
10/07/2025
A cirurgia de Ivor Lewis por toracoscopia é uma opção minimamente invasiva para o tratamento do megaesôfago avançado, especialmente em casos de acalasia refratária ou megaesôfago chagásico. Essa técnica combina a abordagem laparoscópica abdominal e toracoscópica para realizar a esofagectomia distal com reconstrução gástrica (gastroplastia) e anastomose intratorácica.
# # # Principais Aspectos da Técnica:
1. Acesso Minimamente Invasivo:
- Fase abdominal (laparoscópica): Mobilização do estômago, criação do tubo gástrico e linfadenectomia, se necessária.
- Fase torácica (toracoscópica): Ressecção do esôfago distal e anastomose esofagogástrica no mediastino.
2. Vantagens em Pacientes com Megaesôfago:
- Menor trauma cirúrgico e redução de complicações pulmonares.
- Recuperação mais rápida em comparação com a cirurgia aberta.
- Boa visualização da região mediastinal para ressecção segura do esôfago dilatado.
3. Indicações:
- Megaesôfago avançado (estádios III/IV de Rezende) com falha em tratamentos prévios (dilatação, miotomia de Heller).
- Risco elevado de complicações (aspiração, desnutrição, degeneração maligna).
4. Desafios no Megaesôfago:
- Dilatação extrema e tortuosidade do esôfago podem dificultar a mobilização.
- Risco aumentado de deiscência anastomótica devido à má vascularização da parede esofágica.
5. Cuidados Pós-Operatórios:
- Monitoramento rigoroso para vazamentos anastomóticos.
- Dieta progressiva e acompanhamento nutricional (frequente desnutrição prévia).
- Fisioterapia respiratória para prevenir atelectasias.
# # # Conclusão:
A toracoscopia no Ivor Lewis é uma alternativa viável para megaesôfago selecionados, oferecendo resultados funcionais satisfatórios com menor morbidade. A decisão deve ser individualizada, considerando a experiência da equipe cirúrgica e as condições do paciente.