26/09/2024
Quem nunca foi captura pelo sonho de um amor romântico, estilo filme de comédia romântica Hollywoondianos que atira a primeira pedra. ☺️
O ideal do amor romântico está presente na literatura, nos filmes, nas novelas e em alguns casos (ou muitos casos) na busca por vive-lo na vida cotidiana.
Acontece que muito dessa busca pelo amor romântico foi atribuída ou ensinado as mulheres como a grande coisa da vida. Ou ainda, que é a vivência do amor romântico que lhe confere um lugar na sociedade, nas relações e na vida.
O amor romântico traz uma ideia de complementariedade, a outra metade da laranja, o encontro da alma gêmea como o acesso a felicidade. A felicidade de completude, de agora ser um. Seria essa a matemática do amor? 1+1= 1. A lógica da completude em que nada falta. 💭🤔
E quando essa lógica cai? O que resta?
Ideais precisam cair para que algo novo possa ser construído.
Amor é invenção e o que requer da gente é um desejo de aposta e investimento. Por isso, o amor nos exige que dois continue sendo dois.
Não há complementariedade, pois o que falta em um não está no outro e isso é o que nos impulsiona a caminhar, a reinventar na parceria e na vida.
Fato é que no amor nunca sabemos pelo que somos amados, mas há que estar para além da lógica de satisfações descartáveis.
O amor é aquilo que nos possibilitar fazer dos desencontros um encontro possível sem ideais de projeções, mas com desejo de aposta por reinventar o modo de amar.
O que resta quando o amor romântico cai do pedestal?
Um amor possível de se reinventar. É que na matemática do amor ganha quem perde.
E essa já é uma outra história...
Viviane Motta