
26/08/2025
➡️➡️➡️➡️➡️➡️ Quando se fala em se relacionar, venha dessa ideia de que gostar é abrir mão da liberdade; e de que, para ser "de verdade", o outro também deveria abrir mão da dele. Só que querer alguém não funciona assim, ainda que os encontros envolvam incontáveis perdas. Estar junto, nesse cenário, não tem a ver com conquistar território nem tentar segurar o que, por natureza, escapa. Aliás, quando o assunto é desejo, sempre tem um vão, uma conta que não fecha, algo que falta, que insiste... Talvez, boa parte da confusão
E é até curioso, pois, quando parece que um desejo (que sequer tem objeto fixo) está prestes a se cumprir, o que surge costuma ser justamente o oposto da paz, da tranquilidade. No mais, vai ver amar é também suportar que o outro exista fora da gente. Claro, isso não significa desrespeitar combinados ou ignorar acordos, mas sim entender que vínculo não é posse.
Inclusive, Vladimir Safatle diz que o desamparo não se combate, se afirma. Logo, quando a fantasia sobre o outro cresce demais, pode ser tentador evitar sobretudo a possibilidade dos hiatos, dos intervalos, daquilo que nos lembra, por exemplo, que essa pessoa não é uma extensão nossa.
Se um desejo for, faça terapia/análise. 🌹
Gustavo Henrique Dias Sakata
Psicólogo e Psicanalista Lacaniano
Atendimento online
CRP: 14/06882-7
Contato para agendamento: 67 99175-7278
( te aguardo 😉)