13/04/2018
Hoje trago a vocês o texto da psicóloga Luana Ivens, escrito para o sobre a terapia com crianças!
“Criar um filho não é tarefa fácil. A expectativa desde a gestação para a chegada daquele serzinho que dependerá de você, mãe (e pai) por um bom tempo mexe com os sentimentos, abala certezas e preocupa, à medida em que todas querem estar lidando com cada fase do crescimento de seu filho da maneira correta e que irá torna-lo o mais saudável possível – física e mentalmente. E o que mais espanta: não existe uma receita. Afinal, como as próprias mamães adoram dizer: “-você não é todo mundo!” E como sempre, estão certas. Um filho, um indivíduo, igual somente a ele mesmo. Um bolinho feito com ingredientes particulares, cujo modo de preparo irá se descobrir ao longo da vida.
Mas essa linda e árdua tarefa não precisa ser executada de maneira solitária. Vejamos um exemplo: quando uma criança f**a doente, sua mãe a leva ao Pediatra, sem hesitar. Pergunte a qualquer uma e com certeza ela já terá levado seu filho ao médico, ao menos uma vez (com sorte!). É natural, uma mãe não precisa, e nem se sentiria confortável em cuidar de uma complicação de saúde de seu amado filho sem auxílio profissional, mesmo que apenas para ouvir uma opinião, quando não se trata de algo grave. Ela precisa de ajuda, e isso não quer dizer que tenha falhado em seu papel de mãe, ou que seu filho seja inferior às demais crianças por ter um problema momentâneo.
Cito o exemplo acima para dizer que devemos olhar o Psicólogo Infantil com os mesmos olhos. É comum que exista certa resistência dos responsáveis a levar seus filhos para uma terapia, pois inconscientemente associam essa necessidade à uma possível falha própria ou abalo no seu ideal de filho perfeito. É normal que isso ocorra, mas me proponho a desmistif**ar essa ideia. A Psicologia (do grego: psyque- alma/mente, logia- estudo) está para as dificuldades da mente assim como a pediatria está para as do corpo. Você não precisa passar por nenhuma das duas sozinha, e nenhuma delas aponta erros, e sim a imperfeita natureza humana à qual nenhum de nós escapa.”