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Elizabete Lopes - Nutrição Clínica, Tijuca (2025)

05/07/2023

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A tríade da mulher atleta ou deficiência relativa de energia no esporte é algo muito discutido na nutrição e medicina esportiva, pois compromete a mulher atleta, tanto na saúde, como no rendimento. Define-se como a tríade da mulher atleta os sinais e sintomas de: baixa disponibilidade energética, disfunções menstruais (amenorreia) e saúde óssea comprometida (baixa densidade mineral óssea, osteoporose). 💪🩺🏃‍♀️

Com os avanços nas pesquisas sobre esta temática descobriu-se que mais alguns sinais e sintomas também acompanham a tríade. Por exemplo, na baixa disponibilidade energética, os estudos do American College Sports of Medicine apontam que o comer transtornado também pode fazer parte do rastreio para diagnóstico da equipe multidisciplinar. Além disso, as implicações da tríade podem ser maiores, afetando a saúde psíquica, imunológica, metabólica e endócrina. 📚💡🔬

Em termos de intervenções nutricionais, estudos mostram que aumentar consumo energético da atleta (∼300–600 kcal/dia), de forma distribuída ao longo do dia, com equilíbrio entre proteínas e carboidratos, parece ser interessante, permitindo o restabelecimento do eixo hipotálamo-hipófise-ovário. Quanto ao reparo ósseo, o ajuste de vitamina D e cálcio de forma individualizada é fundamental, bem como o tratamento de possíveis distúrbios alimentares. 🥦🥩🥛💊

A prevalência da tríade da mulher atleta é subestimada devido à falta de diagnóstico ou por esse ser tardio, devido ao conhecimento insuficiente dos sinais e sintomas. O tratamento para esse quadro é multidisciplinar, passando por intervenções nutricionais, farmacológicas, psicológicas e endócrinas, e o nutricionista precisa estar preparado para atender a demanda na sua prática clínica. 🌟🩺💼

Referências:
📚 Taim, et al. Sports Med; 2023
📚 American College Sports of Medicine position stand. The female athlete triad, 2007
📚 Coelho, et al. Rev Bras

30/06/2023

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Considerando o envelhecimento da população e o aumento do tempo de tela incorporado em nossas vidas diárias, a saúde da visão parece destinada a se tornar uma das principais preocupações dos profissionais de saúde em todo o mundo. Um estudo recente publicado no Journal of Clinical and Translational Ophthalmology sugere que o extrato de Pomegranate (romã) padronizado em 50% punicalaginas α + β e 5% ácido elágico, pode oferecer benefícios anti-inflamatórios para auxiliar na saúde ocular.

No estudo in vitro , os pesquisadores usaram um modelo de epitélio corneano humano reconstituído para testar a modulação da atividade de secreção de citocinas do extrato do fruto da romã. Especificamente, eles avaliaram a viabilidade celular e a inibição da liberação de interleucina-8 (IL-8) em quatro diferentes condições. Os resultados mostraram que o extrato de romã exerceu inibição significativamente maior de IL-8 em comparação com os controles quando a inflamação foi induzida. A porcentagem de viabilidade celular também foi maior para o extrato.

Apesar das punicalaginas α + β e o ácido elágico presentes no Pomegranate exercerem propriedades anti-inflamatórias e antiioxidantes, ainda faltam dados sobre como esses fitoquímicos atuam exatamente na saúde ocular. Mais estudos são necessários para elucidar os benefícios do uso do Pomegranate na saúde ocular.

🖋escrito por

04/05/2023

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DIETA RICA EM VEGETAIS PODE PROTEGER O CÉREBRO — Há motivos muito além do peso para alguém colocar mais frutas, verduras, legumes, grãos integrais e oleaginosas no prato. Aqui vai mais um: segundo cientistas da RUSH University, nos Estados Unidos, quem capricha nesses alimentos apresenta menos placas de beta-amiloide e menos proteína tau acumulada no cérebro. Normalmente, ambas aparecem em idosos, mas a quantidade é bem maior em quem tem Alzheimer, por exemplo.

O estudo, que saiu na Neurology, envolveu 581 indivíduos com idade média de 84 anos. A alimentação deles foi avaliada logo de largada. Todos eram saudáveis ou tinham, no máximo, sinais leves de demência.

Além do inquérito sobre alimentação, os participantes assinaram um documento topando doar o seu cérebro à ciência quando morressem. Aliás, 39% deles tinham diagnóstico de demência moderada ou grave à época da morte. Entre eles, 66% com Alzheimer.

A autópsia cerebral foi comparada com o questionário respondido no início. Conforme o que comiam, os participantes ganhavam pontos. Isso gerou dois scores -- um deles mostrando o quanto a alimentação se aproximava da dieta mediterrânea e outro mostrando o quanto ela se assemelhava à MIND.

A dieta MIND foi criada por cientistas da mesma RUSH University com intuito de proteger contra doenças degenerativas. É parecida com a do Mediterrâneo, mas recomenda porções ainda mais generosas de folhas, como o espinafre e a couve, e privilegia frutas vermelhas.

Os senhores com scores mais elevados, que seguiam preceitos dessas duas dietas, tinham bem menos placas beta-amiloide e tau.

Fazendo ajustes para não misturar fumantes com quem nunca fumou e pessoas com comorbidades diferentes, o cérebro de quem caprichou nos vegetais e nas proteínas magras parecia ter uma idade biológica até 4,25 anos mais jovem, permitindo deduzir que demorou ou que demoraria mais para apresentar demência.

O DOI: 10.1212/WNL.0000000000207176

20/04/2023

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Chás anti-gastrite

Várias plantas ricas em taninos demonstraram proteger o estômago contra gastrite e úlceras, formando uma película protetora, impedindo que o pH ácido do estômago danifique a mucosa.

Ademais, algumas plantas podem reduzir a produção do ácido, como a espinheira santa por exemplo.

Outras plantas ricas em berberina como a Berberis vulgaris possuem ação antibacteriana contra a bactéria Helicobacter pylori.

Portanto, a fitoterapia pode auxiliar na prevenção e tratamento da gastrite. Nesse contexto, chás são excelentes formas de fornecer compostos bioativos para proteger contra a gastrite.

Anote essa receita de chá anti-gastrite!

Ingredientes:

- 1 colher de sopa de folha seca de espinheira santa.
- 1 colher de sopa de folha seca de guaçatonga.
- 500 mL de água.

Modo de Preparo:

Leve a água para ferver. Quando ferver, desligue o fogo e coloque a espinheira-santa e a guaçatonga. Deixe em infusão por 5 a 10 minutos. Coe, espere amornar e consuma seu chá.

Busque consumir 2 xícaras de 250 mL longe das refeições.

18/04/2023

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A osteopenia e a osteoporose são condições comuns no período pós-menopausa. 💁🏽‍♀️

Com a mudança hormonal típica dessa fase da vida da mulher, marcada especialmente pela redução do estrogênio, a massa óssea sofre impactos, e o quadro de perda gradual dessa massa pode se instalar. 👉🏾Isso favorece um desgaste nas estruturas ósseas, que podem ficar mais vulneráveis a danos e fraturas de diferentes níveis de gravidade, diminuindo a qualidade de vida das mulheres com osteoporose, em especial.

🔹O processo de mineralização óssea e sua manutenção envolve diversos fatores, incluindo prática de atividade física e alimentação saudável.

Apesar do cálcio ser muito estudado e conhecido como um mineral essencial aos ossos, outros vários nutrientes são fundamentais para que a mineralização óssea aconteça de forma saudável e adequada:

🔸Minerais: magnésio, cobre, zinco, manganês, cálcio, potássio, boro, silício;
🔸Vitaminas: D, K, E, C, B12, B6 e B9
🔸Aminoácidos e peptídeos
🔸Ômega-3

Esses nutrientes vão agir em diversos aspectos da mineralização óssea, como interação com o cálcio, para que seja adequadamente absorvido e fixado nos ossos; incorporação de colágeno e elastina à matriz óssea; aumento de osteoblastos; manutenção da integridade e resistência da estrutura óssea; equilíbrio ácido-básico; redução da produção de citocinas inflamatórias; entre outros.

A obtenção desses nutrientes por meio da alimentação é fundamental, portanto, deve-se priorizar o consumo de alimentos fonte, como frutas, vegetais em geral, cereais e sementes integrais, oleaginosas, azeite de oliva extravirgem, peixes e ovos.

Além disso, devido ao processo inflamatório que acompanha a fisiopatogenia da osteoporose, esse perfil alimentar mais natural e saudável pode contribuir com a ação anti-inflamatória e antioxidante, devido à presença desses nutrientes e, também, de compostos bioativos!
😊

Fonte: Nutrients; 14(3):523, 2022; Souza, Baptistella, Paschoal. Nutrientes aplicados à prática clínica. VP editora, 2018.

13/04/2023

Posted • A asma é uma condição pulmonar em que as vias aéreas se estreitam e incham devido à inflamação crônica. Os sintomas da asma incluem dificuldade para respirar, respiração ofegante, tosse e aperto no peito. No entanto, os pacientes geralmente não apresentam sintomas entre os episódios agudos. O pomegranate (romã) tem propriedades antioxidantes e moduladoras da inflamação que podem ajudar a explicar seus benefícios nessa condição. 🫁
Em um ensaio clínico publicado na Frontiers in Pharmacology , pessoas com asma alérgica que usaram extrato de Pomegranate por oito semanas melhoraram os padrões respiratórios e reduziram a limitação das atividades devido aos sintomas da asma em comparação com um grupo placebo. O estudo é o primeiro a avaliar o impacto do extrato de Pomegranate em humanos com asma alérgica.
O estudo incluiu 64 homens e mulheres com asma alérgica que receberam 250 mg de extrato de Pomegranate ou um placebo duas vezes por dia durante oito semanas. No início e no final do estudo, os sintomas de asma foram avaliados e amostras de sangue foram analisadas para contagem de glóbulos brancos.
No final do estudo, houve diminuição de dois tipos de glóbulos brancos associados à asma, eosinófilos e neutrófilos, em comparação com as medições obtidas no início do ensaio. A falta de ar diurna e noturna e a limitação da atividade devido aos sintomas de asma melhoraram entre o grupo que recebeu extrato de Pomegranate em comparação com o grupo placebo.
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🖋escrito por

13/04/2023

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A chegada da menopausa é uma fase que gera muitas dúvidas para as mulheres.

É sabido que a menopausa é uma fase de transição. A parada da produção dos hormônios femininos e o consequente término dos ciclos menstruais vão alterar a condição física da mulher, que deverá se adaptar a esta nova fase da vida. E, para a mulher com diagnóstico de diabetes, alguns cuidados são importantes nessa mudança.

Seja diabética tipo 1 ou 2, a preocupação na fase da menopausa deve começar com o peso. Sabe-se que há uma tendência natural de redução do metabolismo da mulher após o período da menopausa, pela diminuição dos hormônios femininos, o que a faz queimar menos calorias.

O risco aqui é o consequente ganho de peso e com mais peso, há maior chance de ocorrer a resistência insulínica, quando ficará mais difícil controlar o diabetes.

Com a menopausa e a parada na produção destes hormônios, é possível que os níveis de açúcar no sangue se tornem mais instáveis, e o ajuste de dose dos medicamentos seja necessário.

Outro cuidado importante é o do raciocínio inverso: se a menopausa pode fazer com que o controle do Diabetes oscile, também os sintomas da menopausa normal podem ser confundidos com os do Diabetes alterado.

Por exemplo: o calorão da menopausa pode, em alguns casos, ser confundido com hipoglicemia, a falta de ânimo e cansaço que podem ocorrer na menopausa serem encarados como níveis altos de açúcar no sangue.

Para que esta fase seja a mais tranquila possível, o caminho é o controle. Medir a glicemia de forma mais frequente e realizar exames laboratoriais de rotina com acompanhamento médico mais assíduo, para que ajustes importantes possam ser feitos sob medida.

Além disso, realizar uma dieta controlada, atividade física, acompanhamento ginecológico e considerar tratamento correto da menopausa, são passo importantes a serem seguidos nesta etapa.

13/04/2023

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O segredo para uma vida saudável não é uma dieta temporária, mas sim um compromisso com um estilo de vida saudável.
🍅🥬🥒🥦🌽🍒🍉🥔🍠

04/03/2023

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A obesidade é uma condição que vai muito além das medidas corporais, é uma doença complexa que afeta a saúde física e mental de milhões de pessoas em todo o mundo, afetando aproximadamente 27 milhões de pessoas só no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira Endocrinologia Metabologia (SBEM).

Infelizmente, muitas vezes ela é vista apenas como uma questão de estética, sendo ignorado os impactos negativos na qualidade de vida de uma pessoa.

👉Além dos riscos de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas, a obesidade também pode afetar a saúde mental, autoconfiança e autoestima.

🔺Quando uma pessoa é rotulada como obesa, muitas vezes é alvo de discriminação e preconceito, como se fosse uma condição atrelada a preguiça, falta de atividades físicas e a gula, levando-a a um isolamento social e problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.

O dia 4 de março, dia Mundial da Obesidade, é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre essa condição de saúde e promover a discussão sobre tratamentos adequados e abordagens mais empáticas.

📌É preciso compreender que a obesidade é uma doença complexa, e que as soluções são individualizadas. Devemos estar dispostos a ouvir e entender as necessidades das pessoas nessa condição e apoiá-las em sua busca por uma vida mais plena.

Juntos, podemos ajudar a criar um mundo mais compreensivo e inclusivo para todos. 😉💙

02/03/2023

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Mineral fundamental para a saúde, o precisa ser ingerido em quantidades adequadas para exercer suas funções no metabolismo e em diversos sistemas do organismo, como o cardiovascular, cerebral, gastrointestinal e musculoesquelético.

📊 Uma análise dos dados da POF 2017-2018 mostrou que os brasileiros não consomem quantidades adequadas de magnésio, pois apresentam prevalência de inadequação elevadas (maior que 50%) no consumo do mineral. ⚠️ A deficiência de magnésio pode causar aumento do ácido úrico, inflamação, estresse oxidativo, fadiga, redução do desempenho físico, alterações musculares e prejuízos à saúde óssea, por exemplo.

📈 Alguns estudos mostraram que o aumento da ingestão de magnésio na dieta pode estar relacionado a um menor risco de doenças cardiovasculares (como doença coronariana, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca), diabetes e mortalidade por todas as causas.

👉🏾 Então, que tal incluir mais alimentos fontes de magnésio no dia a dia? 😁 Veja alguns exemplos de alimentos fontes de magnésio e procure um nutricionista para uma prescrição individualizada, variada e de acordo com as suas necessidades!

E aí, desses alimentos que apresentamos hoje na imagem qual é a sua fonte de magnésio favorita na dieta? 😄
Referências:
TACO/Unicamp; TBCA/USP; RDC nº 269/2005; Rev Saúde Pública; 55(suppl 1), 2021; Souza, M. Suplementação nutricional: guia prático para o atendimento; VP editora, 2021; BMC Med; 8;14(1): 210, 2016; J Cardiovasc Pharmacol; 74(6):516-527, 2019.

01/03/2023

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"Pouco exercício é melhor que nada"⁠ 🧗‍♂️⛹🤾‍♀️
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Um estudo da Universidade de Cambridge descobriu que se todo mundo fizesse apenas 11 minutos de atividade física por dia (o que equivaleria a cerca de 75 minutos por semana), uma em cada 10 mortes prematuras poderia ser evitada.⁠
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A maioria das pessoas não consegue praticar o mínimo recomendado de 150 minutos de exercício por semana.⁠
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Mas, de acordo com os pesquisadores, praticar algum exercício é melhor do que não fazer nada.⁠
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O NHS, serviço público de saúde britânico, recomenda que todo mundo faça de 150 a 300 minutos de atividade física que aumente a frequência cardíaca toda semana — ou de 75 a 150 minutos de atividade vigorosa por semana, aquela faz você respirar com dificuldade.⁠
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“Se você é daqueles que acha a ideia de 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana um pouco assustadora, então nossa descoberta deve ser uma boa notícia”, diz Brage.⁠
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"Se você achar que 75 minutos por semana é administrável, tente ir aumentando gradualmente até a quantidade total recomendada", disse o coordenador do estudo, Soren Brage.⁠
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A análise, publicada no British Journal of Sports Medicine, foi baseada em pesquisas publicadas anteriormente sobre os benefícios do exercício em aproximadamente 100 grandes estudos e quase 200 artigos revisados por pares para obter uma visão geral das evidências.⁠
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Leia mais sobre o estudo na reportagem completa. O link está na bio!

27/02/2023

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OS BONS RESULTADOS DE INTERVENÇÕES NUTRICIONAIS NAS ESCOLAS — Pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, realizaram um ensaio controlado randomizado para avaliar se uma intervenção em escolas de Austin, a capital texana, seria capaz de melhorar parâmetros como a glicemia e os níveis de colesterol LDL em meninos e meninas entre 7 e 12 anos.

O estudo, realizado entre 2016 e 2019, envolveu 3.302 jovens de dezesseis escolas que atendem famílias de baixa renda, a maioria de origem hispânica. Todos foram avaliados, com pesagens e cálculo do IMC. Em um terço da amostra, ou 1.104 alunos, os cientistas fizeram ainda dosagens no sangue.

No primeiro ano, oito escolas foram sorteadas para a realização de uma intervenção em que a garotada plantou e cuidou de uma horta, teve aulas de culinária e noções de alimentação saudável. As famílias, por sua vez, participaram de encontros mensais cheios de aprendizados.

A intervenção também foi feita nas outras oito escolas, só que mais tardiamente, apenas no ano seguinte. No final, a turma que aprendeu sobre nutrição e alimentação desde o início do seguimento de três anos apresentou uma redução média de 0,02% na hemoglobina glicada e de 6,40 mg/dL do colesterol LDL em relação à moçada da intervenção tardia.

Entre as observações dos autores está que a inclusão de aproximadamente 2,5 xícaras de chá de vegetais por dia na alimentação das crianças foi uma mudança crucial para melhorar os parâmetros metabólicos.

Além disso, lembram que intervenções nutricionais em escolas são sempre bem-vindas. Mas o ideal é que se estendam em vez de serem pontuais ou durarem apenas um único ano letivo. Daí a diferença que notaram nos resultados.

O DOI do artigo que saiu no JAMA Open é este aqui: 10.1001/jamanetworkopen.2022.50375

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Elizabete Lopes - Nutrição Clínica

05/07/2023

30/06/2023

04/05/2023

20/04/2023

18/04/2023

13/04/2023

13/04/2023

13/04/2023

04/03/2023

02/03/2023

01/03/2023

27/02/2023

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