19/11/2024
Algo que aprendi ao longo dos últimos 30 anos de profissão é que ouvir é uma das ferramentas mais valiosas que podemos utilizar no consultório.
Parece simples, né? Mas a escuta ativa, aquela em que realmente prestamos atenção ao que o paciente está dizendo (e ao que ele pode não estar dizendo explicitamente), pode ser tão valiosa quanto qualquer exame ou teste clínico. 👂
E quando falamos de pele, é ainda mais certeiro. Afinal, ela não é apenas uma barreira física; é uma extensão visível de tudo o que acontece dentro de nós – física e emocionalmente.
Quando um paciente chega com uma condição como acne, eczema ou até queda de cabelo, há muito mais por trás dessas queixas do que o que se vê no espelho. Às vezes, é um momento de estresse, uma mudança na rotina, um sentimento que ficou guardado ou até mesmo questões de autoestima. E como descobrir isso? Escutando. 💛
A escuta ativa permite que o paciente se sinta acolhido, compreendido e confortável para compartilhar detalhes que talvez pareçam irrelevantes, mas que, para nós, médicos, podem ser a peça que faltava no quebra-cabeça.
Além disso, o simples ato de ouvir pode ter um efeito terapêutico. Quando o paciente percebe que tem alguém que realmente se importa e está disposto a entender sua história, ele se sente mais conectado e confiante para aderir ao tratamento. 🤝 Isso fortalece a relação médico-paciente e, muitas vezes, facilita o próprio processo de cura.
No fim das contas, a consulta não é apenas sobre diagnosticar uma doença, mas sobre entender a pessoa por trás dela!
E você, já parou para ouvir - de verdade - alguém hoje? 😊