé e da espiritualidade. A psicologia vê nessas figuras um reflexo dos arquétipos profundos do feminino – força, liberdade, acolhimento. A Umbanda, com sua sabedoria ancestral, reconhece nelas protetoras de mulheres, guardiãs de caminhos, guerreiras do invisível.
Se você um dia sentiu vergonha por sentir afinidade com essas entidades, ou se as julgou como inferiores, talvez seja hora de rever seu coração. Espíritos como as Pombas Gira não estão preocupados com o julgamento humano. Estão ocupados demais resgatando almas que caíram no esquecimento, visitando abismos espirituais onde poucos ousam pisar.
No fim, o que importa é o amor em ação. E o amor delas é corajoso, é visceral, é transformador.
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