22/07/2025
Essa semana viralizou no Threads o post de um rapaz comemorando o diagnóstico de autismo.
A principal razão da viralização foram as críticas - quase sempre vindas de pessoas típicas - invalidando e não compreendendo por que alguém sentiria alívio ao receber um diagnóstico.
Mas quem nunca viveu a dor de não se entender e, além disso, passar anos ouvindo estereótipos e rótulos pejorativos, não faz mesmo ideia do que significa.
Ser chamado de “preguiçoso”, “desatento”, “esquisito”, “frio”, “lerdo” ou “difícil” se sentir constantemente inadequado, confuso, diferente vai, pouco a pouco, te convencendo de que há algo de errado com você.
E de repente, ao receber um diagnóstico, você entende que não é falha de caráter, não é falta de esforço, não é preguiça, você não é um ET. É o seu cérebro funcionando de outra forma. Existe uma explicação e, principalmente, um caminho.
Para quem nunca passou por isso, diagnóstico parece só um rótulo. Mas sei na própria pele e nas experiências com meus pacientes como para quem sofre em silêncio, sem respostas, sem explicação para tantas dores, o diagnóstico costuma ser um respiro.
Ele é o que permite acessar tratamento, apoio, estratégias, direitos. Ele dá nome ao que antes era só culpa. Ele tira o peso do “eu sou o problema” e mostra que existe um caminho com menos dor e mais qualidade de vida.
Diagnóstico não é rótulo. É mapa. É bússola. É cuidado.
E é por isso que só critica diagnóstico quem nunca precisou de um para sobreviver. 😉
✨ E você, como viveu o seu diagnóstico? Foi um alívio, um medo, um luto ou tudo isso junto?👇🏾