23/06/2025
A fase em que a criança anda como urso ou macaco, utilizando as mãos e os pés no chão para se locomover, é significativa para o seu desenvolvimento, pois trabalha com as forças dos braços enquanto a locomoção se dá em quatro apoios, deixando o corpo mais livre da força da gravidade, sendo um estágio importante para o ser humano ficar em pé e ter um andar bípede.
É importante para o fortalecimento dos membros superiores, para aprimorar o deslocamento, a transferência de peso e para estimular a dissociação entre as cinturas pélvica e escapular. Nessa etapa, o fortalecimento muscular é evidente, já que trabalha braços, pernas, ombros e a região central do corpo, além da diferenciação das articulações do corpo, o que amadurece os movimentos, trazendo destreza, leveza e maiores habilidades. Esse fortalecimento muscular em parceria com a liberdade das articulações é fundamental para que, futuramente, a pessoa possa realizar com segurança e eficiência atividades como correr, pular, subir escadas e escrever.
Promove a coordenação motora bilateral e cruzada, pois exige que a criança movimente os lados opostos do corpo de forma alternada, por exemplo, mão direita com perna esquerda, o que estimula fortemente a comunicação entre os dois hemisférios cerebrais, favorecendo o desenvolvimento cognitivo e a atenção, além de um papel importante na integração sensorial, já que o contato direto das mãos e dos pés com o chão ativa o sistema tátil e proprioceptivo, ajudando a criança a perceber seu corpo no espaço e a ajustar seus movimentos com mais precisão.
O estímulo neurológico que ocorre durante essas experiências motoras, contribui para a formação de conexões neurais fundamentais para o aprendizado. Esse período também está diretamente relacionado à autonomia e à exploração, pois a criança começa a interagir ativamente com o ambiente, desenvolvendo curiosidade, criatividade e autoconfiança.
Mesmo que a criança não passe por essa fase, é importante oferecer oportunidades por meio de br**cadeiras que envolvam essa movimentação, para garantir que ela vivencie os benefícios que ela proporciona ao seu desenvolvimento.
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Texto: Raquel Ferreira Nunes