31/01/2025
Os verdadeiros espíritos malignos
Na jornada de autoconhecimento e conexão espiritual, muitas vezes somos levados a temer o que é invisível, a criar histórias sobre espíritos que vagam entre os mundos, perturbando os vivos. No entanto, uma verdade mais profunda e inquietante repousa no coração da experiência humana: os espíritos mais sombrios não estão no outro lado do véu, mas caminham ao nosso lado, vestidos de carne e osso, ocultos sob máscaras de virtude e bondade.
Esses seres não carregam os estigmas de morte ou de assombração; carregam o vazio. Não há luz em seus olhos, não há amor em seus atos, por mais adornados que estejam de discursos piedosos ou gestos aparentemente caridosos. São vazios de espiritualidade genuína, mesmo que se recubram das vestes religiosas mais pomposas ou se proclamem sábios e guias.
São aqueles que conhecem as palavras da luz, mas não permitem que ela toque seus próprios corações. São os que se alimentam da inocência alheia, que drenam a energia dos que vivem na verdade, enquanto espalham mentiras e ilusões para satisfazer seus desejos egoístas.
Esses espíritos encarnados, escondidos sob a máscara da bondade, muitas vezes se apresentam como mestres, amigos ou até mesmo familiares. Não se enganem: sua falta de amor é o que os denuncia. Não importa o quanto falem sobre Deus, sobre o universo ou sobre moralidade; a ausência de compaixão genuína é o eco do vazio que carregam.
São estes os verdadeiros causadores do desequilíbrio. Não aqueles que chamamos de "mortos", mas os que, mesmo vivos, escolheram matar dentro de si a chama divina. Não precisam de redenção; precisam ser reconhecidos pelo que são, afastados de nossos caminhos, para que não nos desviem da nossa própria luz.
Que não haja dó nem hesitação ao identificá-los. Pois aquele que caminha sem amor no coração já fez sua escolha. Não são almas perdidas clamando por ajuda, mas consciências entregues à escuridão por livre vontade. Nosso papel não é salvá-los, mas proteger-nos deles, mantendo firme a nossa conexão com o Grande Espírito, com a Mãe Terra, com tudo aquilo que vibra na verdade, na harmonia e no amor.
Abrace sua luz, proteja seu espírito. O maior perigo não vem do invisível, mas daqueles que estão tão próximos, disfarçados, tentando apagar em você aquilo que eles mesmos já não conseguem encontrar em si.
Somos espíritos guerreiros, forjados na força da terra e alimentados pelo sopro do Grande Espírito. Dentro de cada um de nós habita um guerreiro, aquele que não se curva diante da escuridão e não se deixa enganar pelas máscaras que ocultam a podridão. É hora de despertar esse guerreiro interior, a centelha indomável que nos protege e nos guia, para que possamos nos defender desses vermes, dessas larvas energéticas que ousam se manifestar sob a forma humana.
Essas entidades, vazias de luz e destituídas de amor, não têm lugar no caminho sagrado daqueles que honram a vida, a verdade e o amor universal. O guerreiro interior não negocia com o falso, não alimenta o vazio. Ele luta com a arma mais poderosa que existe: a conexão direta com o Sagrado Absoluto, o alicerce de toda criação.
Erga-se, espírito guerreiro! Empunhe a espada da verdade, o escudo da integridade e o fogo da espiritualidade pura. Não há espaço para hesitação, pois sua missão é proteger a luz que habita em você, enquanto pisa firme no solo sagrado da existência. Não há vitória maior do que manter-se íntegro e fiel ao chamado do Grande Espírito.
Viva o Guerreiro Interior! Viva o verdadeiro Guerreiro do Sagrado Absoluto!
Texto de Txai Sandro Galdino