23/08/2025
Em tempos difíceis, é comum vermos a adolescência marcada por conflitos, crises de identidade e busca por pertencimento. Porém, um sinal preocupante é quando a agressividade e a violência começam a ser naturalizadas ou justif**adas.
Muitos pais, escolas e até profissionais acabam recorrendo a explicações simplistas: “é só fase”, “é porque tem um transtorno”, “é o autismo que justif**a”. Mas a verdade é que nenhum diagnóstico pode ser colocado como licença para a violência.
A falta de limites, o não acompanhamento das emoções e a ausência de diálogo constroem um terreno fértil para comportamentos desafiadores. Ao mesmo tempo, rotular um adolescente apenas pelo transtorno é reduzir sua complexidade e negar sua capacidade de aprender, de evoluir e de se responsabilizar.
Precisamos refletir:
Até que ponto estamos confundindo compreensão com permissividade?
Será que, ao tentar proteger, não estamos tirando do jovem a oportunidade de crescer com responsabilidade?
Quantas vezes o sistema falha, deixando famílias sozinhas, sem suporte adequado para orientar e intervir de maneira saudável?
A adolescência é uma fase delicada, mas também rica em potencial. O desafio é ensinar limites com amor, orientar sem agredir e compreender sem justif**ar a violência.
👉 Respeitar não é permitir tudo. Amar não é aceitar qualquer comportamento. Educar é oferecer ferramentas para que cada adolescente, neurodivergente ou não, aprenda a lidar com suas dores sem transformá-las em feridas nos outros.