Dra. Giselle Agreli Melo

Dra. Giselle Agreli Melo 🩺Médica ginecologista e obstetra.
🎓Graduação e residência na Universidade Federal do Triâ

   with  - Me recordo que, no dia em que velamos a Melissa, a Rosana me disse que preferia estar neste lugar - de mãe da...
24/06/2025

with - Me recordo que, no dia em que velamos a Melissa, a Rosana me disse que preferia estar neste lugar - de mãe da vítima - do que no lugar da mãe do agressor. E completou: eu sei quem era minha filha, eu sei que fizemos o nosso papel de pais, eu sei que nossa missão foi cumprida pelo tempo em que Deus nos deu a Melissa.

Essa sabedoria também tive a honra de presenciar no momento em que desciam o caixão na sepultura. O coveiro perguntou se queriam deixar mais alguma flor. Em meio àquela cena, que era por demais sufocante e dolorosa, a voz firme da mãe se ergueu: "Não precisa. Quando ela abrir os olhos, estará em um lugar lindo e todo florido." Palavras que tinham a força da convicção.

Melissa teve 14 anos na Terra. Mas foram 14 anos de amor, de plenitude, de fé, de amizade, de admiração por todos que a cercavam. Foram 14 anos com pais maravilhosos, com um irmão que era seu melhor amigo, com tias, tios e avós que eram apaixonados por ela. Foram 14 anos professando uma fé genuína em Jesus Cristo, que se externava em gestos de bondade, amabilidade e doçura.

14 anos foram suficientes para ela fazer história, para esparramar sua essência nos corações de todos que a conheceram, para constituir-se em marco de felicidade invejável, capaz de fazê-la mártir ante o brilho que dela emanava.

Por outro lado, os ofensores poderão viver dezenas de anos, mas nunca alcançarão a luz que quiseram roubar da Melissa.

Viverão em um cenário caótico de trevas nebulosas, lembranças pérfidas e desejos inalcançáveis de serem diferentes do que são.

Seus estigmas de degenerados sempre os acompanharão e a pecha sombria de seus passados sempre os precederá.

As facadas desferidas,  por suas mãos malditas, serão o sinal de Caim em seus espíritos. Eles jamais serão dignos de pisarem o chão onde Melissa deslizou levemente.

Poderão viver centenas de anos que não equivalerão minimamente aos 14 anos de nossa Melissa.

Serão anos de solidão interna, sofrimento denso, indizível amargura. E, dentro de suas almas mortas, sentirão uma sede infinita, que jamais será saciada. Este é o castigo deles.

Quando abrirem os olhos, não encontrarão um j

   with  - Como prosseguir? Quando, de repente, tudo se tornou um oceano de despropósitos? O carrossel não parou de gira...
08/06/2025

with - Como prosseguir?

Quando, de repente, tudo se tornou um oceano de despropósitos?

O carrossel não parou de girar quando a criança caiu.

A música continuou tocando.

As pessoas conversando.

O mundo se recompôs rapidamente.

Mas para nós, a vida está paralisada.

Em 08 de maio.

Às 12 horas e 40 minutos.

O nosso castelo de certezas ruiu.

A ilusão da imortalidade se desfez.

Tornamo-nos, todos, vítimas, com Melissa, do que há de mais horrendo no universo: a maldade humana.

Fomos vilipendiados, destroçados, defenestrados de nossas vidas tão bem construídas, sob um dossel de premissas falaciosas.

Uma dessas premissas, sob a qual construímos nossas histórias, era a seguinte: se agirmos bem, se andarmos corretamente, se fizermos o que é bom, certo e justo, o mal não nos atingirá.

Essa premissa ruiu, em pedaços, como as nossas almas, no dia 08 de maio.

A verdade é que o mundo é mau.

A verdade é que há muitas pessoas más no mundo. Pessoas indiferentes. Pessoas cujas almas são vazias e sórdidas.

A verdade é que fazer o bem ou vigiar a alma, para sermos corretos, não nos concede uma armadura blindada contra a crueldade do maligno.

Pelo contrário. O bem nos faz brilhar e reluzir. Torna-nos um candelabro de luz, em meio às densas trevas. E faz de nós um alvo.

Porque apagar a luz do outro é mais fácil do que manter acesa a própria luz. E são muitos os que se ressentem do brilho alheio e buscam dissipá-lo.

A Justiça, a que dediquei minha vida, tornou-se algo nebuloso e estranho.

Queria eu fugir. Ocultar-me nas matas e florestas, onde o mistério dessa humanidade torpe não me perpassasse a mente.

Mas cá estou. Obrigada a olhar para frente e enfrentar o mundo, mas sem condições de fazê-lo.

Rogo a Deus que estabeleça, de uma vez, o Seu Reino na Terra, expurgando toda a malignidade tão própria do que é humano.

Trinta dias se passaram para o mundo.

Para nós, todos os dias foram um só tempo: de susto, de dor, de perplexidade.

E eu ainda acordo e olho no calendário. Esperando que tenha sido um sonho. Uma falha na matrix.

E que eu veja o 08 de maio piscar na minha tela.

E que seja uma dia c

   with  - Somos quatro irmãs. Em tudo, somos nós quatro. Temos divergências. Temos rusgas. Somos muito diferentes.Mas n...
31/05/2025

with - Somos quatro irmãs.
Em tudo, somos nós quatro.
Temos divergências. Temos rusgas. Somos muito diferentes.
Mas ninguém solta a mão de ninguém.
Seja o que for, o quarteto se reúne e, juntas, somos fortes.
É por isso que nenhuma de nós é vitoriosa sozinha. E também é por isso que toda dor é compartilhada. E também a raiva. E também o choro. E as infindáveis lágrimas.
E como houve dor, raiva e lágrimas nesses últimos dias!
Como se nunca fossem cessar.
E, juntas, pranteamos, lembramos, confidenciamos e encontramo-nos umas nas outras. Expusemos nossas entranhas imperfeitas e nossas ideias díspares, mas unidas com o mesmo propósito de apoio mútuo.
E, depois de tantos dias de muita raiva e revolta - sentimentos que a violência tão bem consegue nos implantar - hoje consigo enxergar alguma bondade no mundo.
Por trás da névoa das incessantes lágrimas, vejo que, ainda, temos umas às outras. Temos os nossos.
E temos, também, família para além do sangue. E quantos nos abraçaram! Forte, com vontade, segurando para que não desabássemos. Foram chocolates para adoçar um dia impossível de tão amargo. Flores, para colorir as densas trevas. Palavras, mensagens, telefonemas.
E muitas, muitas, muitas orações.
Gestos que podem parecer simples, mas que signif**aram tanto. Auxílios inesperados. Gentilezas sutis.
Nem sempre conseguimos usar palavras para agradecer. Mas nossos corações sentem toda essa vibração de afeto e isso nos sustenta. Por hoje, quero sentir essa paz. De que ainda há esperança. De que ainda temos laços. De que, acalentadas no amor, atravessaremos esse vale terrível sem sermos sugadas por ele.

   with - Nada mais será igual. Talvez um dia possamos encontrar a paz, a tranquilidade de não estarmos o tempo todo com...
24/05/2025

with - Nada mais será igual.
Talvez um dia possamos encontrar a paz, a tranquilidade de não estarmos o tempo todo com algo cravado no peito. Por dentro. Apertando e afligindo. Talvez os milhões de "e se" se desfaçam e possamos ter a certeza de que há coisas misteriosas que não devemos revolver.
Talvez um dia possamos rir sem sofrimento e culpa, encontrar alegria em coisas pequenas, não estar incompletos quando estamos todos juntos.
Mas esse dia não chegou ainda.
Somos acometidos, a todo tempo, de uma dor pungente, como aquele incômodo físico que alerta para algo muito errado.
Somos despertados, de madrugada, com o horror da realidade.
Somos torturados com uma sensação constante de despropósito.
Porque nossa família nunca mais será a mesma em razão de um ato de violência inexplicável.
A morte. A finitude. Isso podemos entender.
Isso se assimila.
Mas quando a morte é associada à brutalidade, à injustiça e à crueldade, elaborar o luto é uma batalha inglória.
Sei que Deus tem seus planos. Confio que a Mel está com Ele, plena e feliz, como sempre foi. Não haveria outro lugar para ela.
Mas dói. Dói a ausência. Dói ver a angústia nos olhos daqueles que foram os melhores pais que ela poderia ter e que fizeram dela aquela joia rara. Dói a maldade gratuita. Dói saber que existe o mal, que existem pessoas que, simplesmente, querem destruir a felicidade de seus pares.
Sim, sabemos que ela não voltará. Mas precisamos fazer dessa dor um movimento. Para que a memória dela nos sustente e se transforme em algo bom. Para que possamos sobreviver à maldade sem sermos engolidos por ela.
Ressignif**ar.

Ontem, lendo o quinto volume do meu mangá preferido,  achei esse trecho onde acontece... um parto! E um parto sem médico...
06/02/2024

Ontem, lendo o quinto volume do meu mangá preferido, achei esse trecho onde acontece... um parto! E um parto sem médico, que foi chamado mas não chegou a tempo. Quem presta assistência é a Winry, uma das protagonistas. Alguns detalhes da narrativa são bem interessantes. A parturiente aparece concentrada e não demonstra medo, apesar de claramente estar com muita dor. O pai do bebê f**a assustado e dá umas ideias que não ajudam ("aguente ate o médico chegar" , como se fosse possível, ne) mas f**a ao lado dela o tempo todo. Os protagonistas, Al e Ed, que são alquimistas super inteligentes e guerreiros corajosos, se desesperam com os gritos de dor (a coragem foi toda embora!) E, depois que o bebê nasce, f**am encantados com o poder da mulher, maior que qualquer conquista da alquimia (e, acrescento, da medicina). Na cena em que se comemora o nascimento, a Parteira Winry aparece exausta, ajoelhada no chão (te entendo, Winry!). Ela só erra ao querer dar banho logo no bebê, mas vou perdoar essa porque ela não é uma parteira experiente.
O que acharam dessa narrativa? Me contem aí se observaram mais algum detalhe interessante!

O mangá é Fullmetal Alchemist.

Essa semana uma paciente me falou: Quem dera se todas as secretárias fossem como a sua! E eu concordei, a  é incrível me...
30/09/2023

Essa semana uma paciente me falou: Quem dera se todas as secretárias fossem como a sua! E eu concordei, a é incrível mesmo. Nessa jornada que é o trabalho em consultório, um dos grandes presentes que a vida me trouxe foi ter encontrado a Lu. Além de ser inteligente, gentil, perceptiva, organizada e sempre bem disposta, ela tem um coração maravilhoso, cheio de empatia e carinho pelas pessoas. Sua energia boa ilumina meus dias de trabalho. Obrigada, Lu, por ser essa parceira perfeita! Parabéns pelo dia da Secretária! Te adoro!!!

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Uberaba, MG

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