30/03/2022
Todos os dias, eu me deparo com vídeos e mais vídeos de profissionais da saúde realizando manipulações de tecidos moles, principalmente em atletas, com um grau de força EXCESSIVO que mais parece uma sessão de tortura. 😱
Mas, o que temos que pensar é: será que realmente precisa-se de uma pressão exagerada para se causar o tão almejado estado de relaxamento muscular?
Certamente quem tem essa ideia equivocada, poderá ter insucesso em seu tratamento. Nosso tecido miofascial é rico em terminações nervosas livres, como os nociceptores e mecanoceptores, dentre eles, Pacini, que é responsável pela captação de informações como pressão exercida em nossos tecidos.
Quando se há um estimo excessivo essas terminações se ativam, mandado uma resposta direto ao sistema nervoso central com a informação de que um possível dano tecidual pode ocorrer. Com isso nosso sistema nervoso envia uma resposta de fuga. Que seria a ativação da contração do fuso muscular para proteção do organismo. Ou seja, gerou-se mais espasmo muscular. 😰😧
Outro aspecto a se levar em consideração é que, uma GRANDE PRESSÃO sobre as fibras musculares, pode causar quebra das pontes de actina e miosina, que são as unidades contráteis dentro da fibra muscular, se isso é realizado antes do treino o atleta pode perder seu desempenho, se depois do treino pode ser muito lesivo, uma vez que o corpo já sofrendo um processo de reparo tecidual ocasionado pelas micro lesões provocadas no período de treino.
Sendo atleta ou não, todos nós temos essas terminações livres em nosso corpo e elas vão responder da mesma forma a um estímulo excessivo, afinal de contas essa é a função delas.
A coisa mais certa é ser respeitado o limiar de dor do paciente, para que se trabalhe de forma segura, de modo que não haja efeito rebote no organismo tratado.
⚠️Fiquem ligados, não caia nessas de “tá doendo?”, “É assim mesmo, depois passa”.