02/07/2025
A Organização Mundial da Saúde lançou recentemente um marco global: a Estratégia de para o período de 2025 a 2034. 0 documento, aprovado por 170 países na 78ª Assembleia Mundial da Saúde, em maio, é mais que uma diretriz técnica que norteará as políticas públicas na próxima década.
Representa o reconhecimento oficial, por parte da comunidade internacional, de que os sistemas médicos tradicionais, muitos deles ancestrais, devem fazer parte da resposta contemporânea aos desafios de saúde, desde que embasados em evidências científicas e inseridos de forma segura nos sistemas nacionais.
A indica com clareza os caminhos a seguir: é preciso ampliar as pesquisas de qualidade sobre as Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (MTCI), fortalecer a regulação, garantir a segurança dos pacientes e promover sua integração nos sistemas formais de saúde.
Trata-se de um movimento inédito em escala mundial, que legitima práticas como acupuntura, fitoterapia, ayurvédica, medicina chinesa tradicional e medicina antroposófica, entre outras, como campos válidos de cuidado - desde que devidamente estudados e contextualizados.
Vale ressaltar que, desde a Conferência de Alma-Ata, em 1978, a medicina tradicional, incluindo saberes indígenas, passou a ser reconhecida como parte essencial da atenção primária à saúde, especialmente quando constitui o principal ou único recurso terapêutico disponível em 80% dos países. Essa valorização também se intensifica com a nova estratégia da organização.