07/12/2024
Faz 21 anos que saio de casa diariamente a sós, em algum horário do dia, para lapidar a mim mesmo.
Note que o processo é continuado, exige constância e não limita-se a estética, ao contemplar em sua totalidade o meu estado de completo bem-estar físico, mental e social.
* Enquanto aos meus pacientes com dor e colegas da saúde, gostaria de ofertar três recomendação se porventura não estão se exercitando por quaisquer crenças disfuncionais sobre dor e movimento:
Detecte a crença disfuncional sobre dor e movimento e consequentemente apresente uma perspectiva teórica diferente ao paciente. Assim, inicie a educação em dor por aqui. Da mesma forma que a dor precisa fazer sentido ao paciente, o tratamento via movimento também precisa fazer sentido;
Oferte uma primeira boa experiência (prática) com a aplicação do exercício físico na condição de tratamento não farmacológico, ou seja, não “erre a mão inicialmente”; e
Flare-ups de dor (“picos” de intensidade da dor) podem e irão ocorrer (alinhe as expectativas previamente ao início do tratamento) e igualmente sinalize que não necessariamente o flare-up de dor está associado ao estado do tecido onde dói.
Este é um post de um dos maiores experts de dor do país.
Resumindo:
1. Nunca foi e nunca será fácil trabalhar com pacientes com dor.
2. Não existe um tratamento instantâneo, nem para dor aguda (inflamatória) onde será necessário um tempo para o controle dos sintomas e muito menos para dor crônica onde é estritamente necessário mudanças de comportamentos.
3. Exames de imagem são confundidos com o tratamento, ou seja, só irei melhorar após a realização do exame.
4. Medicamentos não são tratados como complementares e sim o foco do tratamento.
5. A dor vai e será presente durante o processo de cura, entendo que vc não quer mais sentir nenhuma dor, mas o seu corpo não responde desta forma.
Vivemos numa inversão de prioridades.
Nada de constrói sem confiança, disciplina e determinação.
Nisso a ciência é unânime, tratamento sem exercício e movimento será fadado ao fracasso.